Planejamento, Programação E Controle De Produção
Monografias: Planejamento, Programação E Controle De Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ale3133 • 23/8/2013 • 1.616 Palavras (7 Páginas) • 448 Visualizações
Planejamento, Programação e Controle de Produção
“A diferença entre MRP1 e MRP2”
• Administração da Produção
Em um sistema de manufatura, toda vez que são formulados objetivos, é necessário formular planos de como atingi-lo, organizar recursos humanos e físicos necessários para a ação, dirigir a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos e controlar esta ação para a correção de eventuais desvios. No âmbito da administração da produção, este processo é realizado pela função de Planejamento e Controle da Produção (PCP).
• Sistemas Utilizados no PCP
As atividades de Planejamento e Controle da Produção podem atualmente ser implementadas e operacionalizadas através do auxílio de, pelo menos, três sistemas :
• MRP / MRPII;
• JIT (Just in Time);
• OPT Optimized Production Technology)
A opção pela utilização de um desses sistemas, ou pela utilização dos mesmos de forma combinada, têm se constituído numa das principais decisões acerca do gerenciamento produtivo nos últimos anos.
A seguir são relatados os conceitos e as principais características dos sistemas de produção MRP e MRP2 acima mencionados, os sistemas JIT e OPT ficaram para uma próxima oportunidade.
• MRP/MRP II
O sistema MRP("Material Requirements Planning" - Planejamento das necessidades de materiais) surgiu durante a década de 60, com o objetivo de executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades de materiais, permitindo assim determinar, precisa e rapidamente, às prioridades das ordens de compra e fabricação.
O sistema MRP foi concebido a partir da formulação dos conceitos desenvolvidos por Joseph Orlicky, de que os itens em estoque podem ser divididos em duas categorias: itens de demanda dependente e itens de demanda independente. Sendo assim, os itens de produtos acabados possuem uma demanda independente que deve ser prevista com base no mercado consumidor. Os itens dos materiais que compõem o produto acabado possuem uma demanda dependente de algum outro item, podendo ser calculada com base na demanda deste. A relação entre tais itens pode ser estabelecida por uma lista de materiais que definem a quantidade de componentes que serão necessários para se produzir um determinado produto.
A partir do PMP e dos lead times de obtenção dos componentes é possível calcular precisamente as datas que os mesmos serão necessários, assim como também é possível calcular as quantidades necessárias através do PMP, da lista de materiais e status dos estoques (quantidades em mãos e ordens a chegar).
Os dados de entrada devem ser verificados e validados, pois a entrada de informações erradas resultará em ordens de fabricação e compra inválidos. O mesmo procedimento deve ser feito com relação à lista de materiais, com as mesmas refletindo o que acontece no chão-de-fábrica, tanto em quantidades quanto em precedência entre as partes componentes do produto acabado, pois caso contrário, as listas de materiais resultarão em necessidades erradas de materiais, tanto em quantidades quanto nas datas.
Os benefícios trazidos pelo MRP são :
• redução do custo de estoque
• melhoria da eficiência da emissão e da programação
• redução dos custos operacionais
• aumento da eficiência da fábrica.
O fluxo de informações de entrada e saída de um sistema de MRP está ilustrado na figura 4 abaixo.
FIG.4
Existem algumas desvantagens do sistema MRP, tais como:
• Ser um sistema complexo e necessitar de uma grande quantidade de dados de entrada
• Assumir capacidade ilimitada em todos os recursos, enquanto que na realidade alguns centros produtivos comportam-se como gargalos.
Tais considerações, prejudicam consideravelmente a programação lógica do MRP, além de tornar ineficiente sua capacidade de planejamento e controle.
Alguns especialistas destacam algumas razões para que ocorram falhas na implementação de um sistema MRP : o MRP ser visto como um sistema único; o MRP ser encarado como um sistema fechado com retroalimentação; afirmar que o MRP se adequa a qualquer tipo de empresa e; acreditar que o MRP é uma tecnologia acabada.
Com a finalidade de se conseguir uma implementação de sucesso de um sistema MRP, é necessário entre outros fatores : realizar uma adequação do MRP ao sistema de manufatura; o comprometimento e envolvimento da alta gerência; treinamento dos empregados.
O sistema MRP II ("Manufacturing Resources Planning" - Planejamento dos Recursos da Manufatura) é a evolução natural da lógica do sistema MRP, com a extensão do conceito de cálculo das necessidades ao planejamento dos demais recursos de manufatura e não mais apenas dos recursos materiais.
O MRP II pode ser definido como: "um sistema hierárquico de administração da produção, em que os planos de longo prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores produtivos), são sucessivamente detalhados até se chegar ao nível do planejamento de componentes e máquinas específicas".
Sugere-se que, com o objetivo de se evitar a simples automação dos processos existentes, efetue-se a reengenharia dos processos da empresas, antes da instalação de um sistema MRPII.
O sistema MRP II é um sistema integrado de planejamento e programação da produção, baseado no uso de computadores. Estes softwares são estruturados de forma modular, possuindo diversos módulos que variam em especialização e números. No entanto, pode-se afirmar que os módulos principais do MRP II são :
• Módulo de planejamento da produção (production planning)
Este módulo visa auxiliar a decisão dos planejadores
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