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Polissemia

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Por:   •  10/5/2013  •  Seminário  •  560 Palavras (3 Páginas)  •  576 Visualizações

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Consultando o Dicionário de linguística e gramática, de J. Mattoso Câmara Júnior, a polissemia consiste numa: “propriedade da significação linguística (v) de abarcar toda uma gama de significações, que se definem e precisam dentro de um contexto”. Do que está dito infere-se que a polissemia é um mecanismo linguístico, que permite condensar numa palavra múltiplos significados, os quais só revelam sentido quando a palavra é usada num determinado contexto.

A polissemia e a homonímia são duas propriedades dos itens lexicais, presentes na maior parte das línguas naturais e, se os falantes e ouvintes normais as conhecem intuitivamente, os linguísticas, que possuem uma compreensão profunda da língua e das suas propriedades, têm ainda alguma dificuldade em as distinguir, em especial no plano dos significantes. Desta forma, e para que seja possível fazer esta distinção, ou seja, distinguir um item lexical homónimo de um polissémico, usam-se alguns critérios como são os casos do da verificação em dicionários históricos, da verificação etimológica, que é o estudo diacrónico do item, ou o da sua diferenciação semântica e, são significantes homónimos aqueles não possuem em comum sema algum, e significantes polissémicos aqueles que possuem ao menos um sema comum.

Desta forma, genericamente, a polissemia define-se pela qualidade que uma palavra tem em apresentar diversos significados com uma relação imanente entre eles, o que significa que uma palavra polissémica é uma palavra que dispõe de um significado básico de onde derivam outros significados com uma relação entre si. Esta propriedade da polissemia tem a virtude de proporcionar um léxico mais eficiente e económico ao Homem.

Dois exemplos de palavras polissémicas são as palavras: Primavera e Boca. “Primavera”, que é um substantivo feminino, deriva do étimo latino primo, princípio + vere, Verão. Significa a primeira estação do ano, que sucede ao Inverno e antecede o Verão; no hemisfério norte principia quando o Sol atinge o equinócio de Março e termina quando alcança o solstício de Junho; no hemisfério sul, principia quando o Sol alcança o equinócio de Setembro e termina quando atinge o solstício de Dezembro; Usada em determinadas situações, como sentido figurado, pode ampliar o sentido do contexto onde é empregue, como por exemplo para referir emoções agradáveis “ Hoje sinto-me feliz e cheia de emoções primaveris!”; Como expressão metafórica (para referir o bom cheiro do ar) “ Cheira mesmo a Primavera!”; Como expressão metonímica (para referir uma idade) ” Em 1986 completei 15 Primaveras.”; Como expressão idiomática (para dizer que a vida é difícil) “A minha vida não tem Primaveras.” E como expressão proverbial (par referir que não se deve desistir logo à primeira) “por morrer uma andorinha não acaba a Primavera.”.

“Boca” que é um substantivo do género feminino também derivado de um étimo latino, bucca, cavidade ou abertura pela qual o homem e outros animais ingerem os alimentos; qualquer abertura ou corte que dê ideia de boca; pessoa que come; entrada de rua, rio ou baía. Em sentido figurado e para referir um local de rebentação violenta de ondas do mar diz-se” naufragado perto da Boca do Inferno”; Como expressão metafórica para dizer que falou demais: “Morreu pela boca.”; Como expressão metonímica (que tem muitos filhos

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