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Preciso De Auxilio

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Por:   •  24/11/2014  •  4.552 Palavras (19 Páginas)  •  223 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Estamos vivendo diante de uma transição demográfica, o que significa uma mudança de índices de alta mortalidade, alta fecundidade para os de baixa mortalidade para a baixa fecundidade, e como consequência menos crianças e mais idosos provocando o envelhecimento da população.

Nas ultimas décadas muitos fatores contribuíam para o aumento da expectativa de vida: os avanços da medicina e a prevenção de doenças, mudanças nos padrões alimentares e de higiene, o avanço tecnológico marcando uma melhora na qualidade de vida, tanto em nível econômico como político e cultural.

O envelhecimento populacional apresenta-se como um fenômeno atual de grande relevância em todo o mundo, pois á medida que as sociedades envelhecem os problemas de saúde entre os idosos desafiam os sistemas de saúde, o SUS. Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da Republica no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade.

Segundo dados do IBGE, o Brasil devera ser o sexto pais do mundo em contingente de idosos ate 2005 sendo que, em media, as mulheres vivem oito anos a mais que os homens. ( GOMES ET al,2005).

No Brasil os investimentos sociais para essa demanda não acompanham o numero de idosos que vem aumentando a cada ano.

As políticas sociais e os programas voltados para essa população não são suficientes para atender a todos, principalmente aos dependentes dessas políticas publicas, havendo assim uma necessidade de atendimento para que haja uma conscientização do governo e da sociedade.

Goldman, (2004, pg 63), destaca que as transformações tecnológicas e no mundo do trabalho causam impacto em toda sociedade e em todas gerações. No entanto o segmento idoso é o que mais sofre as mazelas decorrentes dessas transformações conjunturais.

Temos presenciado a marginalização dos idosos que parece mais evidenciada no modo de produção capitalista, em sociedades que atingiram certo grau de urbanização e requerem um contingente de trabalho produtivo jovem e dinâmico. Isso quer dizer que em uma sociedade como a nossa, capitalista que almeja sempre a produção, os idosos são excluídos por não produzirem com tanta eficácia.

A aposentadoria passa a ser a única fonte de renda para a maioria dos idosos, sendo eles, muitas vezes, os provedores de seus lares dada à situação conjuntural do desemprego, estamos hoje diante de uma grande massa de aposentados globalizados, ou seja, que são excluídos perante a sociedade e ate mesmo das famílias.

Nas famílias mais pobres, o idoso pode ser pra eles como um empecilho, mais ao mesmo tempo também pode ser a única fonte de renda das famílias. Goldman (2004, p. 65), afirma que as famílias principalmente nos municípios mais pobres, em que os idosos com sua pensão ou aposentadoria mantém despesas financeiras. Vimos atualmente o crescente numero de idosos que permanecem em sua família, assumem papeis antes não assumidos, como o de provedores do lar.

No primeiro capitulo trataremos do envelhecimento no Brasil, a trajetória dos idosos até a aposentadoria, o estigma que atinge a velhice e seu reflexo sobre o perfil do idoso.

No segundo capitulo discutiremos o papel da família, do estado, da sociedade, da saúde. Nessa fase a família passa assumir suas relações com seus idosos, e é através de sua sabedoria e experiência que se projetam para um futuro mais digno e uma melhor qualidade de vida.

No terceiro capitulo descreveremos a metodologia, a analise e a interpretação dos dados, juntamente com a historia de suas vidas nas quais contextualizamos seus depoimentos e emoções ao relatar suas experiências de vida, um tanto de tristeza, alegria também.

Finalizamos a pesquisa refletindo sobre a trajetória de vida e suas experiências, e sua nova posição vivenciada diante de suas famílias.

1 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DO IDOSO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

1.1 Demografia

Hoje se mostra clara a importância de estudar e de compreender as mudanças ocorridas com os idosos em nossa sociedade. Segundo Gomes et al (2005, p.12):

O crescimento relativamente mais elevado do contingente idoso é resultado de suas mais altas taxas de crescimento dada à alta fecundidade prevalecendo no passado comparativamente à atual a à redução da mortalidade. Enquanto o envelhecimento populacional significa mudanças na estrutura etária, a queda da mortalidade é um processo que se inicia no momento do nascimento e altera a vida do individuo, as estruturas familiares e a sociedade.

Segundo Gomes et al ( 2005, p. 12) o fenômeno do aumento do contingente de idosos foi notado primeiro nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento ele só foi notado a partir de 1950, com cinquenta anos de defasagem em relação aos países desenvolvidos despertando para a necessidade da adoção de políticas especificas com o objetivo de propiciar em envelhecimento ativo, respeitando- se os direitos, as propriedades, as preferências, as capacidades e a dignidade dos idosos.

O IBGE constatou que o Brasil está envelhecendo rápido e quem vai pagar a conta é a previdência social. Em 50 anos, os inativos serão mais da metade da população.

A projeção revelada pelos números do IBGE é a de um país com menos crianças e mais idosos nas próximas décadas.

A população com mais de 65 anos será equivalente a 7% do total em 2013. Esse número deverá crescer para 26% em 2060.

Umas das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas e o IBGE ( fundo de populações) uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050. (...) Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos do que crianças menores de 15 anos. Em 2012, 810 milhões de pessoas tem 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta- se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões

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