Projeto Vivencial

Projeto Vivencial

A educação é um exercício social, dado que se realiza na relação social e nos mostrou que uma forma de organização e de planejamento dos sistemas educacionais se concretiza nos Planos Educacionais do Estado e do Município e que, no âmbito da escola, é o Projeto Político Pedagógico - PPP que viabiliza e consolida as suas ações educativas. Assim, o processo de preparação, desenvolvimento e avaliação do PPP torna-se um mecanismo necessário no desenvolvimento dos elementos constitutivos da gestão democrática: ambiente de participação, de conquista de autonomia da escola e dos sujeitos sociais, e de transparência das ações da escola.

Para tanto, os sistemas educacionais e a escola precisam se organizar e elaborar um planejamento que auxilie seu trabalho. Uma forma de organização e de planejamento da educação escolar dos sistemas educacionais se concretiza nos Planos Educacionais do Estado e do Município. No âmbito da escola, é o PPP que viabiliza e concretiza ações educacionais. Ele é a forma de planejamento pedagógico, político e administrativo, que estabelece os objetivos da escola e os mecanismos e estratégias mais adequados para alcançar esses objetivos. O PPP torna-se o eixo da gestão democrática da escola.

O Projeto Político Pedagógico, como instrumento de planejamento coletivo, pode reaver a coesão do trabalho escolar e garantir que não haja uma separação entre os que planejam e os que simplesmente executam. Elaborado, executado e

avaliado de forma conjugada. Dessa forma, todos os segmentos planejam, garantindo a visão do todo, e todos executam, mesmo que apenas parte desse todo. Com isso, detendo o conhecimento de todo o trabalho escolar, os diversos profissionais e segmentos da comunidade escolar envolvidos: gestores, funcionários, docentes, discentes, pais e comunidade local, cumprem suas atribuições, sem torná-los fragmentados.

É importante concluir a relevância da participação dos funcionários em todo o processo de gestão democrática. Seja na percepção de sua função, como educadores não-docentes, seja na sua inserção ativa nos Conselhos Escolares. Seja na sua contribuição na elaboração, desenvolvimento e avaliação do planejamento educacional no Plano Estadual e Municipal de Educação e no PPP da escola. A esse respeito Libâneo (2003: 336) nos diz:

Eis o grande desafio: a democratização da escola brasileira, seja como desconstrução de desigualdades, de discriminações, de posturas autoritárias, seja como construção de um espaço de criação de igualdade de oportunidades e de tratamento igualitário de cidadãos entre si. Nesse sentido, mais do que à União e aos seus governantes, mais do que aos Estados e Municípios e aos governantes, cabe às comunidades educacionais, lideradas por seus dirigentes oficiais, ao conjunto dos docentes no exercício do magistério e às associações docentes dos sistemas de ensino ampliar a consciência da relevância do princípioes da gestão democrática. Dessa consciência,

mais e mais ampliada, será possível pressionar por uma explicitação da gestão democrática que faça avançar a educação escolar como instituição republicana aberta à representatividade e à participação e voltada para um processo mais rico de ensino/aprendizagem que faça jus à educação como formadora da cidadania e qualificadora para o trabalho.

Compreende a Gestão escolar como um conjunto de ações na escola e para a escola que se refere aos meios e fins dos processos educativos, nos quais a participação efetiva da comunidade escolar,