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QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

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Por:   •  14/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.922 Palavras (20 Páginas)  •  310 Visualizações

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QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

RESUMO

Qualidade de Vida no Trabalho é um tema ainda não devidamente explorada na gestão de recursos humanos. Entretanto, não há como abordar este sem mencionar a motivação e a satisfação das necessidades dos funcionários de uma empresa, como aspectos preponderantes para a qualidade de vida dos profissionais no ambiente de trabalho. Diante de tantas turbulências, mudanças e incertezas que caracterizam as organizações no contexto atual, o que nos e resta é o desafio da sobrevivência das empresas que estiverem conscientes de que a competitividade requer produtividade com qualidade, o que não significa apenas investir em tecnologias, mas também nas pessoas que trabalham na organização. Esta terá mais chance de sobreviver neste competitivo mercado. Em decorrência do exposto nunca foi tão importante conhecer, identificar as necessidades e os anseios das pessoas e compatibilizá-los com sua atuação no trabalho. Verifica-se, ao longo deste artigo, que conhecer o que motiva as pessoas é fundamental para o sucesso de qualquer organização. Dessa forma a Qualidade de Vida no Trabalho pode contribuir para a criação de condições que motivem os profissionais, através de um ambiente de trabalho saudável, identificando as necessidades e anseios das pessoas, reconhecendo as pessoas pelo bom desempenho profissional, dando oportunidade para que elas participem das decisões da empresa, facilitando o desenvolvimento pessoal, garantindo meios para o feedback positivo, proporcionando desafios, projetando trabalho de modo a torná-lo atraente, implantando um sistema de recompensas, concedendo benefícios e salários compatíveis com a função.

Palavras – chaves: Qualidade, vida, motivação.

INTRODUÇÃO

Diante da globalização, mudança intensa, clientes cada vez mais exigentes, busca intensa pela qualidade e produtividade, grande volume de informações, inovações tecnológicas e competitividade acirrada terão mais chances de sobreviver aquelas organizações que forem capazes de vislumbrar os seus recursos humanos como seres únicos, ímpares, dotados de diferenças e com necessidades diversas. Na era do conhecimento que passou a constituir a principal vantagem estratégica competitiva, as empresas de vanguarda focam suas atenções nas pessoas, aquelas que realmente fazem a diferença e que detêm o conhecimento.

O sistema tradicional de gestão de pessoas não responde mais adequadamente às necessidades impostas às organizações do século XXI e nem aos anseios e expectativas do profissional do terceiro milênio, por isso a utilização de tecnologias, métodos e ferramentas de trabalho que atendam a nova demanda faz-se de vital importância para o sucesso das organizações

na atualidade.

A área de RH tem um papel vital nesse processo, pois ela é responsável por criar programas que mantenham os colaboradores energizados o tempo todo.

O presente artigo tem como objetivo enfocar a importância da tecnologia da qualidade de vida no trabalho como fundamental no processo de motivação das pessoas dentro das organizações.

Terão mais chances de sobreviver as empresas que se proporem a atender aos anseios, expectativas e objetivos dos funcionários, compatibilizando-os com o alcance de resultados favoráveis para estas.

Cada vez mais as empresas se perguntam: como é possível manter pessoas motivadas? Segundo Hoffman: “É importante tratar outros seres humanos exatamente como você gostaria que eles o tratassem.” Hoffman era muito conhecido e respeitado como executivo, e sua habilidade para motivar pessoas tornou-se lendária nos círculos empresariais. Portanto, a Qualidade de Vida no Trabalho aliada aos aspectos motivacionais, constitui importante ferramenta na busca da satisfação das necessidades das pessoas e é sobre este assunto que se tratará no presente artigo.

2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E MOTIVAÇÃO

2.1 Breve Histórico sobre a Qualidade de Vida no Trabalho

Segundo Santos e Fialho apud Merino (2000, p. 13) “o trabalho é uma forma de atividade própria do homem, enquanto ser social”. O trabalho se relaciona diretamente com algum tipo de retorno, preferencialmente de ordem material ou monetária. O trabalho constitui a aplicação de forças e faculdades para atingir um objetivo. O trabalho sempre ocupou um lugar muito importante na vida de todas as pessoas, pois grande parte dela se passa dentro das organizações, assim ele possui um grande valor em nossa sociedade, pois desperta o homem a busca de conduções para melhorar sua qualidade de vida, como disse Amador Aguiar: “Só o trabalho produz riqueza.”

O trabalho e a qualidade de vida têm sido uma preocupação constante do homem desde o início de sua existência. Inicialmente com os economistas liberais como Adam Smith, que foi um dos grandes incentivadores da racionalização da produção, através da especialização das etapas da

produção, como meio para a maior destreza do trabalhador e a minimização do tempo de produção, passando pela administração científica com destaque para o nome de Frederick Taylor, que surgiu em parte pela necessidade de aumentar a produtividade principalmente nos Estados Unidos onde a

oferta de mão-de-obra qualificada era insuficiente no início do século XX, sendo necessário descobrir maneiras de aumentar a eficiência dos operários, e a Escola de Relações Humanas que teve na figura de Elton Mayo e seus companheiros da Universidade de Harvard os pioneiros da aplicação do método científico em seus estudos das pessoas no ambiente de trabalho, lançando a idéia do "homem social" motivado pela vontade de estabelecer relações com os outros, fez Elton Mayo conduzir uma pesquisa que ficou mundialmente conhecida como “Experiência de Hawthorne,” cujos resultados gerou as seguintes conclusões: a) O nível de produção é resultante da interação social do trabalhador; b) O comportamento do empregado se apóia totalmente no grupo; c) O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais, etc.

Segundo Stoner (1982) pesquisadores posteriores foram treinados com mais rigor nas ciências sociais (psicologia, sociologia e antropologia) e empregaram métodos de pesquisa mais sofisticados, sendo considerados "cientistas do comportamento" como Argyris, Maslow e Mc Gregor. Para eles o conceito de "homem que se auto-realiza" explicaria com maior exatidão as motivações humanas. A década de 70 assistiu a uma mudança no enfoque

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