Questões sociais - Diferenças e desigualdades sociais: seus fatores geradores
Por: Gabriela Caldas • 23/4/2019 • Trabalho acadêmico • 881 Palavras (4 Páginas) • 248 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
DISCIPLINA: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS
TAREFA 1 – UNIDADE 2
Felipe Angulo de Camargo - 768 147
Gabriela Cardoso Tanuri Caldas - 820 552
Hioglan lima da Silva - 820 220
Isabela Vieira de Melo - 763 726
Prof. Marcia Cabral
Ribeirão Preto - SP
2019
Este trabalho apresentará um estudo de caso elaborado a partir de entrevistas com moradores de rua na cidade de Ribeirão Preto, realizadas no mês de março de 2019. A partir dessas entrevistas, foi possível constatar a relação entre os conceitos de pobreza relativa e absoluta e a realidade de moradores em situação de rua neste município.
Jeferson, um dos entrevistados, tem 40 anos e vive a 25 em condição de rua. Após perder o emprego de 10 anos na refinaria da Petrobrás no município de Mauá-SP, vivenciou uma brusca queda do padrão de vida que costumava proporcionar a sua família, o que gerou nele um sentimento de vergonha e humilhação. A partir daí teve contato com as drogas e se afastou de sua família, passando a viver nas ruas. O caso de Jeferson demonstra a pobreza como “juízo de valor” do indivíduo, já que, mesmo não tendo atingido os índices considerados para a pobreza absoluta, sua percepção diante da queda do padrão de vida gerou um sentimento de privação que para ele não era considerado suportável.
Segundo os autores do artigo Elaine e Antônio (2002) a pobreza é definida, geralmente, como a falta do que é necessário para o bem-estar. O bem-estar em suas múltiplas esferas, por exemplo: bem-estar físico e bem-estar social. Sobre este último os autores Elaine e Antônio (2002, p.11) ainda dizem que “O bem-estar social pode ser definido como bons relacionamentos na família e na comunidade[...] O bem-estar social inclui o respeito social e o fazer parte de uma comunidade.”.
Nosso segundo entrevistado, Tiago, tem 28 anos e é morador de rua á 14 anos e usuário de drogas, o que o levou a morar na rua uma foi briga familiar. Tiago ainda tem contato com sua família que mora em Campinas -SP. O desentendimento familiar anulou para Tiago esse bem-estar social, levando-o para as ruas e ficando distante da família e a margem da sociedade. Segundo os autores Elaine e Antônio (2002, p.11). “A solidão, a alienação e os desentendimentos foram descritos como uma fonte de grande estresse psicológico”.
Fica claro no texto do artigo a importância de ouvir os pobres sobre sua própria condição, afinal ninguém melhor do que eles, para falar sobre a pobreza. Cabe aqui reproduzir a definição de forma resumida como diz o texto, sobre o conceito de pobreza dada pelos pobres.
Pobreza é fome, é falta de abrigo. Pobreza é estar doente e não poder ir ao médico. Pobreza é não poder ir à escola e não saber ler. Pobreza é não ter emprego, é temer o futuro, é viver um dia de cada vez. Pobreza é perder o seu filho para uma doença trazida pela água não tratada. Pobreza é falta de poder, falta de representação e liberdade. (ELAINE e ANTONIO, 2002, p.11).
Podemos concluir com as duas entrevistas que a maioria dos moradores de rua saem de casa para não envergonhar os pais e a também por ter uma vida livre sem responsabilidades. Pode ressaltar que os que foram entrevistados tiverem uma vida boa no passado com trabalho e com a família, mais por conta das drogas saíram de casa e começaram as suas vidas nas ruas.
Segue as entrevistas com os moradores de rua:
Entrevistado Jeferson
Pergunta 1: Qual seu nome?
Entrevistado: Jeferson
Pergunta 2: Quantos anos você tem?
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