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RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

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Por:   •  18/12/2014  •  2.105 Palavras (9 Páginas)  •  212 Visualizações

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RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

COMPETIR OU COOPERAR? A TEORIA DOS JOGOS COOPERATIVOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.

BRASÍLIA

2014

1 INTRODUÇÃO

Através deste trabalho será mostrada a importância dos jogos cooperativos e sua contribuição para a educação física escolar no método de socialização das crianças como também sua influência no processo ensino e aprendizagem na educação física infantil. Foram levantadas reflexões sobre as consequências do jogo cooperativo e destaque sobre competir ou cooperar, na esfera motora, afetiva, cognitiva e social analisando suas concepções, e como tem sido utilizada na metodologia dos professores de educação física infantil. Para isto, precisamos considerar a opinião de diversos autores, como: Brotto, Carvalho, Kishimoto e muitos outros que de forma direta ou indireta citam em seus livros a importância dos jogos cooperativos na educação física escolar.

É fundamental que na educação infantil, haja brincadeiras e jogos para o desenvolvimento integral da criança nos aspectos: físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais, educadores e sociedade em geral sobre os jogos cooperativos que deve estar sendo vivenciado na infância, ou seja, de que o brincar cooperando faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem. Neste contexto, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Jogos e brincadeiras são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. O jogo cooperativo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, CARVALHO (1992, p.14) afirma que:

(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção às atividades vivenciadas naquele instante.

Pode-se constatar a forte presença da competição nos processos educativos nas aulas de Educação Física. Os Jogos Cooperativos aparecem como uma alternativa ao mundo competitivo e um meio de ensino que prioriza a solidariedade e o trabalho de equipe.

O objetivo deste trabalho é a análise dos jogos cooperativos e a sua contribuição para a educação física escolar.

2 Jogos Competitivos e Jogos Cooperativos

Para a maioria das pessoas os jogos são atividades que tem por característica o ato de brincar, puro e isoladamente. O dicionário classifica jogo como brinquedo, divertimento, passatempo (Aurélio, 1986, p. 990).

O jogo implica em muitas outras funções no desenvolvimento da criança. Aspectos culturais, sociais, políticos, cognitivos e motores entre outros, são explorados e experimentados pelas crianças durante a realização deste tipo de atividade que é, na maioria das vezes, um momento de descontração e alegria para elas.

Nos fala KISHIMOTO:

(...) O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola. (1994, p. 13).

Aliar jogos cooperativos ao processo de ensino e aprendizagem pode ser de grande valia, para o desenvolvimento do aluno.

Os jogos cooperativos são atividades alternativas ao mundo competitivo, em que seus objetivos possuem um caráter de solidariedade e não de exclusão. As metas e os resultados são estimulados através de desafios, e os mesmos devem ser alcançados de maneira coletiva, oportunizando a satisfação de todos.

A situação cooperativa é aquela em que os objetivos dos indivíduos são de tal ordem que, para que o objetivo de um deles seja alcançado, todos os demais integrantes, deverão igualmente alcançar os seus respectivos objetivos (Deutsch, apud Brotto, 2000, p. 38).

O envolvimento através do jogo cooperativo é muito mais compreensivo do que nas atividades competitivas. Este envolvimento não se apresenta apenas nos alunos com melhor desenvolvimento motor, mas sim em todo o grupo participante. A conquista dos desafios através de ações coletivas desenvolve nos alunos o sentimento de pertencer a um grupo; a valorização da ação de cada indivíduo em prol de um resultado coletivo valoriza e encoraja os alunos; a relação de ajudar-se com maior frequência coloca os alunos diante das diferenças e ensina-os a lidar com as mesmas. O quadro abaixo realiza uma boa comparação das situações desenvolvidas nas atividades cooperativas e nas competitivas (Brotto, 2000, p. 54):

Cooperação Competição

Visão de jogo Possível para todos Parece possível só para um

Objetivo Ganhar... juntos Ganhar... do outro

O outro Parceiro, amigo Adversário, inimigo

Relação Interdependência, parceria Dependência, rivalidade

Ação Jogar... com Jogar... contra

Clima de jogo Ativação, atenção Tensão, stress

Resultado Sucesso compartilhado Ilusão de vitória individual

Consequência Vontade de continuar jogando... Acabar logo com o jogo

Motivação Amor Medo

Sentimentos Alegria, comunhão Raiva, solidão

Símbolo Ponte Obstáculo

(Brotto, 2000, p. 54)

A intercomunicação de ideias, a coordenação de esforços, a amizade e o orgulho por pertencer ao grupo, que são fundamentais para a harmonia e a eficácia, parece desaparecer quando seus membros se vêm em situação de competir para obtenção de objetivos mutuamente exclusivos.

Ademais, há alguma indicação que a competição produza maior insegurança pessoal (expectativa de hostilidade por parte de outros), do que a cooperação. (Deutsch, apud

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