RELEVÂNCIA DE INTERAÇÕES ATRAVÉS DE UNIVERSIDADE-EMPRESA COMO O SEGUIMENTO INOVATIVO
Por: sara.1995 • 30/4/2019 • Projeto de pesquisa • 2.215 Palavras (9 Páginas) • 158 Visualizações
\RELEVANCIA DE INTERAÇÕES ATRAVÉS DE UNIVERSIDADE-EMPRESA COM O SEGUIMENTO INOVATIVO.
Sara Ruth Duarte de Oliveira. [1]
Resumo: As universidades são consideradas protagonistas fundamentais no processo de inovação; assim, se veem diante da necessidade de exercer um papel ativo no processo nacional de inovação tecnológica e de prover à sociedade maior retorno sobre os investimentos governamentais de pesquisas e desenvolvimentos. O objetivo desse estudo é avaliar os fatores motivacionais dos responsáveis da rede de interação e detectar as barreiras e benefícios do relacionamento entre as mesmas. A metodologia utilizada é de caráter exploratório e descritivo. Concluímos que o presente estudo irá colaborar para uma análise da contribuição do NIT e estruturar o conhecimento acadêmico sobre o tema, possibilitando assim uma maior compreensão sobre as possíveis estratégias aplicável aos ambientes internos e externos, permitindo novos conhecimentos e novas práticas.
Palavras-Chaves: universidade-empresa, inovação, NIT.
Introdução
As universidades são consideradas protagonistas fundamentais no processo de inovação; assim, se veem diante da necessidade de exercer um papel ativo no processo nacional de inovação tecnológica e de prover à sociedade maior retorno sobre os investimentos governamentais de pesquisas e desenvolvimentos.
A responsabilidade das universidades com a sociedade está firmada em três pilares básicos: o ensino, a pesquisa e a extensão. Em contrapartida, o setor empresarial possui como objetivo primordial atender a demandas de um mercado consumidor cada vez mais exigente e para isto, não tem poupado esforços e investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e estratégias competitivas. A universidade tem como meta preparar profissionais capacitados para contribuir para a evolução do conhecimento do ponto de vista científico e tecnológico, e aplicar esse aprendizado na avaliação, na especificação e no desenvolvimento de ferramentas, métodos e sistemas nas diversas áreas do domínio.
Grande parte das empresas que não se relacionam com as universidades demonstram muito interesse em constituir esta parceria. Os principais motivos pelos quais não o fazem referem-se ao desconhecimento desta possibilidade, ou de como proceder para efetivá-la. As empresas, principalmente as micro, são carentes de tecnologia e de recursos. Sua realidade está distante dos casos de sucesso apresentados na mídia. Elas reclamam do excesso de burocracia (Costa eCunha, 2001; Cruz e Segatto, 2009; Closs e Ferreira, 2012) e da falta de auxílio do governo. A falta de mecanismos de divulgação e viabilização da interação universidade-empresa termina por afetar o desenvolvimento dessas empresas (Costa e Cunha, 2001).
Um dos maiores problemas enfrentados pelas organizações da atualidade é a busca imprescindível pela atualização tecnológica, que em ultima instancia lhes permitirá maiores oportunidades de permanência em um mercado caracterizado pela acirrada concorrência. Uma vez que a economia de um país está intimamente associada ao seu desenvolvimento tecnológico, sobretudo quando se refere à produção de ciência de ponta e o setor produtivo, os quais possuem a capacidade de disseminar o conhecimento cientifico e as inovações tecnológicas, sendo esses elementos indispensáveis para impulsionar o sistema de inovação e, consequentemente o avanço econômico do pais.
Nesse ponto de vista, o governo responsável pela implantação de políticas públicas, no que diz respeito à ciência, tecnologia e inovação (CT&I), homologou a Lei n.10.973(2004) que dispõe sobre à inovação e à pesquisa científica e o seu Decreto n.5.563(2005), que implementam medidas de estímulos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, com finalidade de promover o desenvolvimento industrial do País e atingir a autonomia tecnocientifico. Nesse contexto, as instituições de pesquisa e as universidades criaram um órgão gestor interno, chamado de Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), com a prioridade de administrar a sua política de inovação com competência primordial no debate econômico, tanto para aqueles que veem na inovação a possibilidade de segurar as altas taxas de rendimento ou para aqueles que têm na inovação a única opção para um novo direcionamento do avanço econômico para um desenvolvimento sustentável (Assumpção et. Al,2010). É a partir das inovações, que é possível manterem o crescimento econômico por substituição de recursos por tecnologia sendo possível possibilitar um destino de recursos sustentável sem travar o avanço econômico (Torkomian, A. L. V. 2009).
Objetivo
O objetivo desse estudo é avaliar os fatores motivacionais dos responsáveis da rede de interação e detectar as barreiras e benefícios do relacionamento entre as mesmas.
Referencial Teórico
As relações de universidade-empresa estabelece uma abundante fonte de publicações e estudos de caso que vem ganhando destaque em virtude das políticas de incentivos (Stal, 1999; Vasconcelos e Ferreira, 2000; Costa e Cunha, 2001; Fujino e Stal, 2004; Pereira, Melo, Dalmau e Harger, 2009) realizadas pelos governos, forçando empresas e universidades a buscarem o cumprimento de atividades conjuntas (Stal, 1999).
A ligação entre as mesmas promove uma série de conhecimentos proveniente das pesquisas científicas, tendo como meta principal gerar inovações, a partir das empresas que devem assumir a sua função dentro do sistema de inovação e viabilizar recursos para a realização destas pesquisas (Sbragia et al.2006). Desse modo, o processo de aproximação de empresas e universidades tem mostrado que a presença dessa interação tem sido um fator chave para o incentivo e criação da inovação e resultante do crecimento de uma região.
A definição de sistema nacional de inovação, segundo Cavalcante (2013), é bastante amplo e compreende subsistemas que interagem e recebem influências geopolíticas, sociais, políticas, econômicas, culturais e locais, não se limitando apenas aos subsistemas de produção, inovação e de pesquisa, mas serviços tecnológicos e qualificação de pessoal.
A inovação, em seu amplo conceito, tem ganhado espaços de discussão em empresas e universidades. De acordo com Freeman e Soete (1997), as questões relacionadas à inovação vêm atraindo a atenção de estudiosos há muito tempo. Adam Smith, no século XVIII, fazia a relação entre acúmulo de capital e tecnologia de manufatura, estudando conceitos ligados à mudança tecnológica, divisão de trabalho, crescimento da produção e competição.
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