RESENHA - Artigo – Desenvolvimento e ciências ambientais: analisando as redes temáticas da agenda de pesquisa da área no Brasil
Por: Assunção Itapaci-go • 19/4/2022 • Resenha • 638 Palavras (3 Páginas) • 219 Visualizações
Obra resenhada: Artigo – Desenvolvimento e ciências ambientais: analisando as redes temáticas da agenda de pesquisa da área no Brasil
O artigo “Desenvolvimento e ciências ambientais: analisando as redes temáticas da segunda de pesquisa da área no Brasil” faz uma abordagem significativa e muito bem estruturada sobre a temática das ciências ambientais e seus desdobramentos no que se diz respeito à agenda de pesquisa da área mencionada no Brasil. Logo, é dividido em seis partes que facilita a compreensão do conteúdo e a decodificação das informações que se deseja transmitir.
No primeiro momento, é possível observar que o estudo das ciências ambientais se dá início na década de 60 já com o entendimento primário de que a interdisciplinaridade está diretamente ligada às discussões de cunho ambiental. Partindo desse pressuposto, chegou à compreensão de que era necessário o desenvolvimento das nações, entretanto, deveria se observar as possíveis agressões e danos que a natureza poderia sofrer, sendo assim, nasce o termo “desenvolvimento sustentável”.
O referido desenvolvimento, possui adoções baseadas em reformismos fracos e outras transformacionistas. Logo, surge as ciências ambientais com o objetivo de pensar nas questões relativas ao meio ambiente com olhar interdisciplinar capaz de superar ou amenizar os problemas globais que envolvem a agenda. Nesse sentido, no meio acadêmico o campo de pesquisa é muito amplo e envolve pesquisadores de diversas áreas disciplinares.
Além disso, partindo da premissa do advento do capitalismo em decorrência da revolução industrial a produção de conhecimento passa por um processo de modificação, assim, é impossível pensar nas questões ambientais sem fazer um paralelo com os conceitos políticos e com as definições de poder que permeiam a sociedade. Ademais, as diferentes nomenclaturas adotadas para trazer à tona o conhecimento científico mostra como a noção de meio ambiente é complexa e abundante. Vale ressaltar, que a agenda de pesquisa é compreendida como um emaranhado de instrumentos e instituições que visam organizar as produções científicas. Dessa forma, pode ser classificada em caráter coletivo.
Em um terceiro momento os autores do artigo, expuseram sobre a escolha da análise de redes como ferramenta de pesquisa relacionada à bibliometria que por sua vez se orienta nas relações estabelecidas dentro das pesquisas. Sendo assim, está pautada na rede de colaboração entre as financiadoras e os pesquisadores ou até mesmo no uso de palavras-chave, afim de otimizar o tempo na identificação dos trabalhos-alvos e delimitar a grande área da temática em averiguação.
Outrossim, foi possível perceber que o marco inicial para as pesquisas e estudos interdisciplinares sobre as questões ambientais foi a culminância do 1º Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiental realizado em 1986. Saliento ainda, que somente em 2011 a CAPES reconheceu a ciência ambiental como uma vasta área de avaliação. Já no que tange às regiões que apresentam maior quantidade de teses e dissertações relativas à temática do desenvolvimento, a região Nordeste está bem à frente das demais, logo, entende-se que o caráter regionalista deve ser levado em consideração somado ao contexto histórico e às problemáticas ambientais do
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