RESENHA: “Sr. Andante, Sr. Volante”
Por: LaraxSalles • 17/9/2016 • Resenha • 379 Palavras (2 Páginas) • 691 Visualizações
O desenho criado pelos Estúdios Walt Disney, relata o dia a dia do personagem Sr. Walker (Sr. Andante) incorporado pelo Pateta. Considerado um bom cidadão, muito educado, gentil, amável, pontual e honesto, porém ao entrar no seu carro e dá à partida no motor ele se sente no poder e torna-se o terrível e maligno motorista Sr. Wheeler (Sr. Volante), não respeitando ninguém, sendo grosseiro, violento, egoísta e impaciente.
Mesmo o curta-metragem se passando em 1950, ano em que a quantidade de veículos nas ruas era muito menor do que hoje, infelizmente, 66 anos depois, o episódio continua ilustrando a realidade das cidades. Um dos fatores que explica a trama é a expansão da urbanização e consequentemente a individualização do sujeito em sociedade. Contudo, as pessoas estão se importando cada vez menos com o próximo, seja no trânsito ou até mesmo na vida cotidiana. Com o intuito de sempre chegar na frente, agem de maneira irresponsável e arriscada, ultrapassam perigosamente, buzinam a qualquer hora do dia ou da noite, são egoístas, não querem saber da sua segurança e muito menos dos outros, tudo isso achando que estão na razão. Os motoristas esquecem muitas vezes que também são pedestres e quando entram no trânsito, em vez de serem como na calçada, uma pessoa educada e de bom convívio, acabam se transformando em terríveis senhores Wheeler's.
Com o número de carros aumentando, principalmente pela falta de um sistema de transporte de qualidade e com esses motoristas de mau exemplo, o trânsito no futuro não será um dos melhores. Num mundo explodindo de informações e tecnologia, não conseguimos se colocar no lugar do outro, desta forma as pessoas não devem pensar apenas em si e sim em ter mais consciência do perigo que é dirigir um automóvel, tornando o trânsito não tão caótico, estressante, sem tantas brigas, individualização, assim deixando um mundo bem melhor. Todos apreciamos o conforto, mas não podemos nos deixar levar pelo egoísmo. Os compromissos que enfrentamos em nossas rotinas devem ser compridos sim, mas de maneira que não atrapalhe o coletivo e nem proporcione acidentes. O Respeito, a paciência, a gentileza, não são ensinados em uma sala de aula, nem tao pouco desenvolvidos em leis, são cultivados, e podem representar o preço de um tempo valioso, o de uma vida.
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