RESUMO DESCRITIVO

Regras, técnicas e normas metodológicas são importantes instrumentos a serviço da produção de conhecimento, principalmente no Ensino Superior. A disciplina res-ponsável por transmitir todos esses instrumentos para construção da proposta de Universidade é a Metodologia do Trabalho Científico, que busca por meio de um conjunto de procedimentos e técnicas comprovar a validade de um saber obtido.

O ato de conhecer se manifesta de uma forma tão natural no cotidiano que não se percebe a sua complexidade. A todo o momento estamos consumindo co-nhecimento, desde o simples fato de assistir televisão a ler livros, revistas e artigos científicos. O conhecimento é o resultado da interação entre o sujeito (consciência) e o objeto (mundo) a ser conhecido. Ele é considerado um atributo geral a todos os seres vivos e é o que os fazem reagirem de forma ativa ao mundo a seu redor.

Há várias formas de caracterizar o conhecimento. Destacam-se alguns tipos a seguir. O senso comum é a forma mais comum de conhecimento, pois acontece de forma espontânea e inconsciente sendo adquirido a partir das experiências vividas, é assistemático, falível e inexato, pois não se faz necessário uma pesquisa apro-fundada para se comprovar a exatidão dos casos. O conhecimento religioso é um conhecimento que se baseia em proposições sagradas, que são consideradas ver-dades absolutas, infalíveis e indiscutíveis. O conhecimento filosófico é justamente o contrário, ele usa princípios racionais e acredita que existe uma explicação lógica para tudo, desse modo ele é considerado valorativo, racional, sistemático, infalível, exato e não verificável, uma vez que não é possível fazer experimentos para com-provação das hipóteses. E o mais aceito e utilizado no ambiente acadêmico é o co-nhecimento científico, que através de um método busca comprovar a veracidade ou não de um fato; ele é racional, coerente, sistemático, falível e inexato e é isso que faz com que ele seja tão aceito, pois sempre que for encontrado um erro ou tiver al-guma dúvida acerca da veracidade de tal pesquisa é possível refazê-la para compa-rar os resultados.

Na produção científica se faz necessário o uso de um método, e segui-lo com rigor, ou seja, deve-se traçar uma meta, um projeto de pesquisa e seguir a risca to-dos os passos, sem pular ou alterar a ordem de qualquer procedimento. O método é a sequência esquematizada do ato de pesquisar. É ele o responsável pela aborda-gem do problema partindo de análises sistemáticas de suas possíveis soluções, or-denando as etapas e atividades utilizadas com o intuito de construir conhecimento. A escolha do método varia da natureza de cada problema que se deseja investigar. Por isso que se é necessário observar a natureza do objeto e o objetivo da investi-gação.

Mais do que simples usuários de informação, o Ensino Superior prepara pro-fissionais capazes de produzir e principalmente se posicionarem diante dos aconte-cimentos, interagindo criticamente ao mundo circundante. É isso que faz a Metodo-logia do Trabalho Científico, ela associa o conhecimento e prática profissional, com a ciência e transformação da realidade.

A ideia de que a produção científica é uma ciência neutra é uma lenda. Os responsáveis pela promoção do ato de se fazer informação geralmente são as gran-des corporações que busca por informações em suas áreas de interesse, preten-dendo ficar sempre à frente de suas principais concorrentes.

Na atualidade existe uma nova concepção sobre educação e conhecimento. Educação não é mais sinônimo de transmissão de conhecimentos, e sim de forma-ção se sujeitos cognitivos com competências e habilidades de lidar com situações novas e inesperadas, solucionando problemas e criando novos tipos de conheci-mentos a partir de suas experiências, acompanhando o desenvolvimento de suas áreas afins respeitando a pluralidade cultural do planeta, é claro.

A ciência se divide em dois grandes grupos: formais, que abrangem a Mate-mática e a Lógica; e as empíricas abrangem todas as outras ciências naturais e so-ciais.

Tão importante quanto produzir conhecimento é o ato de estudar. Estudar exige empenho, e também um método que se baseia em dois pontos: finalidade, que é desenvolver formas eficientes de fixação do conteúdo e que sirva não somen-te para uma área do conhecimento em especifico, mas sim em uma área geral; e a abrangência, que serve para todos que tenha as mesmas necessidades e interes-ses, e que se possam aperfeiçoar à medida que o sujeito avança, através de recur-sos próprios.

Algumas qualidades específicas são necessárias para que se tenha um bom estudo, como: constância, paciência e perseverança. Fatores externos podem aju-dar ou atrapalhar, como, o ambiente, que precisar ser calmo e silencioso; o inter-câmbio, que é a troca de conhecimentos entre colegas estudantes; a saúde, não é recomendável estudar com algum tipo de sonolência ou mal alimentado; e aspectos em gerais (problemas físicos, higiene, postura etc.). Fatores internos também con-tam como, autodisciplina, motivação, senso de realismo e aceitação de críticas.

A aprendizagem deve ser focada no “todo” e não apenas nas “partes”, pois, a partir do todo se conhece as partes. Um estudo para ser satisfatório passa por três etapas, chamadas de síncrese, análise e síntese. A primeira etapa a síncrese, é a busca do sentido estrutural de todo o texto lendo-o uma vez de forma rápida e conti-nua, sem pausas. A segunda etapa é a análise em que através de outras leituras procura-se compreender todos os detalhes do texto. E a terceira etapa, a síntese, seria a identificação dos princípios, contexto, resultados e conclusões do texto.

Não é possível estudar tudo a todo o momento, por isso se faz necessário um planejamento de estudos. É muito comum à formulação de quadros de horários para prever e distribuir o seu tempo de estudo. Algumas regras de estudo também ajudam a melhorar o seu rendimento. Estude individualmente, a menos que tenha