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RESUMO SOBRE O ESTUDO DA ANTROPOLOGIA

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Por:   •  17/2/2014  •  1.775 Palavras (8 Páginas)  •  1.615 Visualizações

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Resumo sobre o estudo da Antropologia.

Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Anthropos = Homem, Logia = Estudo. Antropologia = ciência da humanidade. O estudo do homem e da humanidade incluindo sua origem e seus agrupamentos e relações sociais como meio natural, variações biológicas e sua produção cultural. Procurando estudar o homem em todos os seus aspectos. Antropólogos Hoebel e Frost (20005,p78) “desde o tempo das origens primitivas da cultura, todo desenvolvimento humano foi biológico e cultural. Nenhuma tentativa de estudar a humanidade pode ignorar esse fato”.(Fonte: Apostila de Antropologia página 3.)

Para o antropólogo Levi-Strauss, a natureza e a cultura estão ligadas no homem. O autor utilizou um critério para identificar o natural e o cultural.

O que é UNIVERSAL? É um critério da natureza. O que é uma norma específica, uma REGRA LOCAL de um determinado povo ou grupo é critério da cultura. A fome por ser natural é universal? As guerras são universais? O homem é naturalmente bom ou naturalmente mau?

Sentir fome é da natureza, mas a organização da produção para saciar a fome é cultural, é determinada pelo ambiente e pelo modo de produzir. Acontecem guerras por todo o mundo, mas as causas e motivações dos conflitos são diferentes e diversificadas. O homem é um ser determinado pela sua natureza e cultura ao mesmo tempo. A cultural é uma marca, uma identidade.

A cultura de um povo é formada por vários elementos, como crenças, ideias, mitos, valores, danças, festas populares, alimentação, entre outros fatores, sendo ela transmitida de geração em geração e demostra aspectos locais de uma população. Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.

No Mundo científico existem muitas outras áreas que possuem como objeto de estudo o homem. Medicina que se concentra na fisiologia humana. Geografia humana estuda a ocupação geográfica-política dos homens. Sociologia que estuda seus agrupamentos sociais. História estuda o desenvolvimento do homem no tempo. O que caracteriza a antropologia em distinção de outras disciplinas que estudam o homem?

A antropologia procura entender o homem não somente em uma determinada especialidade, mas como um todo de maneira unificada, em todas as suas dimensões. Como afirma os Antropólogos Hobel e Frost se faz necessário ter um conhecimento totalizante e dinâmico de tudo o que envolve o homem e a humanidade. Assim: “Uma proposição fundamental da Antropologia é que nenhuma parte pode ser entendida plenamente, o mesmo com exatidão, se separa do todo. E de modo inverso, o todo não pode ser percebido com exatidão sem o conhecimento profundo e especializado da partes para compreender qualquer aspectos do comportamento sexual humano, por exemplo deve examiná-lo em termos de genética, fisiologia, características climáticas, sistemas de valores e estruturas técnicas, econômicas, de parentesco, religiosas e políticas de cada sociedade humana”.(Fonte: Apostila de Antropologia, página 3.)

Antropologia da educação

Segundo Paula Montero (2003), uma longa história está na base de construção da Antropologia como campo científico, envolvendo duas categorias fundamentais: a ideia de Homem e a ideia de Cultura. (Fonte: Apostila de Antropologia, página 7.) Significativa nessa Antropologia foi a tentativa de “normalizar” os sistemas educativos, em busca de um funcionalidade” entre a escola e a sociedade. Tal perspectiva admitia, porém, a educação além da escola, pois dizia respeito à formação da: Alienidade é entendida como a alteridade distante. Alteridade é o esforço de se colocar no lugar do outro, de ir ao mundo do outro tal como ele é não como eu gostaria que ele fosse. Ciência de serviço ou ciência da partida o que está em jogo nesse tipo de ciência são as relações entre ciências e prática.

O fazer antropológico, nessa medida era o de submeter colocar em submissão o “outro” e seu mundo, tendo por meta a civilização da humanidade. Pregando a preservação a proteção, a transformação a repressão como objeto de políticas dirigidas ao mundo do outro. (Fonte: Apostila de Antropologia, página 7,8.)

Dificuldades de conviver com o “outro”

Heterogeneidade tem-se construído na marca predominante da sociedade contemporânea. Surgindo então alguns entraves da convivência plural: Uma deles é a Ideologia do Branqueamento sendo esta centrada numa visão etnocêntrica de mundo, isto é, na cultura do próprio grupo como a única aceitável e correta.

O fato de o homem ver o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão para considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural, essa tendência se denomina Etnocentrismo, é um conceito antropológico, que ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir. Essa avaliação é, por definição, preconceituosa.

Outro entrave à convivência plural é que: Temos caminhado a passos lentos no sentido de acolher a diversidade cultural, sobretudo quando se considera a rapidez com que assumimos práticas preconceituosas, racista, estereotipadas ou xenofóbicas diante do “outro”. Em função dessa realidade, a educação em geral e, mais especificamente, a escola e os professores são encarados como “esperança de futuro”, sendo pressionados a repensar o seu papel diante das transformações em curso, as quais demandam novos saberes, novas competências, um novo jeito de pensar e de agir, em fim, um novo perfil de formação do cidadão.

Levar em conta a pluralidade cultural no âmbito da educação implica pensar formas de reconhecer, valorizar e incorporar as identidades plurais em políticas e práticas curriculares. Significa ainda refletir sobre mecanismos discriminatórios que tanto negam voz a diferentes identidades culturais, silenciando manifestações e conflitos culturais. Tais reflexões constituem o alicerce para se situar o multiculturalismo no terreno educacional.

Origem do multiculturalismo como movimento teórico e como prática social.

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