Raciocinio Logico
Artigo: Raciocinio Logico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deboraadriano • 24/9/2013 • 9.337 Palavras (38 Páginas) • 720 Visualizações
Módulo 1 – Conceito de lógica
A Lógica Formal
O que é lógica formal?
A palavra “lógica” origina-se do grego clássico, do vocábulo lógos, que significa
palavra, pensamento, idéia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico. A
Lógica é uma ciência de base matemática e muito ligada à Filosofia. Ela tem como
objetivo apresentar, através de uma pesquisa rigorosa das estruturas do pensamento,
as regras que devem ser seguidas na elaboração de raciocínios válidos e corretos.
Como o pensamento é a manifestação do conhecimento e este visa à obtenção da
verdade, faz-se necessário o estabelecimento de regras para que tal meta consiga ser
alcançada. Destarte, a lógica é o ramo da filosofia que estabelece as regras do pensar
correto. O estudo da lógica só adquire sentido ela é vista, de fato, como um meio de
garantir que o pensamento aja de maneira correta, chegando, assim, ao
conhecimentos tidos como “verdadeiros”.
Lógica natural x Lógica científica
A Lógica é uma ciência, um sistema de conhecimentos definidos, alicerçados em
princípios de caráter universal. No que tange a tal aspecto, a Lógica filosófica se
diferencia da Lógica espontânea ou empírica. A Lógica natural nada mais é do que
uma aptidão inata do espírito empregada pelas faculdades intelectuais, mas sem ser
capaz de justificar racionalmente por meio de princípios universais. A Lógica científica
faz parte da filosofia normativa. Ela tem como objetivo central definir quais devem ser
as operações intelectuais utilizadas na satisfação das exigências de um pensamento
correto. Ela determina as condições, não de exigência, mas de legitimidade.
A lógica aristotélica
A lógica tem como base a boa elaboração dos argumentos, que são as estratégias
lingüísticas empregadas na defesa de uma tese. A obra fundadora da lógica clássica é
Organon, de Aristóteles. Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídia (384 a.C. - 322
a.C.). Ele foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande e é considerado um
dos maiores pensadores de todos os tempos. Juntamente com Sócrates e Platão, ele
figura entre os mais influentes filósofos gregos e deixou contribuições em diversas
áreas do conhecimento humano, tais como: ética, política, física, metafísica, lógica,
psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia e história natural.
No intuito de mostrar que os sofistas, mestres da retórica e da oratória, eram capazes
de enganar os cidadãos, empregando argumentos incorretos, Aristóteles passou a
estudar a estrutura lógica da argumentação. Através desse estudo, ele chegou à
conclusão de que alguns argumentos podem ser convincentes, a despeito de não
serem corretos.
Segundo Aristóteles, a lógica é um instrumento para atingir o conhecimento científico.
Apenas pode ser considerado ciência aquilo que é metódico e sistemático. Na obra
Organon, o filósofo apresenta a lógica como um método do discurso utilizado na
demonstração, o qual utiliza três tipos de operações da inteligência:
a) o conceito: é a representação mental dos objetos;
b) o juízo: é a afirmação ou negação da relação entre o sujeito e seu predicado;
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c) o raciocínio: é o que leva á conclusão a respeito dos diversos juízos presentes no
discurso;
A lógica formal x a lógica material
Na concepção de Aristóteles, existem dois tipos de lógica: a lógica formal e a lógica
material.
a) a lógica formal ou menor: é a parte da Lógica que visa à definição da forma
correta das operações intelectuais. Ela assegura o acordo do pensamento consigo
próprio e, a partir disso, os princípios que ele descobre e as regras que elabora são
aplicados ao todos os objetos do pensamento.
b) a lógica material ou maior: e parte da Lógica que determina as leis particulares
que decorrem da natureza dos objetos a serem conhecidos. Ela define os métodos da
matemática, da física, da química, das ciências naturais e das ciências morais.
A lógica surge com os gregos e foi especialmente com Aristóteles que adquiriu a sua
completude e perfeição. Os antigos, entretanto, não forma os únicos a se dedicarem à
lógica. Alguns autores importantes não podem deixar de ser mencionados:
a) os medievais: Porfírio, Boécio, Abelardo e S. Tomás de Aquino;
b) os modernos: Leibniz, Wolff, Kant, Russel e Whitehead.
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