Reação De Saponificação

1. INTRODUÇÃO

O presente projeto abordará a produção do sabão, chamada de saponificação, obtida com o uso de óleo de fritura.

Mas quem descobriu o sabão usado nos dias de hoje? Quem foram os primeiros a fabricá-lo?

É bastante provável que a descoberta do sabão ocorreu pelo acaso, quando pessoas cozinhavam: óleos e gorduras podem ter espirrado em cinzas da madeira usado como fonte para o fogo. Percebeu-se então que ao se unir com água esta substância, formava uma espuma que era boa para limpeza. Não se sabe a data certa desta descoberta, mas em escavações da época babilônica, com quase cinco mil anos de idade, foram descobertos vasos de barro com resquícios de sabão e também com orientações sobre o seu preparo. Sabe-se que os romanos começaram a utilizar o sabão para lavar roupa e, posteriormente, utilizaram-no em seus conhecidos banhos públicos para higiene pessoal. Mesmo com a queda do império Romano, continuou a ser usado em outros locais do mundo. (COUTEUR; BURRESON, 2006).

Atualmente, a produção de sabão industrial, como no caso deste relatório, utiliza um triglicerídeo, a exemplo do óleo de fritura, e uma base forte, como o hidróxido de sódio, NaOH. Resultando desse processo um sal de ácido graxo de cadeia longa, o famoso sabão, e glicerina, função orgânica álcool, conhecida também como glicerol (PORTES, 2006).

Com base nisso, por que o sabão tem então a propriedade de limpeza?

As moléculas do sabão, sal de ácido graxo, contêm uma longa porção apolar, hidrofóbica, e uma pequena parte polar, hidrofílica. Na água, elas se estruturam em micelas, de tal forma que a parte polar fica em contato direto com a água e as longas cadeias, que têm repulsão à água, se reúnem dissolvendo-se mutuamente no interior da micela. Quando se lava a mão ou uma roupa levemente engordurada, esfrega-se a mão ensaboada ou esfrega-se e bate-se a roupa, até fazer espuma. Com este esfregar e bater, as micelas se abrem para a gordura apolar (sujeira) se solubilizar em seu interior e, depois, voltam a fechar. Como a micela é solúvel, enxaguando a mão ou a roupa, o sabão e a gordura são removidos pela água, acontecendo assim o processo de limpeza (FERREIRA et al., 2007).

 

1. OBJETIVO

Obter sabão através da reação de saponificação entre um ácido graxo (glicerídeo) e uma base forte (NaOH). Observar como acontece a reação deste sabão, analisando o que é necessário para sua ocorrência, tanto em termos de materiais como de ações, inquirindo, ao fim, os produtos formados.

 

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização dos procedimentos descritos a seguir, foram utilizados os seguintes materiais:

• 20,06g de hidróxido de sódio (NaOH);

• 100mL de água (H2O);

• 100 mL óleo de fritura;

• Béquer de 1000mL;

• Bico de Bulsen;

• Bastão de vidro;

• Proveta de 100mL;

• Vidro relógio;

• Balança analítica;

• Espátula de metal;

• Espátula de plástico;

• 6 copos descartáveis de 40mL;

• Luva de alta temperatura;

• Tripé;

• Tela de amianto.

Procedimento realizado:

Com o auxílio da proveta e de uma espátula de metal, foram adicionados ao béquer 100mL de água e 20,06g de NaOH, tendo sido o hidróxido de sódio pesado com o auxílio do vidro de relógio em uma balança analítica. Essa mistura liberou certa quantidade de calor, usando o bastão de vidro para misturá-la continuamente. Em seguida, neste mesmo béquer, com o auxílio novamente da proveta, foram adicionados os 100mL de óleo de fritura, continuando a constante mistura com o bastão de vidro. Na sequência, essa mescla do béquer foi levada ao Bico de Bunsen, onde havia um tripé com tela de amianto, os quais possibilitaram a acomodação desse béquer em cima da chama do fogo. Uma vez no calor, essa combinação ficou sendo revolvida durante cinquenta minutos, quando houve a formação de sabão. Este produto foi transferido, com o auxílio da espátula de plástico, para seis copos descartáveis de 40mL, ficando estes secando um período de sete dias, havendo assim o surgimento do sabão duro.

 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste relatório foram estudados os conceitos de saponificação.

Verificou-se que os objetivos propostos foram conseguidos de forma satisfatória. Em sua maioria, foi uma experiência bem-sucedida. Não completamente por conta de alguns imprevistos no laboratório, como o manuseio dos seus equipamentos e utensílios, bem como a demora na formação de sabão, uma vez que a fonte de calor do experimento, o Bico do Bunsen, era um pouco branda, demandando assim mais tempo na finalização do processo.

Como verificado no roteiro proposto para a realização desta experimentação, o sabão é resultado da seguinte reação química:

Ou