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Reciclagem no Brasil

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Por:   •  31/3/2014  •  Artigo  •  956 Palavras (4 Páginas)  •  386 Visualizações

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Em 1998, o Brasil atingiu o recorde nacional de reciclagem. Foram mais de 5,5 bilhões de latas recuperadas pela indústria, o que significa uma taxa de 65% sobre o total de latas de alumínios vendidas (8,5 bilhões de unidades). Os números brasileiros superam países industrializados, como Inglaterra (23%) e Itália (41%). Os Estados Unidos recuperam 66%, o que equivale a 64 bilhões de latas por ano. O Japão recicla 73%. Quanto às latas de aço, 35% das latas consumidas no Brasil são recicladas, o que equivale a cerca de 250 mil t/ano. Nos Estados Unidos, 60% das embalagens de folha de flandres retornaram à produção de aço em 1987. Se o Brasil reciclasse todas as latas de aço que consome atualmente, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano.

Depois de 21 anos de tramitação no Congresso Nacional, o Brasil instituiu, em agosto de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instrumento indispensável para implantar uma eficaz logística reversa no país e evitar o descarte inadequado de milhares de produtos, de pneus a eletrodomésticos, de pilhas a agrotóxicos.

O setor do comércio atacadista de sucata ferrosa acredita que tem muito a contribuir para que a lei não caia no esquecimento e se torne realmente um instrumento eficaz. Sem dúvida, a reciclagem de ferro e aço é um dos segmentos de reaproveitamento de material mais antigo em atividade no Brasil. O setor atende às das grandes indústrias siderúrgicas (compradoras de sucata de ferro como insumo na produção do aço), e de toda a indústria geradora de sucata. É um setor em que os catadores são personagens essenciais e que estão contemplados na lei através de um capítulo específico.

No Brasil, atuam cerca de 5 mil pequenas e médias empresas, processando mais de 12 milhões de toneladas de sucata de ferro por ano e gerando renda para cerca de 1,5 milhão de pessoas.

O Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa) acredita que o setor pode contribuir com a sua experiência, ajudando os órgãos públicos nos planos adequados e fechando acordos setoriais com os segmentos interessados. É importante lembrar que a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que algumas empresas, independente das ações de Estado e Municípios, devem se responsabilizar pelo descarte adequado dos seus produtos. Entre essas empresas, estão produtores de eletrodomésticos, carros e autopeças, pneus etc.

Enfim, através do Inesfa, o comércio atacadista de sucata está pronto para contribuir de maneira definitiva para que o Brasil possa estar na ponta em relação à logística reversa. A questão é urgente e atual, afinal, o crescimento econômico do Brasil e o surgimento de uma nova classe média são dois fatores que mostram um potencial ainda maior para que o setor possa implantar uma rede de reciclagem que acabe com o descarte inadequado e ajude o Brasil a economizar matéria-prima e aprimorar sua logística. Com essa ajuda, o país pode ser referência em logística reversa para o mundo, usando no país a sucata ferrosa aqui produzida e exportando-a para outros países, quando condições econômicas forem melhores.

A metalurgia e a reciclagem se confundem ao longo da História, pois as sucatas são geralmente as matérias-primas mais convenientes na fundição, não havendo também perdas de qualidade no processo.

Os metais são muito utilizados em equipamentos, estruturas, embalagens, etc. devido à sua elevada durabilidade, resistência e facilidade de conformação.

Separam-se magneticamente as sucatas em ferrosas e não-ferrosas e ainda em:

• Sucatas pesadas: geralmente encontradas nos "ferros-velhos" (vigas, equipamentos, chapas, grelhas etc.).

• Sucatas de processo: cavacos, limalhas e rebarbas, além de peças defeituosas que voltam ao processo industrial.

• Sucatas de obsolescência: materiais destinados ao lixo após o uso.

Os metais são 100% recicláveis, por exemplo, para fabricação de

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