Redação: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

No filme japonês “Koe No Katachi” (A Voz do Silêncio), a personagem Shouko demonstra possuir estabilidade mental perante seus amigos e familiares. Todavia, mostra-se o desejo da garota em cometer suicídio ao final da trama. Assim como no filme, os brasileiros que apresentam doenças mentais sempre procuram mostrar estarem bem para aquelas pessoas ao redor, afim de evitar os estigmas associados às doenças mentais. Logo, o preconceito e a ignorância da população brasileira desencadeiam o medo daqueles com ansiedade e depressão.

Sob essa perspectiva, é indubitável que o preconceito de muitos brasileiros afeta psicologicamente as pessoas com doenças mentais, causando o medo e a insegurança. À vista disso, ocorre a generalização do estereótipo empregado pela mídia na sociedade brasileira, gerando comentários negativos de preconceituosos como o do homem entrevistado pela “G1” em 2017 que diz que a depressão e a ansiedade são frescuras. Assim, as pessoas com a mentalidade instável desencadeiam o medo de conversarem sobre suas angústias com amigos e familiares por pensarem que eles achariam o mesmo do homem entrevistado pela “G1”.

Ademais, é notável a ignorância existente na sociedade brasileira a par das pessoas com doenças mentais. Diante disso, destaca-se o caso de Kim Jonghyun, um cantor e compositor sul-coreano vítima da depressão e que tirou a própria vida em dezembro de 2017. Segundo os fãs do artista, ele mostrava sinais de pedidos de ajuda em vídeos e “shows”, entretanto só foram percebidos após seu falecimento. Acerca disso, por mais que a ignorância esteja presente na maioria das pessoas, geralmente não é por maldade e, sim, por falta de conhecimento, visto que os fãs ficaram assustados e sentidos pela ida do cantor.

Portanto, em vista dos fatos apresentados, faz-se necessária a adoção de medidas afim de evitar os estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira. Assim, cabe o Ministério da Saúde, em parceria com a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) e com as Instituições Educacionais do Brasil, organizar palestras públicas para a população brasileira que, explique e mostre exemplos do porquê a depressão e a ansiedade não devem ser tratadas como frescuras de modo a conscientizar o povo brasileiro sobre o que e como são as doenças mentais. Somente assim é possível diminuir o preconceito e a ignorância sobre essas doenças no Brasil.

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