Relatorio De Visita

Centro Universitário do Distrito FederalArquitetura e UrbanismoProjeto de Arquitetura e Urbanismo IIIProfessora Priscila Erthal Risi

Relatório de Visita ao Terreno

Juliane S. de Jesus

Tábatha Freitas Aquilino

Histórico do Terreno

Segundo depoimentos de antigos moradores do local, a invasão foi iniciada há cerca de 20 anos, quando chegaram as primeiras famílias. Certo tempo depois, este senhor doou a chácara para seus empregados que, pouco a pouco, dividiram com parentes e amigos. A partir daí, novas famílias de parentes e amigos foram se instalando nas áreas do chegaram as primeiras famílias que vieram para trabalhar na chácara de um deputado. próximas a chácara, principalmente no período de 1977 a 1982. Assim, a maioria dos moradores do Varjão são parentes entre si ou velhos amigos.

Em 1984 a Secretaria dos Serviços Sociais através do GEPAFI (Grupo Executivo para Assentamento de Favelas e Invasões) estudou a possibilidade de fixação da população no local.

Os elementos constantes da Proposta para a ocupação do Varjão compreendiam essencialmente o urbanismo e a infraestrutura de arruamento, abastecimento d’agua, energia elétrica, eliminação de esgotos domésticos e escoamento de águas pluviais.

Vila Varjão Período de Invasão

Localização

Do ponto de vista físico, a Vila localiza-se na borda da vertente escarpada da Chapada da Contagem, tendo formato irregular condicionado pelos obstáculos naturais, escarpa e córrego do Torto. Está assentada na encosta suave inferior é representada por um pediplano embutido, onde ocorrem afloramentos rochosos e encostas de perfil côncavo. A faixa de vale fluvial é condicionada pelo ribeirão do Torto.

Croqui de Situação

Croqui de Locação

Planta Baixa de Localização

Principais acessos

Intervenção Urbanística

A Vila Varjão passou por diferentes fases de ocupação desde o início de sua constituição: doação de áreas, diversas invasões e algumas tentativas de organização espacial. No entanto, é possível identificar pela análise do espaço urbano, duas principais estruturas morfológicas decorrentes do seu processo de urbanização.

Na primeira, os lotes se organizam ao longo das drenagens naturais, e seus moradores passaram a utilizá-las como depósito de lixo e esgotamento doméstico. Esta situação tem consequências diretas sobre a qualidade de vida das pessoas do núcleo urbano. Era o mais grave problema registrado, que exigiu uma solução imediata.

Na segunda, quadras residenciais bem definidas, têm

os lotes organizados conformando uma praça, tipologia

consagrada pela comunidade.

A concepção da proposta urbanística partiu, inicialmente, do compromisso com a qualidade ambiental e sanitária do espaço natural e construído, propondo a canalização das linhas de drenagem natural e a manutenção da estrutura espacial típica da Vila, e já apropriada por seus habitantes. A concepção se assenta ainda sobre a definição dos limites e possibilidades de expansão do assentamento visando organizar a ocupação presente e futura – evitando acréscimos improvisados e; na análise integrada do entorno implicando o estudo de uma área (poligonal) ampliada – que considera as inter-relações físicas, geográficas e de infraestrutura do entorno imediato.

São premissas específicas do projeto:

Adotar sistema viário de contorno que defina os limites do assentamento;

Criar novo acesso viário à Vila, que proporcione relações desse espaço com áreas de emprego, serviços, lazer e consumo – o Centro de Atividades do Lago Norte;

Tirar partido da cota máxima de ocupação com a utilização de casas em condomínio em dois pavimentos, como coroamento arquitetônico da paisagem;

Utilizar os espaços mais arborizados para criar ambientes de convívio público (praças).

Hierarquia e Fluxos Viários

Envolvidos por áreas ambientalmente sensíveis, os limites do assentamento foram definidos considerando as declividades mais acentuadas, os diferentes tipos de solo que se localizam ao sul e a oeste do núcleo urbano e a sua proximidade ao ribeirão Torto. O sistema viário limita a ocupação urbana, resguardando essas áreas de alta sensibilidade ambiental, com a criação de um anel de contorno, oque facilita a distribuição do tráfego na Vila.

Futuramente a Intervenção proposta prevê a implantação de um novo acesso à Vila, que irá facilitar a circulação de pessoas e do transporte coletivo, ligando-a de forma mais direta às áreas geradoras de emprego do DF.

O principal acesso à vila se dá pela DF-005,

Estrada Parque Paranoá.

(Imagem à esquerda. Fonte: Google Maps).

Hierarquia e Fluxos Viários