Relatorio De Visita à Cooperativa De Reciclagem

Relatório de visita à cooperativa de reciclagem Coopermaringá

No dia 25 de Novembro de 2014, foi realizada uma visita à Coopermaringá com o objetivo de conhecer o local e o trabalho realizado pelas cooperativas que lá se instalam. A Coopermaringá é uma cooperativa com iniciativas sociais que trabalha com a coleta e triagem do material reciclável para beneficiamento e envio aos recicladores, onde a maior parte desse material coletado advém do trabalho dos catadores cooperados ou dos programas de coleta seletiva municipal, visto que a população de Maringá produz em média 300 mil quilos de lixo por dia, sendo quase cem mil quilos materiais recicláveis.

A Coopermaringá é formada por ex catadores do lixão, pois em 2006 houve uma sentença civil pública determinando que a prefeitura deveria fechar o lixão, ficando proibido à esses catadores que trabalhassem no local. Em decorrência disso, o Ministério Público determinou que a prefeitura de Maringá deveria dar um local para esses catadores trabalharem, sendo este local onde hoje se instala a Coopermaringá, onde desde então não são feitas reformas para melhoria do local.

Na Coopermaringá há duas cooperativas trabalhando no local, uma com seis funcionários e outra com sete funcionários, visto que pela lei o número mínimo de funcionários obrigatório para a constituição de uma cooperativa é de 20 pessoas, porém para se manterem, na sua documentação os funcionários colocam alguns nomes que na realidade não estão na prática trabalhando no local. Os funcionários que ali trabalham tiram em média R$600,00 até R$700,00 por mês com a reciclagem e venda do produto final.

No começo chegavam ao local da cooperativa além do lixo reciclável, o lixo bruto, e segundo um dos funcionários o local funcionava como um lixão, vindo só após algum tempo ser retirado os resíduos brutos que ali eram depositados, tornando o lugar mais limpo. A cooperativa possui dois caminhões que fazem a coleta do lixo em alguns bairros determinados de Maringá, sendo seus próprios funcionários que realizam essa coleta.

O ambiente onde se instala a cooperativa está sofrendo ações civis públicas, sendo uma do Ministério Público do Trabalho por conta das condições do ambiente do trabalho, visto que da época em que a cooperativa foi aberta, não houveram reformas para melhoria do local de trabalho desses funcionários, e outra pelo Ministério Público do Meio Ambiente, por conta da contaminação da água do local que foi contaminada por uma empresa vizinha que lançava resíduos no solo, e em decorrência disso, esses resíduos atingiram o lençol freático vindo a contaminar a água dos arredores. Diante disso, a empresa causadora da contaminação foi multada e embargada, para que por fim fosse fechada.

Por fim, conhecemos os estágios em que o lixo a ser separado para reciclagem passa e os demais estágios como o de prensagem do material reciclável já separado, onde contêm papéis, garrafas pets, garrafas de vidro, entre outros materiais passíveis de reciclagem, visto que os materiais que ali chegam, mas que não podem ser reciclados são enviados à pedreira. Através da visita à cooperativa, podemos perceber o quão importante é o trabalho desses recicladores e o papel que eles exercem na contribuição da manutenção do meio ambiente equilibrado, porém, infelizmente,