Resenha Fílmica: Logorama

Em Logorama Ronald McDonald é o típico vilão, um bandido perseguido por policiais interpretados pelas logomarcas da Michelin aqui loucos da Pringles dirigem caminhões e assediam a garçonete da Esso. Uma perseguição — entre policial e fugitivo — se desenrola, animais de todas as marcas escapam do zoológico e pessoas da Bic andam pela rua. Até o momento em que o mundo capitalista começa a entrar em colapso.

A obra faz uma sátira de forma bastante informal, critica o capitalismo e por sua vez o consumismo desenfreado, o curta também traz uma crítica ao poder e à influência das grandes corporações, com marcas que vão de Ronald McDonald a Post-It, da Michelin à Xerox.

O Logorama se dá no mundo distópico, regido por marcas onde se personificam em pessoas, animais, veículos de transportes e até mesmo edifícios, configurando uma grande poluição visual proposital, afim de mostrar a hegemonia e a necessidade de consumir produtos que costumam ser desnecessários. Podemos receber isso com a supremacia do McDonald’s quando Ronald McDonald causa todo aquele alvoroço e destruição em relação às outras marcas, já que esta é uma marca quase mundial, aludindo à disputa muito acirrada entre as empresas que dominam o capitalismo.

Com um enredo simples, mas exorbitante, onde o capitalismo leva à ruína da própria cidade, que não mais sustenta seus próprios apetites consumistas. No final, podemos ver no trecho da música “[...] Eu não quero incendiar o planeta... Só quero acender uma chama no seu coração [...]”, possivelmente faça outra crítica ao capitalismo, considerando que ele é um dos principais contribuintes para o aquecimento global. Além de curto e cômico, o curta aborda um tema muito antigo, mas que ainda hoje está presente e transcende de forma muito interessante o que acontece no culto e no mundo. Certamente é uma das obras que mais recomendo.

Título: Logorama (Original)

Ano produção: 2009

Dirigido por: François Alaux Herve de Crecy Ludovic Houplain

Duração: 16 minutos

Gênero: Ação Animação Comédia Policial

Países de Origem: França