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Resenha Saúde Ocupacional

Por:   •  30/12/2024  •  Resenha  •  4.980 Palavras (20 Páginas)  •  16 Visualizações

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CEDUP

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

SAÚDE OCUPACIONAL

Discente: Anne Christina Alves

São Francisco do Sul, agosto/2024

  1. Introdução

        O trabalho existe desde o aparecimento do primeiro homem, porém, o conceito de segurança surgiu muito tempo depois, já a preocupação com a saúde dos trabalhadores já era evidente também há muito tempo.

        De fato, o trabalho escravo contemporâneo está exatamente conectado ao neocolonialismo, patriarcalismo, racismo e sexismo do desenvolvimento capitalista conformando uma violência estrutural cujos gradientes de exploração expõem discriminações, desigualdades, iniquidades e repercussões na saúde. Neste contexto, trabalhadores eram expostos a diferentes tipos de riscos: biológicos[1] (tanto nos alojamentos quanto no ambiente de trabalho); físicos[2] , químicos[3], e ergonômicos[4]. Além disso, os trabalhadores são sujeitos às situações estressantes, cenários degradantes, más condições de vida e higiene, isolamento, retenção de documentos, água inadequada e péssimos alojamentos. Em caso de acidentes ou adoecimentos, havia pouca possibilidade de buscar serviços de saúde ou cuidados médico-hospitalares devido ao controle exercido por seu principal.

        Mais adiante, no fim do império romano, onde uma crise econômica assolou todo o território romano, e com as invasões dos bárbaros visigodos e ostrogodos que os deixaram sem a mão de obra escravizada, se originou o feudalismo[5], quando os romanos fugiram para o campo e deixaram as cidades, fins de buscar proteção e meios de sobrevivência. Nessa fase os servos trocavam abrigos por subserviência aos senhores, onde esse processo foi chamado de ruralização[6]. Mas foi período da baixa Idade Média que esse sistema entrou em crise, motivado pelo êxodo rural[7], peste negra, boom de nascimento após a peste, crescimento demográfico e surgimento da burguesia, fortalecimento do comércio, questionamento do poderio da igreja e nobreza, surgimento da fome e dificuldade para gerir questões como saúde e moradia, revolução burguesa, formulação do absolutismo, formação de cidades mais desenvolvidas, cruzadas (séculos XI e XIII), surgimento do renascimento, mudança das mentalidades, que então deu lugar ao advento do capitalismo[8].

        Já no período "da Baixa Idade Média, por sua vez, passou a presenciar significativas mudanças sociais, sobretudo a partir do século XII, quando a população urbana começou a crescer. Gradativamente, as cidades voltaram-se contra o processo de feudalização e geraram a possibilidade de surgimento de novos grupos sociais, como a burguesia[9]", como também, foi uma época de crescimento urbano e comercial, de consolidação do poder dos reis, de formação de Estados Nacionais, de surgimento de línguas nacionais etc.

        Sequenciando, com o reflexo do aumento da produtividade se garantiu a existência de um excedente que pôde ser comercializado, e isso permitiu o renascimento[10] do comércio na Europa. Pouco a pouco, essa atividade consolidou-se por meio da formação de feiras, e, à medida que avançava, foram sendo criadas rotas comerciais no norte da Europa e nas regiões mediterrânicas. O renascimento comercial esteve diretamente relacionado com o renascimento urbano. Isso aconteceu porque muitos camponeses começaram a mudar-se para as cidades a fim de fugir dos laços de servidão que existiam nos feudos. À medida que o comércio se desenvolvia, comerciantes instalavam-se nos arredores das cidades, inicialmente com feiras temporárias, que, depois, tornaram-se fixas e viraram um anexo das cidades “os burgos[11]." Conseguinte, o comércio na Europa ganhou o incentivo definitivo com o início das Cruzadas[12] no final do século XI, abriram todo o mercado oriental, cujas mercadorias eram consideradas luxuosas. Importante destacar, que o "o crescimento urbano garantiu o surgimento de uma nova classe social, onde novos ofícios surgiram e consolidaram-se em corporações de ofício[13], organizações que reuniam pessoas que praticavam a mesma atividade.

        Anos depois, ocorreu a revolução industrial, foi sem dúvida para aquela época um processo de grandes transformações econômicas, tecnológicas e sociais, que se iniciou em meados do século XVIII na Europa Ocidental, mais precisamente na Inglaterra e que revolucionou o modo como trabalhamos e vemos o mundo. Doravante, tal avanço tecnológico dos meios de produção se contrastava com o crescimento das doenças e mortes entre os trabalhadores (assalariados) devido às precárias condições de trabalho, e da utilização em massa do trabalho de mulheres e crianças, (a mão de obra masculina trabalhava em minas de carvão), todas elas submetidas a jornadas exaustivas de trabalho, que não raro chegava a quatorze ou até dezesseis horas de trabalho diário.

        Estas situações pontuadas acima, foi quem levantou a bandeira para os primeiros movimentos dos trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres, onde passaram a se organizar em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses. Após muitos conflitos e revoltas, começaram a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, inicialmente das mulheres e crianças conhecida como “Lei das Fábricas[14]” (1802).

        Muito se discute sobre a importância da Saúde Ocupacional, e com um olhar mais apurado, e a passos lento, o mundo de hoje se encontra num processo de plena busca pela produção máxima ao custo mínimo. Tal busca, refere-se à proteção e segurança do trabalho humano assegurando o bem-estar físico-metal pois é de fundamental relevância, manter o foco na prevenção de doenças, redução de acidentes, redução de afastamentos, como também, nos problemas decorrentes do ambiente laboral.

        Este presente trabalho tem como objetivo, possibilitar através de uma revisão de literatura[15], a evolução histórica da saúde ocupacional pelo tempo, assimilando os principais marcos históricos[16] desde os primórdios do seu surgimento aos dias atuais. Em sumo, nos possibilitando ter uma visão sólida do crescimento das conquistas dos trabalhadores a luz dos direitos[17] conquistado, uma vez que a proteção à sua saúde é elemento indispensável para o desenvolvimento social e econômico dos países.

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