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Resenha Sobre Impressora de Órgãos

Por:   •  19/3/2019  •  Resenha  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  101 Visualizações

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BICOV, A. M. P; PEIREIRA, C.C; CARNEIRO, K. P. M.  IMPRESSORA DE ÓRGÃOS. Procedimentos, dificuldades e especulações acerca de impressora de órgãos.

  1. INTRODUÇÃO

O enfoque da obra é impressora de órgãos que é uma tecnologia que está em desenvolvimento, porém já é possível visualizar suas implicações (diminuir tempo de espera, diminuir rejeição do órgão). Só é possível tal tecnologia graças a união de medicina regenerativa e engenharia de tecidos.

Há grandes desafios no uso dessa tecnologia, seja por parte de software, ambiente e calibração. Todos os órgãos para evitar rejeição são feitos a partir de células tronco do paciente utilizando-se de uma técnica parecida com a clonagem terapêutica (transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo) tornando a rejeição praticamente nula.

2. IMPRESSORA DE ÓRGÃOS

O procedimento inicial ao usá-la é proporcionar a células tronco um ambiente semelhante ao do corpo humano então é adicionado um biogel que dá suporte para que as células fiquem no lugar correto. O software cria em um plano tridimensional  o modelo do órgão e com o auxílio de um laser e do biogel o órgão é impresso em camadas de células. Tais camadas são criadas a partir da amostra coletada que vai se multiplicando. Existe também uma alternativa para tal impressora, o urologista pediátrico Anthony Atala da universidade de Wake Forest onde a linha de pensamento é a mesma da impressora de uma forma mais manual, onde seria impresso em cima de uma carcaça do órgão.

Foram feitas várias cirurgias com órgãos impressos utilizando a técnica de Wake Forest, o mais antigo feito há 9 anos e não houve nenhum sintoma colateral. Novamente, vale ressaltar que o órgão mais complexo já transplantado foram bexigas.

A desvantagem dessa impressora desse método é que estruturas complexas ainda não são viáveis a serem construídas, tal fato se deve a que é uma tecnologia muito recente e com poucas empresas efetivamente trabalhando com isso. Porém órgãos simples e cartilagens são facilmente impressas.

3. EMPRESAS E PESQUISADORES

Apenas três empresas estão trabalhando a nível comercial com a impressora que são as mesmas que iniciaram o projeto de criação, são elas a Organovo, Invetech e Autodesk

4. BIOGEL

O biogel previamente mencionado é um importante material o processo de impressão. Ele funciona como uma espécie de andaime de suporte para as células tronco. O biogel é utilizado principalmente pelo fato de que é conveniente de várias formas seja alterando as características físicas ou químicas. Para isso é preciso de requisitos biológicos e mecânicos

“ Requisitos biológicos:

  • Biocompatibilidade: os materiais utilizados na produção não podem gerar nenhum tipo de alteração nas células;
  • Biodegradabilidade: a degradação não pode gerar produtos tóxicos. O principal mecanismo de degradação é a hidrólise;
  • Taxa de degradação controlada: a taxa de degradação deve ser ajustada à taxa de degradação dos tecidos, assim como a porosidade que permite a adesão celular e facilita a vascularização.
  • Capacidade para transporte de sinalizadores biomoleculares

Requisitos mecánicos:

  • “Acabamento” superficial adequado, de modo a facilitar o processo de adesão celular
  • Facilmente esterilizáveis, com resistências a altas temperaturas, exposição à radiação ou imersão num agente esterilizador não sofrendo qualquer alteração mecânica decorrente desse processo “

5. DESAFIOS NA FABRICAÇÃO

Como a tecnologia ainda é recente, não está aperfeiçoada portanto existem dois maiores problemas, sendo ambos por causa da estrutura de biogel. O primeiro envolve a parte de que o biogel cria na superfície não possibilita projetá la para baixo pois a mesma épresas ao gel, uma possibilidade para tal “erro” seria a lixação magnética, onde faria com que as células flutuem quando em contato com o campo magnético. O segundo é relacionado a morte celular dentro dos andaimes do biogel impossibilitando o transporte de nutrientes e trocas gasosas, uma possível solução seria a vascularização dos andaimes, construindo estruturas redes celulares.

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