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Resenha do documentário "Operation Lune"

Por:   •  9/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  337 Visualizações

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O Diretor William Karel decide realizar um documentário, ou um falso documentário, sim, com falsos atores, personagens e trilhas sonoras de Hollywood, o qual, diz que o acontecimento de 1969 (A ida do Homem à Lua), não passava de uma mentira, uma farsa cinematográfica, possivelmente realizada pelo diretor Barry Lyndon, em uma época, onde existia uma corrida armamentista entre duas potências (EUA e União Soviética) e que, por sinal, os EUA estava perdendo e sendo desmoralizado perante a opinião pública internacional.

O falso documentário foi produzido com um enorme embasamento em diversas imagens , fatos (como por exemplo os fatos expostos por Dimitri Muffley sobre a sombra do astronauta, a pegada e a bandeira dos EUA) entrevistas e vídeos que relatavam o quão verdadeira seria a teoria de Karel. Porém, ele usa este tema e essa teoria da ida do homem à lua para comprovar que não se pode crer em tudo que se passa na televisão, pois existem infinitas maneiras de editar e manipular informações, e é isso que ele mesmo faz durante todo o documentário, porém já está tudo roteirizado.  

O mais interessante, é que muitas pessoas realmente levaram as informações do Falso Documentário a sério e realmente acreditaram nessa teoria.  Mesmo no Input-TV (International Public Television), onde o público é especialista do universo televisivo, houve uma divisão entre os participantes quando o documentário foi exibido, onde alguns notaram que era falso, por conta das músicas clássicas de Hollywood e personagens com nomes evidentemente falsos misturados com pessoas reais, e outros consideraram que a tese era verdadeira. Os créditos mostravam, entre uma cartela e outra, trechos dos erros de gravação. “Mas quem vê os créditos finais de um programa, ainda mais na televisão?”.

Existem vários tipos de reportagens falsas que circulam pelo mundo, e vários motivos para as mesmas terem sido produzidas, em sua grande maioria são produzidas por 2 motivos simples: Sensacionalismo, oportunismo e enriquecimento fácil versus interesses ideológicos. Entretanto, o falso documentário de Karel foi produzido para questionar a subjetividade e veracidade que este gênero manipula informações em televisões e na população, e atua também, como uma denúncia ao modo de funcionamento do sistema midiático.

 Após o lançamento de "Operation Lune" Karel disse que em nenhum momento seu documentário disse que Neil Armstrong nãofoi à Lua; Os Estados Unidos, naquele momento, precisava sair na frente da Rússia e precisava de um fato como este, portanto, pode ser que posteriormente os Americanos pisaram na Lua, sim, porém toda essa produção foi a garantia de sua "liderança mundial".

Em psicanálise, há uma teoria que diz: "quando alguém mente sobre uma mentira, acaba dizendo a verdade" E esta foi exatamente a ideia de Karel, utilizando diversas artimanhas na edição e montagem, quando, por exemplo, ele cria uma falsa reunião entre George Bush, Henry Kissinger, Alexander Haig, Richard Helms e Lawrence Eagleburger, a (falsa) secretária de Nixon, Eve Kendall promovida por Donald Rumsfeld relembrar os tempos de Nixon.
Através da sobreposição das imagens utilizando o "Efeito Kulechov", manipulação no áudio, luz, enquadramento, etc., ele cria uma conversa consistente e veraz acerca do assunto, porém manipulada e que, de certa forma, reforçava subliminarmente o tema principal do documentário.

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