Resenha do livro - O que é Cultura
Por: AnaLondero • 10/12/2017 • Trabalho acadêmico • 768 Palavras (4 Páginas) • 3.567 Visualizações
RESENHA
“0 que é cultura?” / José Luiz dos Santos. São Paulo : Brasiliense, 2006.
Ao decorrer do livro “O que é Cultura” o autor apresentará o conceito de cultura segundo a sua perspetiva, se preocupando em identificar e entender o surgimento dela nas mais distintas sociedades e como está presente nos dias atuais.
O livro está dividido em cinco grandes “capítulos” aos quais em sua estrutura se organizam em diversos subtítulos específicos, a fim de organizar e situar melhor o leitor.
Existe uma grande preocupação dos estudiosos em conseguir entender todos os fenómenos que levaram aos humanos conceder e aplicar as suas perspetivas de realidade as expressando. Antigamente por falta de tecnologias de comunicação mais avançadas e a distância entre os povos das diversas regiões vieram a ocasionar uma grande variedade de particularidades comuns e compartilhadas em cada grupo, incluindo crenças, costumes e práticas, ou seja, a realidade cultural de cada povo, todos possuindo sua lógica interna, desenvolvida de acordo com seus contextos históricos, assim agindo de acordo com suas visões de mundo.
O autor diz que nenhuma cultura pode ser comparada a outra, embora haja tendências gerais constatáveis na história, não é possível pois cada uma possui seus próprios critérios de avaliação. É hipocrisia dizer que considerar uma cultura melhor do que a outra não possa gerar opiniões preconceituosas e racistas, pois quando se julga se está de algum modo usando como padrão a visão de realidade que o individuo julgador possui, considerando outros povos “inferiores”. Conhecer e aprender a conviver e ter empatia com as diversidades ajuda a diminuir o preconceito e a eliminar as perseguições .
A cultura possui duas concepções fundamentais: a primeira remete a todo o contexto de uma realidade social, a segunda diz respeito a tudo que caracteriza a existência social de algum povo ou nação. De fato, a cultura tende a ser a mistura dessas duas preocupações, entendida como a dimensão não material da realidade social. Festas, crenças, músicas por sí só muitas vezes não tem nada a analisar, mas a partir do momento em que são vistas dentro de um contexto dizem muito à respeito da identidade cultural do povo que a pratica.
Os meios de comunicação de massa, que como o próprio nome se subentende, acessível a um grande número de pessoas, é um agente que pode ser responsável por ajudar tanto a conservar quanto a reformar os modos de vida de uma sociedade. Raramente as transmissões são ingênuas, todas tem o objetivo de algum modo passar alguma mensagem que “molde” o pensamento do telespectador, homogeneizando as ideias ao passar uma visão distorcida da verdadeira realidade de acordo com o interesse dos donos desses meios. Embora por mais forte que essa massificação seja, não é tão eficaz ao ponto de substituir totalmente a percepção que a população têm de suas relações sociais e de suas vidas, mesmo de algum modo influenciando comportamentos.
Partindo do pensamento que todos tem o direito de usufruir de suas liberdades individuais, disseminar certos valores e pensamentos ultrapassados pode também muitas vezes ser uma forma de opressão. O tempo passa, as necessidades de cada época se alteram, e todas as formas de cultura tem que ser contestadas e repensadas para que todas as pessoas tenham acesso aos direitos humanos. Conhecer costumes diferentes, outras realidades e possuir acesso ao conhecimento encoraja as pessoas a lutarem por mudanças na sociedade, lutando pelos seus direitos.
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