Restrições no Brasil
Resenha: Restrições no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maryanne • 8/5/2013 • Resenha • 432 Palavras (2 Páginas) • 291 Visualizações
Foi o que aconteceu com a fabricante de motores americana Ametek. Depois de crescer em seis meses o que esperava que levaria dois anos, a empresa precisou encontrar com urgência um gerente financeiro no fim de 2011. “Tínhamos pouco tempo para contratar alguém e queríamos ter certeza de escolher o profissional certo para a função”, afirma Rodrigo Pinto, presidente da Ametek no Brasil. Por meio de uma consultoria, ele recrutou a paulista Ludmila Dall’Orto. Ludmila foi efetivada em janeiro.
A produtora de sementes e defensivos agrícolas suíça Syngenta enfrentou uma questão parecida. No ano passado, a equipe de finanças aumentou a carga de trabalho para dar conta, além da rotina usual, de mudanças de processos internos. “Para manter o time concentrado no que era estratégico, chamei temporários para cuidar do básico, como os balanços”, diz Marcos Ashauer, executivo de finanças da Syngenta. Quatro analistas chegaram em julho e ficaram até janeiro.
Algumas empresas começam a adotar freelancers até em sua estrutura fixa de trabalho. É o caso do escritório brasileiro da fabricante de software americana Adobe. Há cinco anos, a subsidiária decidiu pagar freelancers — fotógrafos, ilustradores, editores de vídeo e designers — para apresentar seus produtos a clientes em potencial, em vez de expandir a equipe de vendas. Hoje, 15 freelancers realizam até cinco palestras por mês nas capitais e em diversas cidades do estado de São Paulo. A ideia é ampliar a colaboração para outras regiões, como Norte e Nordeste.
Restrições no Brasil
No Brasil, a tendência esbarra na legislação trabalhista, que restringe a contratação de temporários a duas situações — picos de demanda e afastamento temporário de funcionário (licença-maternidade, por exemplo) — e por um período de três meses, prorrogáveis por mais três. A solução intermediária tem sido contratar consultorias de recrutamento que empregam os funcionários em tempo integral e oferecem o serviço temporário para grandes empresas.
A americana Robert Half e a inglesa Michael Page trouxeram o serviço para o Brasil há cerca de três anos, e a procura só aumenta. “Esse segmento, que responde pela maior parte da receita global, já equivale a 20% de nosso faturamento no Brasil”, diz Fernando Mantovani, diretor do escritório brasileiro da Robert Half, que hoje tem 200 profissionais contratados por empresas brasileiras nesse sistema. Lá fora, o avanço dos temporários também enfrenta barreiras.
No ano passado, quando a imprensa internacional noticiou que a IBM estudava substituir 8 000 de seus 20 000 funcionários na Alemanha por freelancers, a empresa foi tratada como vilã nos fóruns de funcionários na internet. Os temporários, aparentemente, vieram para ficar. Mas quem está dentro, é claro, não tem a menor intenção de sair.
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