Resumo - A Obra De Arte Na Era Da Reprodutibilidade Tecnica
Casos: Resumo - A Obra De Arte Na Era Da Reprodutibilidade Tecnica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 01102 • 9/10/2014 • 616 Palavras (3 Páginas) • 3.089 Visualizações
A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA (Walter Benjamin)
Por principio a obra de arte sempre foi reprodutível, o homem e até mesmo alunos, sempre puderam imitar o que outros homens faziam, até mesmo para aprender mais sobre a arte. Ao contrario disso, a reprodução técnica da obra de arte é algo novo, que vai mudando ao longo da história.
Os Gregos conheciam apenas dois processos de reprodução técnica de obras de arte: a fundição e a cunhagem. A primeira arte técnica a ser reproduzida pela primeira vez foi à xilogravura seguida da litografia no inicio do século XX que registrou um avanço decisivo na área da reprodução técnica. Pouco tempo após, a litografia ficou ultrapassada com a chegada da fotografia, onde os olhos deu descanso à mão, uma vez que o olhar aprende mais rápido que a mão que desenha.
No início do século XX, a reprodução técnica tinha atingido um nível tal que começara a tornar objeto seu, não só a totalidade das obras de arte provenientes de épocas anteriores, e a conquistar o seu próprio lugar entre os procedimentos artísticos.
Benjamim fala que mesmo na reprodução mais perfeita falta uma coisa: o aqui e agora da obra de arte, o aqui e agora do original constitui o conceito da sua autenticidade. Para o autor, a autenticidade de algo é a soma de tudo o que desde origem nela é transmissível, desde a sua duração material ao seu testemunho histórico.
Com a reprodução técnica, a humanidade sofre um grande abalo na tradição.
O seu agente mais poderoso é o cinema, o filme por assim dizer, que cada vez mais engloba mais posições no seu domínio. Ao longo da história a humanidade se transforma com suas formas de percepção, que são condicionadas não só naturalmente, como também historicamente. Ao passar dos anos podemos observar as mudanças na arte e na percepção da humanidade.
As obras de artes mais antigas surgiram para serviços de rituais mágicos e depois, religiosos. E a forma de existência da aura dessas obras de artes nunca se desliga de sua função de ritual. Porém, com a chegada da fotografia, iniciou-se uma crise, que recusa, não só a função social da arte como também a finalidade através de uma determinação concreta.
Com os diversos métodos de reprodução técnica da obra de arte, a sua possibilidade de exposição aumentou de forma tão poderosa que o desvio quantitativo entre ambos os seus polos, tal como originalmente existiam, se traduz numa alteração qualitativa da sua natureza.
No século XIX, passou-se a questionar se a fotografia era realmente uma arte em comparação com a pintura. O mesmo aconteceu no século XX com a evolução do cinema. Para muitos teóricos, o cinema foi motivo de grandes crises, pois eles falavam que enquanto no teatro o desempenho do autor é passado pelo publico pela própria pessoa, no cinema, seu desempenho é passado através de um equipamento. E isso gera consequências como seu desempenho ser passado por uma série de testes ópticos, além do autor não ter a possibilidade de adaptar algo a cena, assim como o autor de teatro tem.
As observações do teórico Pirandello sobre o cinema realçam o lado negativo do cinema, apontando assim as razões da crise que assola o teatro. Para ele o ator de cinema sente exilado, privado de sua própria realidade,
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