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Resumo Da Obra Sobre A Modernidade De Baudellaire

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Por:   •  7/5/2014  •  702 Palavras (3 Páginas)  •  1.035 Visualizações

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Resumo do livro: Sobre a Modernidade

A modernidade é caracterizada a partir do momento que os artistas precisam obter o eterno através do efêmero. O grande desafio do artista é eternizar aquilo que é transitório. Portanto, para Baudelaire, a modernidade tem como principal característica a efemeridade. Segundo ele, "a modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente, a metade da arte".

Por fim, posso inferir que a modernidade, na ideia do autor, é aniquilada e está sempre sentenciada à morte. O artista presente na modernidade, segundo Baudelaire, tem a missão de conseguir extrair desse efêmero algo eterno. Para ele, cada época tem a sua beleza particular, assim a beleza é única. O belo tem sempre uma dupla dimensão, embora a impressão que se produza seja uma(...).Um elemento eterno, invariável, e um elemento relativo, circunstancial que será, se quisermos, a época, a moda, a moral a paixão.”

Ao trazer para o leitor um topos da arte oitocentista - a Modernidade pelo viés da Beleza -, Baudelaire esgrima com as palavras e traz ao proscênio uma série de questões viscerais para o modelo moderno de estética, composição poética, padrões sociais, além de perfis arquetípicos do artista finissecular.

Mais conhecido pelos poemas do ‘espinhoso’ livro Flores do Mal e pelo que o senso comum tanto nomeia geração maldita, quanto aloca no guarda-chuva semântico da boemia, o poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867) era também um vigoroso intérprete de seu tempo. Percepções agudas e leituras sempre poéticas, seus ensaios críticos de arte fervilhavam de construções metafóricas, ministradas em doses racionais. Discurso poético de mãos dadas com a banalidade cotidiana, no cenário desigual da rua, vizinho da marcha em direção ao progresso, Baudelaire constituía-se, ao mesmo tempo, voz dissonante flanando na contramão de seu contexto social. Em Sobre a Modernidade, mais precisamente no ensaio “O pintor da vida moderna”, que constitui o pequeno grande livro, destaca-se a habilidade com que Baudelaire desenha, em pleno século XIX, o esboço de uma Modernidade ambivalente: “O transitório, o efêmero, o contingente é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável”. Sua leitura prepara um conceito paradoxal de Beleza que se desdobra nas ambivalências, crises e contrastes da Modernidade pós-revolução industrial.

Neste ponto – talvez para testar se o poeta manteria no ensaio o paradoxo que propõe-, o leitor se indaga: quem é, afinal, esse pintor anunciado no título, a quem Baudelaire dedica o seu olhar e simplesmente chama “G” – seria gênio? - e cujos procedimentos de composição são elencados como exemplo – novo cânone? - do artista moderno?

Sabe-se que a letra G. corresponde à inicial do sobrenome de um aquarelista e gravador da época, Constantin Guys (1805-1892), “um eterno convalescente, um homem-criança, um gênio para o qual nenhum aspecto da vida é indiferente.” Baudelaire fala de G., sem jamais nomeá-lo, como representação do artista moderno. Um artista cuja principal genialidade – em tempos de abalo da concepção de gênio - seria um rol de assimetrias ao paradigma romântico: a sua curiosidade infantil – antítese de l’ennui, o tédio -, o seu não academicismo,

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