SISTEMA DE CUSTEIO PARA UMA PEQUENA EMPRESA DE USINAGEM DE PEÇAS: UM CASO PRÁTICO
Ensaios: SISTEMA DE CUSTEIO PARA UMA PEQUENA EMPRESA DE USINAGEM DE PEÇAS: UM CASO PRÁTICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Juli2 • 23/5/2014 • 958 Palavras (4 Páginas) • 440 Visualizações
O contexto atual de acirramento da concorrência internacional levou as empresas a
buscar novos formatos organizacionais mais flexíveis e descentralizados de forma a
enfrentar os desafios da redução do ciclo de vida dos produtos, da produção e da
competição através do conjunto de variáveis sintetizadas na palavra “qualidade”
(identificação das necessidades dos clientes, produção segundo necessidades individuais
sem perda das vantagens da produção em massa, estabilização dos processos,
conformidade dos produtos, confiabilidade, mudança do foco da organização das normas
internas ao atendimento aos clientes, etc.)
A crescente tendência de intensificação das relações de divisão de trabalho entre
empresas é uma decorrência natural da alteração do cenário competitivo. A procura da
flexibilidade com qualidade levou as grandes empresas a externalizar operações e a integrar
profundamente fornecedores dentro de seu sistema produtivo. A preocupação com a
implantação das normas ISO 9000 e as políticas para desenvolvimento de fornecedor único
por tipo ou conjunto de insumo são decorrência da importância que atualmente é dada a
adequação dos fornecedores ao sistema empresarial da grande empresa.
As relações entre empresa compradora e fornecedora passam a ser mais estreitas
e incorporam um horizonte de longo prazo. Neste aspecto é evidente, que além da
adequação técnica e do sistema produtivo, e preciso desenvolver (ou resgatar) ferramentas
gerênciais que auxiliem a tomada de decisões sobre bases de racionalidade, de forma a
estimular a manutenção das relações de longo prazo. Consideramos que sistemas de
custeio elaborados sobre bases claras são um elemento importante para a geração de
informações absolutamente necessárias para um processo de negociação entre partes que
assuma explicitamente a continuidade das relações entre empresa compradora e
fornecedora no longo prazo.
O objetivo das empresas é a obtenção de um nível satisfatório de lucro sobre o
capital investido no longo prazo. No caso da grande empresa o conceito de satisfatório pode
ser assumido como máxima rentabilidade sobre o capital investido em dado horizonte de
tempo. No caso das pequenas e médias empresas muitas vezes satisfatório significa garantir
a própria sobrevivência num horizonte de tempo bem mais curto.
Cabe observar que a satisfação do cliente é condição necessária -porém não
suficiente- para a obtenção de um nível de rentabilidade satisfatória. Um aspecto importante
quanto à obtenção do lucro (e para possibilitar a sobrevivência) têm a ver com a capacidade
de transferir por meio dos preços e das quantidades vendidas o total de custos aos clientes.
Uma empresa adquire recursos, sejam humanos ou materiais, e os utiliza ao longo
de todo o ciclo de suas atividades (compra, inspeção, produção, comercialização,
administração, etc.). A recuperação do custo da utilização deste recursos2 é efetuada com a
venda dos produtos ou serviços. A formulação do preço de venda unitário dos “n” produtos,
de forma a recuperar os custos unitários e obter determinada margem de lucro, têm como
uma das referências os custos, dependendo também da constelação de forças competitivas
existentes em cada setor de atividade econômica, da inserção de cada empresa no setor
(posição e estratégia competitiva individual) e de variáveis do ambiente econômico. A
determinação dos custos unitários de forma a recuperar na medida exata o total de custos
orçados de um certo período, dado um nível estimado da utilização da capacidade
produtiva, é informação importante na definição da política de preços da empresa.
Existem diversos métodos que possibilitam a determinação dos custos unitários.
Como, em todos os casos trata-se de alocar custos indiretos aos produtos (fixos e variáveis)
além dos diretos, cada método informará valores diferentes de custos unitários, em função
da “arbitrariedade” na alocação aos produtos dos custos fixos (caso os variáveis sejam
univocamente determinados). A multiplicação do valor da matéria-prima gasta em cada
produto por um fator fixo é um método. Outro método consiste na multiplicação do custo
unitário
...