SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E GESTÃO COM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA PARTICIPATIVA E DECISIVA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO

SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E GESTÃO COM ENFOQUE INTERDISCIPLINAR PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA PARTICIPATIVA E DECISIVA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO

ALBERTO, Jociele Vanessa

Prof orientador

RESUMO

Hoje, o Pedagogo é um profissional com formação ampla, no que diz respeito às diversas habilitações (supervisor, orientador, inspetor, administrador, entre outras). A partir da reformulação do curso de Pedagogia, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006), não há mais formação específica, e sim a formação do pedagogo unitário. Esse artigo tem por objetivo explorar a atuação do supervisor/orientador/gestor, em sua plena formação interdisciplinar para a construção de uma escola participativa na formação do sujeito. Nessa perspectiva, busca-se resposta para a seguinte questão “Como os profissionais em questão devem agir para atuar em uma escola participativa na formação do sujeito?”. Utilizou-se pesquisa bibliográfica para obter um melhor entendimento sobre o tema, bem como as funções de cada profissional pedagógico dentro da escola. Concluiu-se que, atualmente, com a globalização, o profissional tem o dever de ser versátil, flexível e principalmente, saber trabalhar em grupo. Com o supervisor, com o orientador e com o gestor, não poderia ser diferente.

Palavras chave: Supervisor. Gestor. Orientador. Escola. Formação do sujeito.

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a escola desempenha um papel fundamental no processo de democratização do conhecimento e formação humana. Assim, a ação pedagógica interdisciplinar torna-se uma necessidade atual da educação.

Esse artigo tem por objetivo explorar a atuação do supervisor/orientador/gestor, em sua plena formação, interdisciplinar para a construção de uma escola participativa na formação do sujeito. Nessa perspectiva, busca-se resposta para a seguinte questão “Como os profissionais em questão devem agir para atuar em uma escola participativa na formação do sujeito?”.

O supervisor/orientador/gestor deveria ter, em sua formação básica, as discussões sobre os elementos constitutivos da organização escolar. Visto que, sua função é auxiliar no processo de ensino-aprendizagem e sua ação é atuar na organização dos diferentes espaços e momentos em que a ação pedagógica ocorre. (ALMEIDA & SOARES, 2010)

Pedagogo escolar é o profissional graduado em Pedagogia, que tem como responsabilidade a organização de todo o trabalho pedagógico desenvolvido na escola. Atualmente, esta instituição caracteriza-se como um espaço de educação formal com intuito de possibilitar o acesso ao conhecimento científico. Este conhecimento científico visa contribuir para que o sujeito compreenda as relações que ocorrem na sociedade em que está inserido e, possibilita atuar de forma crítica na transformação dessa mesma sociedade.

Hoje, o Pedagogo é um profissional com formação ampla, no que diz respeito às diversas habilitações (supervisor, orientador, inspetor, administrador, entre outras). A partir da reformulação do curso de Pedagogia, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006), não há mais formação específica, e sim a formação do pedagogo unitário. Contudo, ainda é preciso considerar que suas práticas continuam centradas nas funções supervisora e orientadora.

2 DESENVOLVIMENTO

Supervisão Escolar: um breve histórico

A origem histórica da supervisão escolar data da década de 1980, a partir da função supervisora de um gerente de fábrica sobre seus funcionários. Deste modo, sua procedência está relacionada à execução de um processo com eficácia. (ALMEIDA & SOUZA, 2010)

Portanto, administrar é um processo complexo de gerir negócios, com características próprias, decorrentes da instituição mantenedora. Assim, o administrador escolar assume o compromisso de oferecer à população um serviço de qualidade.

No texto Sentido da pedagogia e papel do pedagogo, Saviani salienta que, na Grécia antiga, o pedagogo era o escravo que conduzia as crianças até os preceptores que ensinariam a elas os conhecimentos básicos para a época. Com o tempo, esses escravos passaram a ser os próprios educadores, pois muitos deles eram considerados mais sábios do que seus próprios senhores. (ALMEIDA & SOARES, 2010)

Nessa linha, Saviani apud ALMEIDA & SOARES (2010, p. 15), afirma que,

pedagogia significa também condução à cultura, isto é, processo de formação cultural. E pedagogo é aquele que possibilita o acesso a cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que se destaca da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens.

Para compreender melhor as origens da função supervisora, é necessário conhecer os princípios de gerência, segundo Taylor apud ALMEIDA & SOARES (2010, p. 24)

1. O administrador [...] assume o cargo de todo o conhecimento tradicional que no passado foi possuído pelos trabalhadores e ainda de classificar, tabular e reduzir esse conhecimento a regras, leis e fórmulas. [...] É o princípio de dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores.

2. Todo possível trabalho cerebral deve ser banido da oficina e centrado no departamento de planejamento ou projeto. [...] Esse é o princípio de “separação de concepção e execução”.

3. A noção fundamental de tipos comuns de gerência é a de que cada operário tornou-se mais especializado em seu próprio ofício do que é possível a qualquer um ser na gerência, e que, em consequência, o pormenores de como o trabalho será mais bem feito devem ser deixados a ele. [...] Talvez o mais proeminente elemento isolado na gerência científica moderna seja a noção de tarefa. Esse é o princípio da utilização desse monopólio de conhecimento para controlar cada fase do processo de trabalho e seu modo de execução.

Pensando conforme as teorias acima, justifica-se a supervisão escolar como meio de garantir a execução do que foi planejado. Portanto, a