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Se Beber, não Dirija: Culpa E Responsabilidade

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Por:   •  12/10/2014  •  Tese  •  665 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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O Álcool é uma droga, e como droga tem seus efeitos efetivos no Sistema Nervoso e no Funcionamento Mental de uma pessoa. Desde a excitabilidade e a exaltação, o animal humano se transforma em mais animal do que humano. Por que friso essa questão de animalidade, de “cérebro inferior”? Intoxicado pelo álcool etílico, uma pessoa vai progressivamente ficando excitada, exaltada e perdendo os reflexos neurofisiológicos. Com isso, principalmente na esfera psíquica, o indivíduo alcoolizado, gradativamente vai sendo afetado em suas funções psíquicas de atenção, memória, juízo de realidade, pensamento. Torna-se somente Ação, ação que chamamos de atos impulsivos, agressivos e destrutivos.

Ação que obstrui a capacidade para pensar, que diminui sua capacidade para pensar, e reduz também a capacidade de considerar os dados da realidade externa: ambiente e principalmente a consideração e afetuosidade pelos seus semelhantes. Torna-se uma “fera” ungida de uma substância que acelera sua atividade mental em direção à estupidez, arrogância, burrice mental e sentimento de que, tudo é só o seu impulso de agir conforme sua própria vontade. Sente-se “onipotente”, “presunçoso”; acha que controla tudo e que sabe dirigir a sua própria pessoa bem como um automóvel.

Doce ilusão! Vamos viver o impulso, o desejo, a vontade de tudo fazer o que quisermos. Estamos, psicanaliticamente falando, do Império dos Sentidos e da Arrogância desvairada. Sua agressividade útil se transforma numa Destrutividade mortífera. E aí acontecem os atos mais animalescos do ser humano: desacato às autoridades, desobediência a qualquer outra pessoa que o aconselha, violência física em bares, restaurantes e ruas. Ele é o próprio dono do mundo!

Não precisa intuir que as conseqüências dessas atitudes são incomensuráveis. Acidentes de trânsito, homicídios e “suicídios”. A Lei Seca, a "Tolerância Zero", são medidas profiláticas que têm a capacidade de frustrar atos incivilizados. Para o alcoolizado é pura frescura, e algo mais grave, ele toma como uma medida contra ele, proposital, que restringe “seu prazer selvagem”. Tal como uma “cascavel faminta”, o objetivo é a satisfação da sua necessidade instintiva. O vício humano, no caso com a droga álcool, a reação é a mesma: Instinto e impulso que não conhecem leis, limitações, obstruções e interrupção do prazer.

Bem, caro leitor, quero enfatizar uma frase veiculada pelo Ministério das Cidades em sua última campanha sobre álcool e direção: “O efeito do álcool passa, a culpa fica para sempre.” É verdade, a culpa fica, caso a pessoa tenha a capacidade de sentir culpa, pois, sentindo culpa ela pode reconsiderar os estragos que fez e mudar sua atitude interna frente às suas necessidades. No entanto, se ficar somente na culpa, a tendência é desenvolver uma Grave Depressão ou atos de expiação, de desculpas, que como um pecador, à medida que se confessa pode pecar novamente.

Gostaria de frisar que Culpa, consideração pelo dano causado é Responsabilidade. Aí sim, responsabilidade é uma condição para a mudança. Sentimento de culpa somente, não. Culpa pede castigo; Responsabilidade pede consideração, amorosidade, respeito e capacidade para fazer mudanças em seus hábitos e vícios.

A Lei atual está complemente certa,

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