Ser e tempo
Artigo: Ser e tempo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: clagale • 10/9/2014 • Artigo • 952 Palavras (4 Páginas) • 222 Visualizações
O artigo de Rosa Maria Fischer e José Gaspar Nayme estuda como aconfiança depositada nos trabalhadores pode influenciar no ambienteorganizacional, reduzindo a sensação de fragilidade inerente ao ser humano, eaumentar a produtividade e a coesão do grupo cooperativo, minimizando riscos edanos. Empenhada em conhecer o que os profissionais percebem, a pesquisa usouuma abordagem qualitativa, aplicando um questionário sem estrutura e aberto,estimulando o diálogo espontâneo, em um grupo de oito gerentes de multinacionais do setor de telecomunicação, farmacêutico, agroindustrial e de consultoria, e deempresas de capital nacional, do ramo financeiro, de energia e educação.Os autores investigaram se os gerentes das organizações têm percepção davulnerabilidade humana em relação a um ambiente com confiança ou sem, comoreagem à situação e quais as suas influências no processo de gestão.Foi destacada a década de 1980 em decorrência de mudanças de largaescala e radical profundidade nas áreas econômicas, sociais e interpessoais onde aprodutividade nas empresas aumentou, mas o estímulo à busca de satisfação deinteresses pessoais contrariou o conceito de grupos cooperativos.O trabalho desenvolvido se estrutura em fundamentação teórica,metodologia de trabalho, análise dos dados e considerações finais. Nafundamentação teórica foram apresentados alguns dados elaborados pelo Dieeseem 2000 e 2001 que comprovaram um aumento na produtividade do Brasil, em2,55% entre 1992 e 1998, devido as mudanças no contexto de organização dotrabalho. Na contramão, no mesmo período, aumentou o desemprego em 17% mais16,4% de trabalho informal. Os autores perceberam que o valor do trabalho setornou precário por algum motivo. Eles apontam que o ambiente de trabalho setornou improdutivo para o estabelecimento da confiança, tão necessária, para acoesão entre grupos de trabalho.Então, a confiança foi definida economicamente, psicologicamente esociologicamente. Assim sendo, conforme os autores: “a confiança reduz a
sensação de complexidade do ambiente, na medida em que propõe ao indivíduo agarantia da realização de determinado compromisso que, isoladamente, ele nãoteria condições ou informação suficiente para fazer” e “a confiança se dá numarelação que envolve riscos, calculados ou não, de frustração” (p.70).Também foram estudados o que acontece em um ambiente sem confiança,fazendo uma reflexão em cima da obra
Ser e Tempo
de Heidegger, resultando que ohomem fragmentado fica paralisado e a falta de confiança aumenta o temor impedindo-o de superar seus desafios. Nota-se, então, o quanto é importante para oser humano as relações de confiança entre as partes envolvidas “[...] essa é asolução que pode dar conta da interdependência funcional no interior das empresas”(p.71).A fundamentação prática foi embasada por um questionário aplicado emprofissionais com poder de decisão pertencentes às organizações de médio egrande porte, mais diretamente afetadas pelas turbulências e rupturas no mercadode trabalho, especialmente após a dispersão de técnicas que exigem capacidade ehabilidade de reação rápida às mudanças de mercado aplicadas a partir de 1970.Conforme os próprios autores, “os temas abordados junto aos respondentesforam: a percepção do trabalho num ambiente economicamente dinâmico,características do ambiente que causam sentimentos de insegurança, trabalho econfiança interpessoal, diferenças entre a percepção atual e a passada sobreconfiança, atitudes e práticas que retratam a existência de confiança no trabalho,desafios atuais para a coordenação de equipes, estímulos do ambiente quefortalecem e fragilizam a incorporação de confiança nos relacionamentos e influênciado ambiente sobre a percepção de estabilidade profissional” (p.73).A investigação deveria dar valor ao contato direto com o respondente,permitindo observar integralmente os dados e enfatizando o processo e não osresultados, favorecendo a descoberta de significados junto aos dados escolhidos.Na análise dos dados, a competitividade foi confirmada pelos entrevistadoscomo também a pressão por resultados, trazendo sentimento
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