Serviço Social Ao Contexto Urbano Rural
Artigo: Serviço Social Ao Contexto Urbano Rural. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: CteagPon • 13/10/2014 • 1.691 Palavras (7 Páginas) • 916 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Curso Serviço Social – 7º Semestre
Disciplina Serviço Social ao Contexto Urbano Rural
ATPS Serviço Social ao Contexto Urbano Rural
Nome
Cleide Elizabete Ponsoni
Prof.ª. EaD: Maria Aparecida dos Santos Correa
15/09/2014
Matão/SP
RESUMO
O presente Trabalho de tem por objetivo analisar a importância do trabalho do serviço social rural na vida das pessoas e que reforma agrária é um direito de todo trabalho no campo.
INTRODUÇAO
Pode definir reforma agrária como um sistema em que ocorre a divisão de terras, ou seja, propriedades particulares são compradas pelo governo a fim de lotear e distribuir para famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema, as famílias que recebem os lotes, ganham também condições para desenvolver o cultivo: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, assistência social e consultoria. Tudo isso oferecido pelo governo.
A reforma agrária se faz necessária no Brasil, pois a estrutura fundiária em nosso país é muito injusta. Durante os dois primeiros séculos da colonização portuguesa, a metrópole dividiu e distribuem as terras de forma injusta, poucos donatários receberam faixas enormes de terra para explorar e colonizar. Desde então, o acesso a terra foi dificultado para grande parte dos brasileiros, gerando um sistema injusto de distribuição da terra. Para termos uma idéia desta desigualdade, basta observar o seguinte dado: quase metade das terras brasileiras está nas mãos de 1% da população.
Para corrigir esta distorção, nas últimas décadas vem sendo desenvolvido em nosso país o sistema de reforma agrária. Embora lento, já tem demonstrado bons resultados. Os trabalhadores rurais organizaram o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que pressiona o governo, através de manifestações e ocupações, para conseguir acelerar a reforma agrária e garantir o acesso à terra para milhares de trabalhadores rurais.
Cabe ao governo todo o processo de reforma agrária através de um órgão federal chamado INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos pensam, a reforma agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade privada e os direitos constituídos. Não visa apenas distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos agricultores, condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando renda e melhores condições de vidas para as famílias assentadas.
FRUTO DA TERRA
Marcos Tiarajú foi o primeiro bebê nascido na Fazenda Annoni, em 1985. Os pais fizeram parte das 1500 famílias na ocupação realizada pelo MST, início de uma nova etapa na luta pela reforma agrária no Brasil. Sua mãe, Rose, foi morta durante essa luta. A história dessa ocupação, que culminou com a conquista da terra e de novas oportunidades de vida, é contada nos dois premiados documentários de Tetê Moraes, Terra para Rose e O Sonho de Rose, 10 anos depois. Hoje, com 22 anos, Marcos é bolsista de medicina, em Cuba. Uma saga de conquista de direitos humanos, através da luta social, uma história de superação de desigualdades e injustiças, de marginalização e miséria, Uma visão poética do Movimento dos Sem Terra e da Marcha Nacional pela Reforma Agrária. Inspirado em um texto de José Saramago.
Existem duas tendências diferentes no movimento reformista agrário. Uma é derivada das ideologias socialistas e comunistas, cuja finalidade é a de que todo o solo passe a ser propriedade coletiva, ao considerar que essa é a condição prévia necessária para conseguir uma ordem social justa e equitativa. A segunda tendência é a dos reformadores agrários, que vão atacando a propriedade privada dos solos e exigem do estado medidas muito severas para evitar um enriquecimento injustificado dos proprietários, originadas pela renda recebida das terras.
O processo de reforma agrária é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários, que são proprietários de grandes extensões de terra, onde normalmente a maior parte aproveitável não é utilizada, e então esses lotes são distribuídos para famílias camponesas, ou com baixa renda. O Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha, mas nem sempre esse estatuto é posto em prática, visto que várias famílias são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.
As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas de duas formas, através de expropriação ou compra, onde a expropriação é a modalidade original para a obtenção de terras para a reforma.
O MOVIMENTO DOS Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido como Movimento dos Sem Terra ou MST, é fruto de uma questão agrária que é estrutural e histórica no Brasil. Nasceu da articulação das lutas pela terra, que foram retomadas a partir do final da década de 70, especialmente na região Centro-Sul do país e, aos poucos, expandiu-se pelo Brasil inteiro. O MST teve sua gestação no período de 1979 a 1984, e foi criado formalmente no Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, que se realizou de 21 a 24 de janeiro de 1984, em Cascavel, no estado do Paraná. Hoje o MST está organizado em 22 estados, e segue com os mesmos objetivos definidos neste Encontro de 84 e ratificados no I Congresso Nacional realizado em Curitiba, em 1985, também no Paraná: lutar pela terra, pela Reforma Agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados nem exploradores. O MST já registra em sua história áreas conquistadas do latifúndio que se tornaram lugares de vida e de trabalho para muitas famílias, e de produção de alimentos para mais outras
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