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Serviço Social Identidade E Evolução

Artigo: Serviço Social Identidade E Evolução. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/9/2014  •  3.528 Palavras (15 Páginas)  •  541 Visualizações

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“Mudar é difícil, mas é possível.” Paulo Freire.

Desigualdade social, dominação econômica, faces de uma realidade que o ser humano conhece bem bastou descobrir a posse.

Realidade com diversos pontos e contra pontos. A era industrial, seus benefícios e resíduos que reverberam até hoje na sociedade. O nascimento o trabalho e a evolução do serviço social é o que acompanharemos a seguir:

Revolução Industrial, mudanças para sociedade caminho para o Serviço Social.

Para plena compreensão do serviço social se faz necessário compreender que a revolução industrial e suas mazelas.

O capitalismo se desenvolveu na revolução industrial e passou por três fases: o capitalismo industrial liberal, que era a liberdade econômica da burguesia na produção e venda e o capitalismo industrial liberal monopolista que foi o fim do livre comércio e começou a organização industrial de controle da produção e distribuição das mercadorias, o objetivo era impor os preços dos produtos industriais altos para o beneficio próprio, seguido pela internacionalização do capitalismo onde ele começou a se espalhar pelo mundo.

Os burgueses controlavam o poder político e econômico que com isso mantinham as classes menos favorecidas submissos aos seus desmandos.

Com o intenso desenvolvimento do capitalismo, criou-se uma grande quantidade de trabalhadores assalariados, trabalhadores estes que abandonavam a lavoura para trabalhar na cidade. Chega um momento na agricultura que lucro não vinha mais da terra e sim da produção dos grandes proprietários que eram autorizados pelo parlamento inglês e pela casa real a cercar suas propriedades impedindo assim a entrada de camponeses, que se vendo expulsos acabavam por aceitar as exigências do dono do capital, a lei dava poder aos ricos e oprimia os trabalhadores, e foi por causa dessas expressões sofrida pelas classes menos favorecidas, que foi surgindo o serviço social, a ajuda aos pobres que só depois de muita luta conseguiram ter seus direitos de cidadão, de ser tratado como alguém, e não como um escravo que só precisava trabalhar e não tinha direito a nada.

O trabalhador a fim de se manter na cidade grande e com objetivos de conseguir "mudar de vida” trabalhava sempre cada vez mais, sem perceber a exploração e os desgastes que o trabalho compulsivo lhe causava.

Todas essas informações ficam muita clara ao assistir o filme "Tempos Modernos "do grande Charlie Chaplin. Considerado um grande clássico do cinema até hoje o filme é aplicado aos alunos de diversas matérias no ensino fundamental e superior.

O filme em preto branco de 1936 coloca um imenso colorido aos olhos de quem o assiste, posso garantir que em algum momento o telespectador se identifica. Ele relata a história de um operário chamado Carlito na metade do século XX que tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado desempenhando um trabalho repetitivo por horas de apertar parafusos.

Uma das cenas mais impressionantes é a que o funcionário mais antigo fica preso nas engrenagens, demonstrando que o novo capitalismo marcado pelo taylorismo-fordismo suplantara o sistema de produção artesanal.

A ligação com a máquina (fetiche do capital) é tão grande que o trabalhador industrial passa a ser parte dela. Tanto que Carlitos é engolido por ela e após um dia estressante dia de trabalho é imbuído pela loucura. Já que não há o trabalhador perfeito como em Metrópoles (Lang, 1926) – onde é criado um robô incansável de afeições humanas – tenta-se fazer do ser humano uma máquina — com a realização de trabalhos cansativos e repetitivos em uma aviltante jornada de trabalho diária.

Com o horário exato o para entrar, mas sem horário para saída, almoço ou descanso acaba tendo problemas de stress e, estafado, perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por exemplo. Ele é despedido e logo em seguida, internado em um hospital.

Após sua recuperação Carlito encontra a fabrica que trabalhou fechada. O mais interessante nesse trajeto entre o trabalho e a perda deste, é a dificuldade que Carlito tem em se recolocar no ambiente de trabalho. Esse pensamento por diversas vezes nos faz refletir sobre nós mesmo e o medo de pedir as contas, por exemplo, e não se recolocar no mercado de trabalhos visto que por tantos anos fizemos sempre a mesma função...Como receber novas ordens , o local, novos chefes tudo isso nos leva a uma imensa reflexão.

O sofrimento seja físico ou mental é fruto do processo de industrialização frenético em que o doce trabalhador – de tantas atribuições – é na verdade a figura mais atormentada do filme.

A cena em que Chaplin canta e dança ao som da música Nonsense Song é o real momento em que o industrial worker pode se libertar. Naquele momento ele pode ser ele mesmo, gozando da liberdade plena de sua vontade. É como acreditar no final feliz livrar-se dos parafusos que nos prendem e encontrar uma maneira de fazer algo prazeroso com inúmeras possibilidades como amar e dançar.

Assistência social no Brasil: Onde a esmola termina e o direito começa.

O desemprego ocasiona maior violência, ao passo que coloca as pessoas carentes de condições sociais mínimas para a sua sobrevivência. Faltam-lhes recursos básicos em alimentação, vestuário, educação, lazer, etc. Isso gera maior desconforto nas classes afastadas da tutela do poder público e, consequentemente, gera uma repercussão nos indicadores de violência urbana.

Segundo FALEIROS, (1997, P. 37):

Com uma demanda de trabalhadores muito maior do que fabrica poderia suportar e com o aumento da família surge então de forma ainda mais ativa a caridade.

Como já sabemos por muito tempo no Brasil a assistência aos mais pobres não foi merecedora de atenção do poder público. O estado era apenas um fornecedor trabalhando através dos interesses dos privados e religiosos. A pobreza foi vista apenas como uma fatalidade. Sendo de responsabilidade da igreja ou dos "homens bons".

No Brasil inicialmente o serviço social transitou m período em que o foco de compreensão da assistência social era dado pela benemerência, à filantropia e o assistencialismo com conotação de clientelismo político para a condição de um direito social inscrito no âmbito da seguridade social.

Era a chamada assistência amolada. Um conceito que se manteve até meados do século dezoito e que aos pouco foi substituído e batizado

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