Sete Barracas
Dissertações: Sete Barracas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabyanarosa • 12/12/2013 • 1.756 Palavras (8 Páginas) • 249 Visualizações
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008.
Sete Histórias de Sete Barracas1
Príscila Aranha Gama2
Carlos Agostinho Couto3
Carlos Henrique O. Brandão4
Francisco Evilásio T. de Melo Junior5
Jenifer Oliveira Pessoa6
Juliana Neves Carvalho Costa7
Maria José Costa Vieira8
Maria Talita Nunes Bessa9
Universidade Federal do Maranhão - UFMA
RESUMO
Este trabalho é uma reflexão sobre a construção da comunidade Sete Barracas a partir
do processo de sua formação histórica, política, social e ambiental. Para isso, fez-se um
breve estudo sobre o tema central, que é a questão agrária, bem como de sua relevância,
e demais aspectos envolvidos. Por fim, fez-se a produção de uma reportagem, cujo
modelo ultrapassou os limites do factual, fazendo-se necessária a produção de um livro
reportagem, como forma de relatar detalhadamente, por meio de depoimentos de
moradores, todo o processo de formação da comunidade em questão.
PALAVRAS-CHAVE: Livro reportagem, Sete barracas, Histórias.
INTRODUÇÃO
O assentamento Pontal, povoado de Sete Barracas, equivalente a 840 hectares, está
localizado na chamada região do Bico do Papagaio, marcado por uma vegetação
1 Trabalho apresentado ao X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste, Expocom 2008, categoria
B; modalidade B1 Processo; B1.1.
2 Autora do trabalho, estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz, email:
pri_gama5@yahoo.com.br.
3
Orientador do trabalho, professor do curso de
Comunicação Social da UFMA,
Imperatriz,
email:carlosagcouto@gmail.com.
4 Co-autor do trabalho estudante do 4 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz,
email:chbrandao@hotmail.com.
5 Co-autor do trabalho estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz,
email:oi_jr@hotmail.com.
6 Co-autora do trabalho estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz, email:
jeni_pessoa@hotmail.com.
7 Co-autora do trabalho estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz,
email:jujucarvalhoo@hotmail.com.
8 Co-autora do trabalho estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz, email:
marizecvieira@hotmail.com.
9 Co-autora do trabalho estudante do 3 º semestre do curso de Comunicação Social da UFMA, Imperatriz,
email:talitanunesbessa@hotmail.com.
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008.
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tipicamente amazônica entre o baixo Araguaia e Tocantins, num território recoberto
pela mata dos babaçuais.
A comunidade se estabeleceu a partir de 1952, sendo formada a princípio por um grupo
de retirantes maranhenses que, fugindo do latifúndio e de uma onda de grilagem,
deslocaram-se rumo à promissora região tocantina.
Sete Barracas ficou assim conhecida devido à construção de exatos sete barracos de
palha por seus primeiros moradores assim que se deu sua ocupação.
Até o ano de 1972, sua população gozava de um clima de paz, muito diferente do
vivenciado em outras partes da região. Porém, logo deu-se início à manifestações de
conflitos agrários, com a chegada de João Carrinho, ex-prefeito do município de
Porangatu- GO, que se afirmava proprietário daquelas terras. A partir de então os
posseiros passaram a sofrer ameaças, tudo com o aval do então juíz de Itaguatins, João
Batista de Castro Neto.
Papel importante durante esse período foi feito pelas Cebs - comunidades eclesiais de
base, ligadas principalmente à Igreja Católica e incentivadas pelo Concílo Vaticano II
(1962-1965), que se espalharam principalmente entre os anos 70 e 80 no Brasil, período
marcado pela ditadura militar, contribuindo para o processo de redemocratização do
país. A partir de sua organização começaram também a reivindicar justiça social,
iniciando assim uma campanha em prol da conscientização política dos lavradores.
Surge então a figura de Padre Josimo, um símbolo da resistência contra a opressão,
considerado um mártir da luta pela posse da terra, que viria a ser cruelmente assassinado
em 15 de abril de 1986, enquanto subia as escadarias
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