Teoria Estruturalista Da Administração
Artigos Científicos: Teoria Estruturalista Da Administração. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: PriPadua • 26/3/2014 • 3.315 Palavras (14 Páginas) • 347 Visualizações
2 ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 1950 da oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, onde tornou-se necessária uma posição mais ampla e compreensiva que abrangesse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos por outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese das duas.
Assim como na Teoria das Relações Humanas, houve a necessidade de visualizar a organização como uma unidade social grande e complexa, na qual interagem grupos sociais que compartilham alguns objetivos, mas que podem ser imcompatíveis também.
2.1 CONCEITO DE ESTRUTURA
Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalteradoseja na mudança ou na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações.
Estruturalismo é um método analítico e comparativo, preocupa-se com o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo
3 A SOCIEDADE DE ORGANIZAÇÕES
O estruturalismo ampliou o estudo da interações entre os grupos sociais, iniciados pela Teoria das Relações Humanas, para o das interações entre as organizações sociais.
As organizações não são recentes, existem desde os faraós e imperadores, elas sofreram um longo desenvolvimento, através de quatro etapas:
- Etapa da natureza: os elementos da natureza constituíam base única de subsistência da Humanidade;
- Etapa do trabalho: os elementos da natureza passam a ser transformados através do trabalho para condicionar as formas de organização da sociedade;
- Etapa do capital: prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social;
- Etapa da organização: a natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. O predomínio da organização revelou o caráter independente às outra etapas, utilizando-se delas para alcançar seus objetivos. Dentro desta etapa, a sociedade passou por várias fases:
- O universalismo da Idade Média: caracterizado pela predominância do espírito religioso;
- O liberalismo econômico e social nos séculos XVIII e XIX: caracterizado pelo abrandamento da influência do estado e desenvolvimento do capitalismo;
- O socialismo no século XX: obrigando o máximo desenvolvimento do capitalismo;
- A atualidade: caracterizada por uma sociedade de organizações.
4 AS ORGANIZAÇÕES
As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso deve-se determinar a melhor alocação destes recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz melhor resultado.
A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações em sua estrutura interna e na interação com outras organizações.
A organização é uma unidade social (ou agrupamento humano) dentro da qual pessoas alcançam relações estáveis entre si, no intuito de facilitar o alcançe de um conjunto de objetivos ou metas, dentro desta concepção, podemos citar como exemplo de organizações: exércitos, escolas, hospitais, igrejas e prisões; excluem-se as tribos, classes sociasi, grupos étnicos, famílias e amigos.
As burocracias constituem um tipo específico de organização: as organizações formais. As organizações formais é uma forma de agrupamento social estabelecido de maneira proposital para alcançar um objetivo específico, é caracterizada por regras e estrutura hierárquica. A organização formal é criada para atingir objetivos explícitos, daí um relacionamento formal entre as pessoas, o que permite reduzir a espontaneidade e aumentar a previsibilidade do comportamento.
Dentro das organizações formais temos as organizações complexas, que são caracterizadas pelo elevado grau de complexidade na estrutura e nos processos, devido à natureza complicada das operações (hospitais, universidades). As organizações formais por excelência são as burocracias. Essa é a razão de a maioria dos autores estruturalistas ter se iniciado com a Teoria da Burocracia.
5 O HOMEM ORGANIZACIONAL
A Teoria Estruturalista focaliza o “homem organizacional”, que desempenha papéis em diferentes organizações e para ser bem-sucedido em todas, precisa ter as seguintes características:
- Flexibilidade: devido as constantes mudanças e novos relacionamentos;
- Tolerâncias às frustrações: para evitar o desgaste emocional;
- Capacidade de adiar as recompensas: poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização em detrimento as preferências e vocações pessoais;
- Permanente desejo de realização: para garantir conformidade e cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira na organização.
Essas características de personalidade não são sempre exigidas ao nível máximo pelas organizações, mas dentro de composições que variam de acordo com a organização e com cargo ocupado.
Dentro da organização social as pessoas ocupam papéis. Papel é o nome dado a um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa.
Como cada pessoa pertence a várias organizações, ela desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e regras diferentes. As normas constituem pressões para que os indivíduos se restrijam a seu papel. Uma norma é uma exigência de uniformidade de comportamento e é mantida pelas pressões da organização.
6 ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
Os estruturalistas estudam as organizações através de uma análise mais ampla do que qualquer outra teoria anterior, pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, baseando-se na Teoria da Burocracia e é feita à partir de uma abordagem múltipla que envolve:
a) Tanto organização formal como organização informal: Os estruturalistas não alteram os conceitos de organização formal e informal, assim como nas outras
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