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Tieta Do Agreste

Trabalho Escolar: Tieta Do Agreste. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/10/2014  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  1.712 Visualizações

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• Personagens:

• Tieta: Pastora de cabras, que é expulsa da cidade e volta rica, o povo e a família não sabem que a mesma é administradora de "meninas" em São Paulo.

• Perpétua: irmão de Tieta, viúva, carola de igreja, invejosa.

• Ricardo: sobrinho de Tieta, que ia ser padre a acaba tendo um caso com a tia.

• Coronel Artur da Tapitanga: fazendeiro rico da região que trás para morar com ele as cabritinhas (meninas) pobres da região, para manter relações sexuais com as mesmas. Tieta o chama de bode velho.

• Ascanio: antigo amor de Tieta e defensor de Mangue Seco.

• Carmosina: melhor amiga de Tieta e aos quase cinqüenta ainda virgem, trabalha no Correio.

• Dona Milu: mãe de Carmosina.

• Leonora: apresentada como enteada de Tieta, mas na verdade é uma das prostitutas da casa comandada por Tieta.

• Zé Esteves: pai de Tieta.

• Escola literária

Modernismo de 2ª fase. Fugindo o panfletarismo e ao esquematismo psicológico, Jorge Amado constrói seus romances com elementos folclóricos e populares: os costumes afro-brasileiros, a comida típica, o candomblé, os terreiros, a capoeira etc. O mundo dos marginalizados torna-se então um mundo feliz, pois seus heróis levam uma vida sem preconceitos, sem regras severas de conduta social, o que lhes permite um elevado grau de liberdade existencial.

•Tempo

Em 1977, nasceu "Tieta do Agreste".

•Espaço

Jorge Amado refletia e retratava o regionalismo nordestino. O romance se passa no final da década de 70 em Santana do Agreste, cidade do interior da Bahia, próximo a Mangue Seco. Faz referências a cidade de São Paulo, onde Tieta viveu por 26 anos quando foi expulsa pelo pai de Santana do Agreste.

• ENREDO

Sant'Ana do Agreste, pequena vila do interior da Bahia, vive dias de grande expectativa enquanto se prepara para receber Tieta (Sonia Braga), filha da terra que retorna depois de 26 anos de ausência. Aos 17 anos, Tieta vivera aventuras amorosas que escandalizaram a população. Denunciada pela irmã mais velha, Perpétua (Marília Pera), Tieta foi expulsa de casa pelo pai Zé Esteves (Chico Anísio). Desde a sua partida, o único contato de Tieta com a família era através de cartas que tinham como remetente uma caixa postal em São Paulo. Além da correspondência, controlada por Carmô (Zezé Motta), funcionária dos Correios e a solteirona mais alegre da cidade, Tieta também enviava ajuda financeira para o pai, as irmãs Perpétua e Elisa (Debora Adorno) e sobrinhos.

Tieta retorna rica e poderosa, viúva de um industrial paulista. Ela chega acompanhada de Leonora (Cláudia Abreu), moça bela e triste, que apresenta como sua enteada. Tieta é recebida com toda a pompa pela família, habitantes e políticos da cidade perdida no mapa e no tempo. Ascânio (Leon Góes), o jovem e progressista secretário da Prefeitura, tem como maior ambição fazer a luz elétrica chegar à cidade ainda iluminada por luz de gerador.

A presença de Tieta e de Leonora transtorna a vida do pacato vilarejo e de seus tipos folclóricos: o prefeito enlouquecido Mauritônio Dantas (André Torreta), o poeta de plantão Barbozinha (André Valle), o comandante Dário de preocupações ecológicas (Jece Valadão), o trio de amigos que controla a cidade da mesa de sinuca, entre muitos outros.

Leonora e Ascânio se envolvem em um casto romance, enquanto Tieta tem uma tórrida relação com Cardo (Heitor Martinez Mello), o sobrinho seminarista filho da austera Perpétua, que depois também se envolve com Imaculada (Patrícia França).

Por sua generosidade, Tieta se transforma na grande benfeitora de Sant'Ana do Agreste. A tranqüilidade do lugarejo sofre mais um baque com a chegada de representantes da Embratânio S.A., disposta a implantar uma fábrica de dióxido de titânio, altamente poluidora, na cidade. Entre tumultos pessoais e políticos, o segredo da vida de Tieta é revelado - ela é obrigada a partir mais uma vez, em circunstâncias totalmente inesperadas. Mas Sant'Ana do Agreste e seus habitantes nunca mais serão os mesmos, e nunca se esquecerão dela.

CONFLITO

Clímax

• Foco Narrativo

1ª e 3ª pessoa.

Em alguns momentos o autor dá seus próprios palpites sobre determinados assuntos: O sofrimento, segundo a personagem, foi uma lição de vida: "— Aprendi com o sofrimento. Uns trancam o coração, outros abrem, o meu se escancarou".Romance que documenta problemas reais da sociedade brasileira e que tem como pano de fundo a vida e os costumes de uma cidadezinha do interior da Bahia que ultrapassou apenas o seu limite cultural por ser a terra natal do ilustre escritor e poeta Barbozinha. Uma cidade onde a luz da hidrelétrica e o progresso ainda estão a caminho. É uma história na qual se discute a chegada do progresso e suas conseqüências; a comercialização livre da pílula anticoncepcional; a crítica à corrupção das autoridades; a hipocrisia das beatas; a virgindade; o falso moralismo materializado, principalmente, na figura do pai de Tieta; crítica a tudo que é de bom que vai para o Sul, restando para o Nordeste apenas o refugo; a prostituição; a presença dos movimentos dos hipies e as drogas que já começavam a fazer parte da vida dos paulistanos/brasileiros.

Entretanto, não fugindo ao estilo usual, há também referência aos quitutes baianos, como o caranguejo do Agreste, que é de "lamber os dedos".

•AUTOR E A OBRA

Maior romancista do país, tradutor da essência e da cor da Bahia, profundo conhecedor da alma brasileira e criador de personagens inesquecíveis, Jorge Amado lançou Tieta do Agreste em 1977. O livro, transformado imediatamente em best-seller, daria a Gabriela e Dona Flor - duas grandes personagens femininas de Amado consagradas por Sonia Braga - uma companheira de peso. Mais madura que suas colegas, Tieta do Agreste apresenta uma situação dramática clássica: a da mulher que volta rica e poderosa à cidade de onde fora expulsa 26 anos antes, quando ainda era adolescente.

À sua volta estão típicos representantes do interior baiano, lutando pela sobrevivência,

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