Todos Nós Somos Iguais
Por: Guilherme Oliveira • 22/5/2018 • Relatório de pesquisa • 1.065 Palavras (5 Páginas) • 261 Visualizações
Todos Nós Somos Iguais
O racismo é uma das manifestações sociais mais cruéis, de modo que por longos anos matou, jugou e marginalizou um grupo de pessoas em decorrência da superioridade de uma raça em relação à outra. O maior exemplo disso foi à escravidão. Contudo, ainda hoje, vive-se constantes manifestações de ódio ao negro e a afrodescendentes. E a maior manifestação do racismo infelizmente ainda é a estatística. A escravidão negra foi implantada no Brasil durante o século XVII e se intensificou entre os anos de 1700 e 1822, sobretudo pelo grande crescimento do tráfico negreiro. O comércio de escravos entre a África e o Brasil tornou-se um negócio muito lucrativo. O ápice do fluxo de escravos negros pode ser situado entre 1701 e 1810, quando 1.891.400 africanos foram desembarcados nos portos coloniais. Se consolidando com um período de longa duração que marcou diversos aspectos da cultura e da sociedade Brasileira. Mais que uma simples relação de trabalho, a existência da mão de obra escrava africana, os maus tratos, fixou um conjunto de valores da sociedade brasileira em relação ao trabalho, a população e às instituições. Nesta trajetória podemos ver a ocorrência do problema do preconceito racial e social no decorrer de nossa história. Podemos citar a escravidão tornando-se como uma prática usual, não nos esquecendo das várias formas de resistência contra os negros que aconteceram. O conflito direto, as fugas e a formação de quilombos eram as mais significativas formas de resistência. Além disso, a preservação de manifestações religiosas, certos traços da culinária africana, a capoeira, o suicídio e o aborto eram outras vias de luta contra a escravidão.
O Racismo simboliza qualquer pensamento ou atitude que segrega as raças humanas considerando-as hierarquicamente como superiores e inferiores, o Brasil é um país onde o racismo tem muito destaque, diante de uma população de maioria negra. Sendo evidente que racismo seja uma violação dos direitos humanos, desta forma sendo, combatido como tal. No entanto, as recorrentes práticas criminosas, conforme a Constituição Federal artigo 5º inciso XLII – a pratica do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei. Se torna uma lei mais grave, que implica conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos. A lei enquadra uma série de situações como crime de racismo, por exemplo, recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores, negar ou impossibilitar emprego em empresa privada, entre outros. Já a Injuria Racial diferente do racismo está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la. Dessa maneira, injuriar seria ofender a dignidade ou o decoro utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Um exemplo de injúria racial foi apresentado pelo G1 onde ocorreu um episódio em que torcedores do time do Grêmio, de Porto Alegre, insultaram um goleiro de raça negra chamando-o de “macaco” durante o jogo no qual, transcorreu uma denúncia por injúria racial, aplicado, na ocasião, medidas cautelares como o impedimento dos acusados de frequentar estádios.
Há alguns anos atrás, a internet era o principal veículo usado pelos racistas, de pouco alcance, porém, diante do avanço tecnológico e da acessibilidade é possível perceber, com mais frequência, ações racistas, o que nos leva a crer no seu aumento. Por mais que se diga que todas as pessoas são iguais, independente da cor de sua pele, o racismo continua existindo. Músicas, brincadeiras, piadas e outras formas são usadas para discriminar os negros. Até mesmo a violência se faz presente, sem nenhum motivo lógico. E pequenos gestos do dia a dia – como preferir descer do ônibus quando um negro entra nele; sentar no lugar de idosos, gestantes e deficientes físicos, humilhar uma pessoa por sua religião, opção sexual ou raça – mostram que também precisamos mudar nosso conceito a respeito da igualdade do ser humano. Segundo o site G1 relatou que houve um ataque racial à modelo Nérida Cocamaro em que seu último trabalho comercial foi publicado há dois meses na internet. A iluminação das fotos deu mais destaque à roupa do que aos modelos e ela se ofendeu com os comentários que considerou racista: “Eu e mais quatro modelos fizemos o trabalho e assim que eles postaram as fotos, começou a surgir alguns comentários. Como, por exemplo: ‘não consegui enxergar nada, eu consegui ver a roupa e o fundo, a roupa é flutuante’. Pra uma pessoa que é branca, não significa nada. Só que pra mim, pela vivência que eu tenho, pelas experiências, aquilo ali significa muito”. Uma ONG especializada em crimes virtuais registrou em 2016, no Brasil, mais de 35 mil denúncias relacionadas a crimes raciais na internet. Desses casos, 66% foram postados no Facebook. “Por isso que eles usam a internet, porque eles acham que estão protegidos de algum tipo de punição”, opina Nérida, que denunciou o caso no Ministério Público. O caso dela foi encaminhado para o Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos
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