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Torax E Traumatismos

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Por:   •  26/2/2015  •  4.423 Palavras (18 Páginas)  •  906 Visualizações

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TORAX

Em anatomia, o tórax é a parte superior (ou anterior) do tronco de muitos animais, situado entre a cabeça e o abdómen.

Nos vertebrados, o tórax estende-se da base do pescoço até ao diafragma. A cavidade torácica alberga a maior parte do sistema respiratório e o coração, protegidos por uma armação óssea que liga o esterno à coluna vertebral através das costelas. Esta estrutura é modificada durante os movimentos respiratórios graças à acção dos músculos intercostais e do diafragma.

Nos insetos, é no tórax que estão localizados os órgãos locomotores, tanto as asas quanto as pernas.

Especialidades médicas

Especialidades médicas que atuam nas patologias dos ógãos do tórax:

• Cardiologia

• Pneumologia

• Cirurgia cardíaca

• Cirurgia cardiovascular

• Cirurgia torácica

TRAUMA TORÁCICO

INTRODUÇÃO

O traumatismo torácico são graves e são responsáveis por muitas mortes precoces.

As lesões de tórax são divididas naquelas que implicam em risco imediato à vida e que, portanto, devem ser pesquisadas no exame primário e naquelas que implicam em risco potencial à vida e que, portanto, são observadas durante o exame secundário. Do 1º grupo fazem parte: obstrução das vias aéreas, pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável e tamponamento cardíaco. Já, no 2º grupo, incluem-se: contusão pulmonar, contusão miocárdica, ruptura aórtica, ruptura traumática do diafragma, laceração traqueobrônquica e laceração esofágica.

É causa direta de cerca de 25% das mortes traumáticas, visto que este segmento corpóreo aloja órgãos de vital importância, como o coração, os pulmões, os grandes vasos (aorta, artéria pulmonar), que muitas vezes, quando lesados, podem levar o paciente rapidamente ao óbito.

FISIOPATOLOGIA

A hipóxia tecidual, a hipercarbia e a acidose são resultados freqüentes do trauma torácico. A hipóxia tecidual resulta de uma oferta inadequada de oxigênio aos tecidos causada pela hipovolemia, por alteração da relação ventilação/perfusão pulmonar (contusão, hematoma, colapso alveolar, etc), e por alterações nas relações pressóricas intratorácicas (pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, etc). a hipercarbia implica em hipoventilação. Agudamente, a hipóxia é mais importante. A acidose é causada pela ventilação inadequada, por alterações nas relações pressóricas intratorácicas, por depressão do nível da consciência, etc. já a acidose metabólica é causada pela hipoperfusão dos tecidos (choque).

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao tipo de lesão:

Aberto: são os ferimentos. Os mais comuns são os causados por arma branca (FAB) e os por arma de fogo (FAF).

Fechado: são as contusões. O tipo mais comum dessa categoria de trauma é representado pelos acidentes automobilísticos.

Quanto ao agente causal:

FAF: Ferimento por arma de fogo.

FAB: Ferimento por arma branca.

Acidentes automobilísticos.

Outros.

Quanto à manifestação clínica:

Pneumotórax (hipertensivo ou não).

Hemotórax.

Tamponamento cardíaco.

Contusão pulmonar.

Lesão de grandes vasos (artéria aorta, pulmonar, veia cava)

MECANISMOS DE LESÃO

Muitas vezes fica difícil isolar um único mecanismo de lesão, mas para um melhor entendimento, dividiremos em quatro os principais mecanismos, são eles:

Trauma Direto: neste mecanismo, a caixa torácica é golpeada por um objeto em movimento ou ela vai de encontro a uma estrutura fixa. Nesse caso, a parede torácica absorve o impacto e o transmite à víscera. Além disso, nesse tipo de trauma é freqüente que o individuo, ao perceber que o trauma irá ocorrer, involuntariamente, inspire e feche a glote, o que poderá causar um pneumotórax no paciente. No trauma direto, geralmente, ocorrem lesões bem delimitadas de costelas e mais raramente de esterno, coração e vasos, apresentando um bom prognóstico.

Trauma por compressão: este mecanismo é muito comum em desmoronamento, construção civil, escavações, etc. Apresenta lesões mais difusas na caixa torácica, mal delimitadas e, se a compressão for prolongada, pode causar asfixia traumática, apresentando cianose cérvico-facial e hemorragia sub-conjuntival. Em crianças, este mecanismo é de primordial importância, visto que a caixa torácica é mais flexível, podendo causar lesões externas de vísceras torácicas (Síndrome do esmagamento) com o mínimo de lesão aparente. Em determinadas situações, a lesão do parênquima pulmonar é facilitada pelo próprio paciente, como já visto anteriormente ( o acidentado, na eminência do trauma, prende a respiração, fechando a glote e contraindo os músculos torácicos, com o intuito de se proteger, mas aumenta demasiadamente a pressão pulmonar). No momento do choque, a energia de compressão faz com que aumente ainda mais essa pressão, provocando o rompimento do parênquima pulmonar e até de brônquios.

Trauma por desaceleração (ou contusão): caracterizado por processo inflamatório em pulmão e/ ou coração no local do impacto, causando edema e presença de infiltrado linfomonocitario o que caracterizará a contusão. Nesse tipo de trauma, o paciente terá algia local, porém sem alterações no momento do trauma. Após cerca de 24h, no entanto, o paciente apresentará atelectasia ou quadro semelhante à pneumonia (Rx de tórax com aspecto fioconoso; diminuição do murmúrio vesicular; dispnéia; ausculta semelhante a quadro de pneumonia). No coração ocorre, geralmente, diminuição da fração de ejeção e alteração da função cardíaca (insuficiência cardíaca, arritmias graves). A insuficiência

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