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Traumatismo Crânio-encefálico

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Por:   •  5/6/2013  •  Resenha  •  3.561 Palavras (15 Páginas)  •  908 Visualizações

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Traumatismo Crânio-encefálico

Definição:

O trauma crânio encefálico (TCE) é causado por uma agressão ou por uma aceleração ou desaceleração de alta intensidade do cérebro dentro do crânio. Esse processo causa comprometimento estrutural e funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou de seus vasos. O TCE é um trauma que não apresenta origem degenerativa ou congênita, e pode causar diminuição ou alteração de consciência, resultando em alterações que afetam diretamente o funcionamento físico, cognitivo (memória, aprendizado e atenção), comportamental ou emocional. Este pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total.

Prevenção:

Para ajudar a prevenir as lesões cranianas, tenha atenção às seguintes sugestões:

• Se beber álcool, beba em moderação e não conduza.

• Use um cinto de segurança ou um capacete sempre que viaje num veículo motorizado de duas rodas.

• Se a sua profissão envolver trabalhar em grandes alturas, use equipamento de segurança apropriado para evitar quedas acidentais. Nunca trabalhe num local alto se sentir tonto, se esteve a beber álcool ou se está a tomar medicação que lhe pode dar tonturas ou afetar o seu equilíbrio.

• Se pratica desporto, use equipamento protetor da cabeça adequado.

• Faça um exame à visão, pelo menos, uma vez por ano. A falta de visão pode aumentar o risco de quedas e de outros tipos de acidentes. Isto é, particularmente, importante se for idoso ou se trabalha em locais altos.

Classificação

Os TCEs podem ser classificados em três tipos, de acordo com a natureza do ferimento do crânio: traumatismo craniano fechado, fratura com afundamento do crânio, e fratura exposta do crânio. Esta classificação é importante, pois ajuda a definir a necessidade de tratamento cirúrgico. O traumatismo craniano fechado caracteriza-se por ausência de ferimentos no crânio ou, quando muito, fratura linear. Quando não há lesão estrutural macroscópica do encéfalo, o traumatismo craniano fechado é chamado de concussão. Contusão, laceração, hemorragias, e edema (inchaço) podem acontecer nos traumatismos cranianos fechados com lesão do parênquima cerebral. Os traumatismos cranianos com fraturas com afundamento caracterizam-se pela presença de fragmento ósseo fraturado afundado, comprimindo e lesando o tecido cerebral adjacente. O prognóstico depende do grau da lesão provocada no tecido encefálico. Nos traumatismos cranianos abertos, com fratura exposta do crânio, ocorre laceração dos tecidos pericranianos e comunicação direta do couro cabeludo com a massa encefálica através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados. Este tipo de lesão é, em geral, grave e há grande possibilidade de complicações infecciosas intracranianas.

Fisiopatologia

As lesões cerebrais devem ser compreendias, assim como os mecanismos da lesão cerebral, visto que há lesões sensoriomotoras, cognitivas, comportamentais, e sociais. Estas lesões, que podem ser focais e abertas são causadas por esmagamento o objeto penetrante e atingem regiões específicas, geralmente no cérebro. Os projéteis penetrantes em alta velocidade podem lesar áreas mais distantes dos hemisférios e do tronco encefálico. Já as lesões focais produzem problemas mais delimitados que exigem tratamento cirúrgico imediato. As conseqüências do traumatismo craniano fechado são diferentes e dependem da intensidade do impacto, da direção do movimento do crânio resultante e do aparecimento ou não de complicações.

As lesões cerebrais podem ser leves ou graves, e os danos cerebrais podem ocorrer no local de impacto ou em algum ponto oposto ao impacto que denomina-se contragolpe. Em lesões por torção da cabeça ocorre a perda das fibras da substância branca das suas origens e/ou destino, desse modo, perde-se a conectividade cerebral normal. Neste caso, a existência de fratura craniana é irrelevante, já que o dano principal ocorre no cérebro. As lesões podem ser divididas em:

Lesão primária: Contusões, lesão axional difusa (substância branca), lacerações da substância cinzenta e fratura de crânio.

Lesão secundária: Hematomas epidurais ou extradurais, subdurais (agudo, subagudo e crônico) e intraparenquimatosos ou intracerebral, que podem ser isolados ou associados às contusões, lacerações e fraturas.

Hematoma epidural ou extradural: É o acúmulo de sangue entre a dura-mater e o crânio. Pacientes com este tipo de hematoma apresentam sinais e sintomas como: intervalos de lucidez, ou seja, o paciente apresenta momentos de inconsciência seguidos de momentos de consciência. Porém, ocorrendo uma progressão de diminuição da consciência, pode apresentar hemiparesia e deve ser encaminhado ao médico, imediatamente. O tratamento é cirúrgico, dependendo da lesão.

Hematoma subdural (agudo, subagudo e crônico): Acúmulo de sangue entre a dura-mater e o cérebro. O hematoma subdural, geralmente é decorrente de trauma craniano, apresenta edema cerebral e pode ser dividido em agudo, subagudo e crônico.

Hematoma intracerebral ou intraparenquimatoso: Apresenta maior gravidade, se dá devido a uma hemorragia acima de 5 ml dentro do parênquima cerebral. Este hematoma comumente atinge o lobo temporal e frontal e o paciente evolui para o coma.

Hematoma intraventricular: Ocorre após um traumatismo ou hemorragia subaracnóidea. Caracteriza-se pela obstrução do quarto ventrículo, podendo causar a hidrocefalia.

Hipertensão intracraniana: Existe a hipertensão intracraniana quando o encéfalo e o líquido céfalorraquidiano não estão trabalhando harmoniosamente. É uma manifestação de conflito de espaço já que o crânio não consegue suportar e manter as relações normais entre os componentes habituais do espaço intracraniano, com isso a pressão intracraniana tende a se elevar acima de 15 mmHg.

Os sinais e sintomas da hipertensão intracraniana (HIC) são: aumento do volume de sangue intracranial, aumento do volume e da pressão do LCR e edema cerebral.

Lesão

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