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TrabalhPsico Organizacional - Junho 2013

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Por:   •  10/9/2013  •  4.315 Palavras (18 Páginas)  •  774 Visualizações

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RAZÃO FIXA (FR) E RAZÃO VARIÁVEL (VR) DE UM RATO ALBINO.

Déborah Camila Lazzarini Sanches

Igor Storck

Departamento de Psicologia Universidade Federal do Paraná

Análise do Comportamento

Relatório Nº 1

Gaiola Nº 9

16 de maio de 2008

Turma A

RESUMO

Pretendeu-se, através do relatório apresentado e das práticas efetuadas a verificação do comportamento emitido pelo sujeito laboratorial diante dos esquemas de reforçamento intermitente. Os experimentos realizados em laboratório se propuseram à verificação de respostas (pressões à barra) em dois diferentes tipos de reforçamento intermitente: razão fixa e variável. No esquema de razão fixa, as freqüências de respostas exigidas para liberação do reforçamento foram: FR 2, FR 4, FR 6. FR 8. FR 10. Já no esquema de razão variável, as respostas de pressões à barra foram: 5, 14, 11, 7, 9, 13, 1, 8, 19, 4, 12, 16, 20, 2, 16, 6, 17, 3, 15, 2. Verificou-se uma taxa de respostas bem superior no experimento realizado em esquema de razão variável, do que o realizado em razão fixa. Conclui-se que a superior quantidade das taxas de pressões à barra, no caso da razão variável, deve-se a não possibilidade de discriminação com relação à necessidade da quantidade de emissão das respostas para obtenção do reforçamento.

RAZÃO FIXA (FR) E RAZÃO VARIÁVEL (VR) DE UM RATO ALBINO.

Déborah Camila Lazzarini Sanches

Igor Storck da Silva

Departamento de Psicologia Universidade Federal do Paraná

A série de experimentos realizados em laboratório pretende verificar o comportamento do organismo laboratorial, frente aos procedimentos de esquemas de reforçamentos intermitentes, termo que se refere aos critérios necessários para que uma resposta ou um conjunto de respostas deva atingir para obtenção do reforçamento. Para Whaley e Malott (1980, p.106-107), os esquemas de reforçamento podem ser definidos como “o modo exato pelo qual a ocorrência do reforço é programada como conseqüência de um determinado número de respostas, ou de um certo tempo entre respostas, ou de qualquer outra característica temporal ou quantitativa das respostas”. Em outras palavras, o esquema supracitado descreve a que condições as respostas devem se submeter para a liberação do reforçamento. Há dois tipos de reforçamento, ambos foram objetos de experimentações laboratoriais que serão descritas mais adiante.

No esquema de reforçamento contínuo, toda as respostas são seguidas de reforçadores e sua representação se dá através da sigla CRF (continuous reinfocement). De acordo com Whaley e Malott (1980, p. 106) “o termo reforçamento contínuo descreve um arranjo no qual a resposta é sempre seguida por um reforçador”. No chamado esquema de reforçamento contínuo toda vez que o sujeito experimental privado de comida pressiona uma barra, no caso do rato branco, ou bica um disco, no caso de um pombo, ele é reforçado com alimento. É considerado o meio mais rápido e eficiente para estabilizar a freqüência de um comportamento, após a sua instalação. Alguns exemplos básicos podem ser facilmente percebidos: uma criança que sempre, ao fazer birra, recebe aquilo que deseja de sua mãe; ou até mesmo uma empregada, recém contratada por uma família, e por desejar cativar os filhos de seus patrões cozinha tudo aquilo que lhe é solicitada pelos pequenos. Nestes casos, as respostas (fazer a birra e solicitar alguns quitutes especiais) são sempre seguidas por seus reforçadores, são, em outras palavras, constantemente reforçadas.

Mas não é necessário um olhar muito minucioso para se detectar o fato de que, na sociedade, a maioria dos comportamentos emitida pelos seres humanos não é reforçada. Neste caso, faz-se referência aos esquemas de reforçamento intermitente no quais apenas algumas respostas são seguidas de reforço. Em outras, e mais objetivas explicações, no reforçamento intermitente o reforço do comportamento é apresentado algumas vezes, após ocorrência do comportamento, ou seja, o reforço é apresentado de maneira ocasional e pode ser reforçado intermitentemente através de quatro tipos principais de esquemas intermitentes. Estes são determinados pelas contingências (número de respostas emitidas e/ou passagem do tempo) e delas depende a liberação do reforçamento. Os quatro tipos são: intervalo fixo, intervalo variável, razão fixa e razão variável. Nos esquemas intermitentes, como já foi explanado, nem todas as respostas são reforçadas e justamente por este motivo é que estes esquemas são os mais eficientes para se manter um comportamento após sua instalação. São consideradas muito resistentes as extinções, termo este que pode ser definido como sendo a não mais apresentação do reforçador quando o comportamento é emitido.

As experiências laboratoriais, voltaram-se ao comportamento do rato diante dos esquemas de reforçamento intermitente de razões fixa e variável. Os esquemas de razão se caracterizam por exigirem um certo número de respostas para a apresentação de cada reforçador, segundo Moreira e Medeiro (2007, p.119): “para que o reforço seja apresentado, é necessário que um certo número de respostas (mais do que uma) seja emitido.” Cabe ressaltar que os esquemas de razão reforçam diferencialmente a produção rápida de respostas, ou seja, assim que o sujeito responde é prontamente reforçado.

No esquema de razão fixa, o número de respostas exigido para a apresentação de cada reforçador é sempre o mesmo. O organismo deve emitir um número fixo de respostas para ter seu comportamento reforçado. Nas experiências laboratoriais, isto se dava através da liberação do reforçador (água) após um determinado número de respostas (pressões à barra). Pode-se citar um exemplo bastante comum oriundo da sociedade na qual estamos inseridos: uma fábrica que paga seus funcionários por número de peças produzidas, utiliza-se de um esquema de reforçamento em razão fixa. O padrão de razão fixa é caracterizado pela produção de uma alta taxa de respostas já que quanto mais um determinado organismo emitir respostas, mais ele será reforçado. O reforço, neste caso, depende do organismo, é ele quem determina o ritmo dos reforçamentos. Não obstante, segundo Reese (1975 p.44): “quando

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