Trabalho de Aula
Por: amanda lunardi • 9/11/2020 • Artigo • 400 Palavras (2 Páginas) • 108 Visualizações
Sabemos que não é possível modificar todo um sistema de uma hora para a outra, mas são as pequenas coisas; é na formação dos professores que começam as mudanças e buscas por uma escola acolhedora política. Os princípios do sistema se modificam quando os professores deixam os “Pinks” escrever poesias, e não apenas ditam as proporções da Terra. Diversos filmes e séries abordam a discrepância entre o impacto da aprendizagem ativa e crítica e da mecânica: Matilda(1996), Escritores da Liberdade(2007), Sociedade dos Poetas Mortos(1989), e a lista segue. Em todos percebe-se o quanto a educação crítica influencia os alunos a seguirem caminhos conscientes e ultrapassarem as barreiras de classes sociais e marginalização. Nestes filmes os processos de conscientização da educação ocorrem, inclusive, dentro do sistema escolar. É difícil, às vezes queremos desistir e ir pelo caminho mais fácil, bater apagadores nos quadros-brancos, gritar com alunos. Mas e isso valerá a pena? Apenas a consciência de cada professor poderá dizer. Sei que a minha não.
A forma com que o indivíduo tem contato com o ambiente escolar, se esta experiência é positiva ou não, influencia diretamente na forma com que irá seguir sua formação. A escola pode tornar-se um pesadelo para os alunos, um projeto mecânico de reprodução de saberes e avaliações que têm como objetivo apenas a repetição do que foi transmitido ( que é exatamente a forma de ensino que Bordieu descreve em seus escritos), sem desenvolvimento crítico e pensamentos sociais, condicionando-os a se tornarem dóceis e maleáveis. Afasta alunos que não têm os “perfis ideais”. Da mesma forma, pode ser uma fonte de conhecimentos, um espaço para que os alunos possam se expressar, se aproximar uns dos outros e tenham a liberdade de opinar e debater em sala de aula. Um ambiente acolhedor e aberto, de aprendizagens coletivas, críticas e políticas. Um ambiente de formação do ser, que agrega.
É este ambiente que nós, professores, devemos buscar para que haja a quebra da marginalização e exclusão de culturas e indivíduos que não se encaixam nos ideais das elites culturais e econômicas. O fracasso ou sucesso escolar dos alunos não depende apenas deles, mas principalmente de nós. Que tipo de ambientes estamos criando em sala de aula? Nós damos espaço para a fala dos alunos? Qual a realidade dos alunos, seu nível de acesso à literatura, cinema, quais suas dificuldades? Há a fala sobre projetos sociais? Sobre diversidade?
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