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Transporte Maritimo

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Por:   •  13/8/2013  •  1.252 Palavras (6 Páginas)  •  458 Visualizações

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A TRAJETÓRI DE ERROS DE EIKE BATISTA

Grandes empresas não passam do sucesso ao fracasso do dia para a noite. É por isso a história do empresário Eike Batista chama a atenção.

De 2005 à 2012, Eike captou investimentos de 26 bilhões de dólares para as empresas do grupo EBX à bolsa. Todas partiram do zero e tinham data marcada para entregar resultados. O prazo chegou, mas o resultado não veio. O golpe fatal aconteceu no dia 1° de julho, quando sua principal empresa a petroleira OGX anunciou que iria parar de investir em seu maior campo de petróleo. Em 2013, as ações da OGX caíram 90%.

Os sete maiores erros de Eike são descritos a seguir:

1° NÃO PROTEGEU A EMPRESA DE SEUS PRÓPIOS DEFEITOS.

Empreendedores de sucesso imprimem na cultura de suas companhias traços marcantes de suas personalidades.

No caso de Eike seu arrojo destemor e poder de conhecimento foram fundamentais para transformar o grupo EBX em um gigante. Na hora de administrar as empresas criadas, os mesmos traços de personalidade que eram virtudes fundamentais se transformaram em defeitos.

2° DIVERSIFICOU, MAS CONCENTRANDO RISCOS.

O grupo chegou a ter 16 empresas que concentrou riscos. Um grupo altamente dependente de suas 5 principais empresas feitas para auxiliar umas às outras.

No caso de Eike o eixo do grupo era a petroleira OGX um projeto de alto risco, no qual as demais empresas sofreram igualmente com a crise de confiança que abalou o grupo.

3° GUIOU-SE PELO MERCADO ACIONÁRIO, R NÃO PELA DINÂMICA DE CADA SETOR.

Financiar tantas empresas iniciantes no mercado teve um custo alto. O grupo ficou encantado com seu próprio sucesso e se esqueceu de dedicar-se a construir, ou seja, evoluir as empresas.

O resultado foi um grupo viciado em bolsa, em que tudo era guiado pelo preço das ações e da remuneração estratégica. Contrariando o prazo do setor, na primeira semana de produção a OGX informou que esperava 15.000 barris ao dia, mas 6 meses depois se descobriu que tinham capacidade somente para 5.000 barris ao dia, ai teve o inicio do colapso da OGX.

Faltava uma equipe tarimbada de produção, que efetivamente tirasse o petróleo de lá. Na hora do aperto ter tantas empresas abertas acelerou a queda do grupo X.

4° DESENHOU UMA ESTRATÉGIA TUDO OU NADA.

A venda de parte da MMX inflou o otimismo de Eike assim seria possível criar empresas e vendê-las para grandes grupos num curto espaço de tempo, isso deu origem a um dos maiores grupos empresariais. Há 5 anos começou a tentativa de repetir o sucesso da MMX, 5 empresas do grupo abriram o capital a partir dali. As empresas cresciam com dívidas elevadas, enhuma geração de caixa e sem planos de investimentos, uma combinação extremamente arriscada já que o sucesso do grupo dependeria de uma miríade de fatores.

Em 2010 recusou 7,5 bilhões oferecidos pela chinesa SINOPEC por 40% dos direitos de exploração dos seus poços de petróleo na Bacia de Campos. Um brutal erro de cálculo. Depois Eike tentou vender partições em outras empresas, mas não conseguiu e acabou obrigado a administrar as empresas e colocar os projetos de pé. O excesso de confiança de Eike foi um erro ele deveria ter comprado empresas estabelecidas e rentáveis, isso diminuiria o risco de colapso.

5° ENRRIQUECEU EXECUTIVOS SEM ENRRIQUECER AS EMPRESAS.

Eike Batista ofereceu pacotes de remuneração extremamente generosos com base na distribuição de gordos lotes de opções de ações.

Os projetos do grupo EBX eram de longo prazo, mas todos os incentivos financeiros eram ligados ao curto prazo. De 2010 à 2012 os 5 principais executivos desembolsaram 129 milhões de reais, estratégia ótima para os funcionários e péssima para os negócios.

6° CONFUNDIU AMBIÇÃO COM PRESSA.

Pressa não costuma combinar com bons resultados ao longo prazo.

Eike criou negócios em uma velocidade inédita na história do capitalismo brasileiro, em setores altamente complexos, e sem dar tempo para que uma empresa servisse de pilar para o grupo. Ele subestimou os inúmeros que naturalmente surgiriam em cada um desses projetos.

7° PROMOVEU APENAS OS OTIMISTAS.

Em abril de 2012, promoveu a presidência da OGX um geólogo brilhante, porém otimista demais, se tornou par perfeito para o empresário.

O valor das ações da OGX era impulsionado pelas notícias infladas divulgadas pela companhia. A quem dizia errado, respondia “ Quem é o dono disso aqui? “.

No início de 2012 Eike queria captar recursos no exterior usando com garantia a produção futura da OGX. A petroleira ainda não ter produção regular faria com que os investidores exigissem um desconto muito alto para compra dos papéis.

Seu lugar está garantido

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