Transporte aéreo No Brasil
Dissertações: Transporte aéreo No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: melaninho • 25/11/2013 • 10.610 Palavras (43 Páginas) • 472 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Desde o início da aviação comercial já se enviava carga pelo modal aéreo, sendo por meio de malotes, por caixas, documentos postais e até mesmo materiais bélicos. Estes materiais eram alocados nos pequenos espaços disponíveis das pequenas aeronaves
Com a obsolescência das aeronaves pelo passar do tempo ou por novas tecnologias que surgiam, velhas aeronaves eram aproveitadas para o transporte de cargas, passando assim a serem chamados de "cargueiros", surgindo assim os vôos tão somente de cargas e, posteriormente, as pioneiras empresas ligadas ao novo setor, de transporte aéreo de cargas.
O rápido desenvolvimento deste novo tipo de transporte de cargas surpreendeu por décadas, trazendo várias inovações quanto ao design, tamanho, capacidade e conforto. Com o rápido desenvolvimento dessas aeronaves houve a necessidade natural de adequação dos entrepostos recebedores e dos aeroportos, para que houvesse espaço, equipamentos e estrutura para acomodar todos os tipos de aeronaves e necessidades, pois havia um grande aumento de passageiros e de cargas a utilizar este tipo de transporte.
Tendo uma grande quantidade de passageiros, aviões com tecnologia de ponta com grande capacidade e volume de cargas, os aeroportos precisam ter estrutura para comportar bem tudo isso. Se utilizado uma estratégia de organização tecnológica, aliada a soluções logísticas, no país, este modal pode ser um grande aliado nas exportações, importações, no transporte de cargas e de passageiros. O país não possuindo esta estrutura, pode-se chegar ao colapso, gerando o caos aéreo. Sendo assim, a falta desta estrutura atinge cargas e passageiros, gerando atrasos e prejuízos.
1.1 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é analisar a situação atual do transporte aéreo, de sua infra-estrutura, seus conceitos, bem como todas as particularidades atreladas a este modal.
Pesquisar sobre os aeroportos de carga brasileiros, os terminais de armazenagem e despacho, os órgãos reguladores e todo o contexto aliado ao transporte aéreo de cargas no Brasil, incluindo neste contexto o aeroporto Moussa Nakhl Tobias (Bauru/Arealva).
1.2 MÉTODO DE PESQUISA
Para a confecção deste trabalho, foi utilizado o método de revisão bibliográfica referente ao transporte aéreo de cargas, comércio exterior e logístico.
Foi realizada consulta em sites conceituados do setor e da área aeronáutica, como empresas aéreas, de órgãos reguladores, do setor público, revistas da área de logística, artigos relacionados, reportagens de jornais conceituados.
Foi utilizado livros, reportagens, teses e artigos ligados a atualidade e ao desenvolvimento do setor de transporte aéreo.
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO
Na primeira etapa do trabalho será feito um paralelo inter-relacionando conceitos e assuntos que são base para o entendimento global do assunto e suas especificidades. O embasamento teórico inicia-se com uma breve introdução sobre como funciona o transporte aéreo de cargas no Brasil.
A segunda parte do trabalho será o aprofundamento do tema, por meio do estudo de caso da empresa Gollog Bauru, o transporte aéreo de cargas e encomendas analisando sua atuação na cidade de Bauru utilizando-se do aeroporto Moussa Nakhl Tobias o (Bauru/Arealva).
2 HISTÓRICO DA AVIAÇÃO
Pelos estudos das relações históricas, sabe-se que desde os primórdios de Aristóteles na Grécia Antiga, que contribuiu grandemente com pensamentos filosóficos, o homem estudava a possibilidade de voar como um pássaro (FARIA, 2001).
Antigamente, era analisado pelos estudiosos o princípio do vôo dos pássaros, o movimento de nado dos peixes a fim de entender e aplicar o método destes animais ao princípio do ser humano de voar. Sabe-se que os pássaros e peixes utilizam do movimento de abaixar e levantar e asas e caudas respectivamente, desejando subir ou descer em seu ambiente. Levantando sua asa ou cauda, o vento ou água forçam a parte posterior dos corpos destes animais para baixo, inclinando-os com a cabeça para cima, resultando em um impulso que pode gerar um movimento de elevação, fazendo-se o contrário, induz-se o movimento de descida do corpo (FARIA, 2001).
Usando-se do princípio dos movimentos dos dois animais, algumas invenções que surgiram partindo-se desta linha foram fracassadas. Sendo assim iniciou-se então pesquisas com balões, que tiveram maior sucesso (FARIA, 2001).
No dia 20 de setembro de 1898, o brasileiro Alberto Santos Dumont, após conseguir voar em balões livres, realizou o primeiro vôo da história com um balão dirigível. À partir deste feito, iniciaram-se 3 vertentes de pesquisas buscando a conquista do espaço aéreo: a dos ornitópteros (ou pássaros mecânicos), que consistia na idéia ainda de se imitar o movimento de animais voadores para se conseguir o feito de voar , a linha dos helicópteros, com a base de hélices e força e a ainda a dos balonistas, com pesquisas relacionadas aos princípios de peso e ar (LIMA, 2007).
Partindo-se da idéia dos balões, foram criados experimentos baseando-se em máquinas mais pesadas que o ar que pudessem se manter em vôo, o que foi um grande desafio, considerado realmente impossível para alguns. Em 1903 Orville Wright tornou-se a primeira pessoa a voar em uma aeronave mais pesada do que o ar, propulsionada por meios próprios.
Ele e seu irmão eram obcecados pela idéia de fabricar e voar em uma aeronave que pudesse decolar dessa maneira. Nesse primeiro vôo eles utilizaram trilhos para manter o avião em seu trajeto, uma catapulta para impulsionar a aeronave e houve poucas testemunhas para visualizar o feito (LAROUSSE CULTURAL, 1995).
Já o franco-brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1906, realizou um vôo público em Paris, com seu famoso 14-Bis. Sua aeronave não precisou de componentes externos para levantar vôo e o fato teve muita cobertura da imprensa na época. Por conta da maneira distinta como esses vôos ocorreram, ainda hoje há muitas controvérsias sobre quem seria realmente o primeiro a pilotar e efetivamente voar em uma aeronave mais pesada que o ar (LIMA, 2007).
2.1 A AVIAÇÃO
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