USO DAS CORES NO DESENVOLVIMENTO DE INTERFACES

USO DAS CORES NO DESENVOLVIMENTO DE INTERFACES

Johnny Cleyber Ribeiro de Souza¹

Danielly Gomes Silva Santoro²

        

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A forma como as cores são utilizadas na construção de interfaces de sistemas interfere diretamente na percepção de cada usuário. Tendo em vista que cada um possui um estimulo diferente, é papel do desenvolvedor/designer prever como as cores que ele está utilizando irá interferir no público ao qual se destina a aplicação ou site o realizando por meio de estudos na área. Por muito tempo desenvolveu-se interfaces sem a preocupação de como as cores iriam interferir na maneira dos usuários perceberem a interface e, por isso, diversos especialistas passaram a questionar a maneira como as cores eram utilizadas.

Segundo Cybis (1994) isso é algo que tem gerado diversas recomendações ergonômicas que são voltadas para este tema, além disso, ele adverte que as cores não devem ser apenas objeto de decoração, mas sim algo maior que conduza a associação de informações, objetos de interação etc.

Segundo Lacy (2000, p. 14) “Muita gente não sabe do poder que as cores têm. Uma quantidade exagerada de cores, padrões e desenhos podem, por exemplo, criar desarmonia no ambiente, e este reflete o nosso estado interior e as nossas atitudes.” Isso é perceptível quando se utiliza uma aplicação com muitas cores aglomeradas de maneira indevida isso tudo acaba gerando uma poluição visual e consequentemente uma má adaptação do usuário àquela interface.

O uso das cores é um tema que deve ser tratado com seriedade quando se fala em interface, devido à grande importância que esta possui, mas que ainda é tratada de forma negligente por muitos profissionais. Ainda segundo Cybis para a eficácia no uso das cores é preciso ter cuidado com três aspectos.

(I) a legibilidade final da informação, (II) com os efeitos das cores sobre a performance cognitiva do usuário e (III) com as possibilidades dos dispositivos físicos. Estas precauções visam conter a confusão visual resultante do emprego arbitrário e exagerado de cores não pertinentes. (CYBIS, 1994, p. 102)

IHC se beneficia de conhecimento e métodos de outras áreas fora da Computação para conhecer melhor os fenômenos envolvidos no uso de sistemas computacionais interativos. Áreas como Psicologia, Sociologia e Antropologia contribuem para aquisição de conhecimento sobre a cultura e o discurso dos usuários e sobre seus comportamentos no ambiente onde realizam suas atividades ou em grupo. A definição de interface com usuários faz uso de conhecimentos e técnicas de áreas como: Design, ergonomia Linguística e Semiótica. (BARBOSA; SILVA, 2010,  p.12)

De acordo com HELLER (2013, s.n.) O contexto que irá revelar se uma cor será percebida como agradável e correta ou errada e destituída de bom gosto é o critério a ser usado. Aqui cada cor será mostrada em toda contextualização possível: como cor artística, na vestimenta, no design de produtos e de ambientes, sentimentos positivos ou negativos pode despertar através de cada cor.

REFERÊNCIAS

ÁGATA, Amarílis. Projeto de UI: O uso das cores. Medium uilab. 18 de jan. de 2018. Disponível em:< https://medium.com/ui-lab-school/projeto-de-ui-o-uso-das-cores-4b44d8a2d9e5>.        Acesso em: 02 de julho de 2019