Unimed no Brasil

Em 1967, surgiu a primeira Unimed no Brasil. O complicado cenário que a saúde pública vivia durante a década de 60 no Brasil abriu espaço para o surgimento das Cooperativas Médicas, as Unimeds. Um dos objetivos das Cooperativas era oferecer serviços de qualidade com um custo acessível e possibilitar a livre escolha do médico cooperado de acordo com a preferência do cliente.

Ela se tornou um exemplo de sucesso, com faturamento de 33 bilhões de reais em 2012, e é líder do no mercado privado.

Porém, através de sua origem através de cooperativas causou um agravante: A existência exagerada de muitas cooperativas ligadas à Unimed em todo o Brasil. Estas cooperativas são gerenciadas de forma autônoma, em alguns casos as cooperativas podem estar com problemas, porém a Unimed do Brasil só descobre depois de algum tempo, por conta dessa autonomia das cooperativas.

A intenção da Unimed do Brasil é a de reduzir drasticamente o número de cooperativas em todo o Brasil, redesenhando toda a organização da Unimed, com a intenção de transformar a Unimed em uma empresa única.

presidente da Unimed Brasil, Eudes Freitas Aquino, falou sobre as dificuldades enfrentadas pela Unimed Paulistana, que resultaram na ação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na semana passada de implantar o regime de direção fiscal. Ele afirmou em entrevista ao Ig que o órgão nacional está à disposição da cooperativa.

“Temos várias forças-tarefa que podem ajudar nessa transição. As cooperativas têm a sua individualidade regida por lei, a gente não pode interferir. A cooperativa é que tem de se manifestar [e pedir ajuda]", explicou o presidente. Ele confessou que a situação da Unimed Paulistana preocupa porque a cooperativa faz parte da Unimed Brasil.

Ainda não foram discutidos o tipo de apoio que o órgão dará à Unimed Paulistana, mas a ajuda poderia ser em suporte técnico. Quanto à ajuda financeira, Aquino disse que é preciso "sentar e conversar", já que não foram feitas solicitações deste tipo.

Mais de 800 mil beneficiários poderiam ser prejudicados por conta das dificuldades financeiras da Unimed Paulistana. Diante deste contexto, a ANS colocou um fiscal pelo período de um ano na cooperativa para acompanhar as contas. Esta é a segunda vez que a operadora passa pelo regime em quatro ano, a última vez foi entre 2009 e 2011.

A Unimed Paulistana, através do seu novo CEO, Augusto Cruz, anunciou que irá apresentar um plano de recuperação nos próximos dias, em cumprimento à exigência da ANS. Para o presidente da Unimed brasil, a operadora tem possibilidades de se recuperar. "Ela anda é uma empresa viável", finalizou.