Violencia Sexual Contra Criança
Casos: Violencia Sexual Contra Criança. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ju25 • 12/11/2014 • 2.215 Palavras (9 Páginas) • 461 Visualizações
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A CRIANÇA NO ÂMBITO FAMILIAR
Discentes: Cecília Viana, Ivana Araujo, Jaciara Assunção, Jamile Barcelar, Juliana Abreu, Juliana Farias, Luiza Sueli, Nara Duarte, Núbia Alexandra, Patrícia Verbena, Sara Neves
Salvador/2009
1. Introdução
Segundo Azevedo & Guerra (2007), denomina-se a violência sexual doméstica como todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança, ou utilizá-la para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. Nesse caso entende-se que a criança é sempre a vítima e não poderá ser transformada em ré. A intenção do processo de Violência Sexual é sempre o prazer (direto ou indireto) do adulto, sendo que o mecanismo que possibilita a participação da criança é a repressão exercida pelo adulto, sendo que tal repressão tem raízes no padrão adultocêntrico de relações adulto-criança vigente em nossa sociedade. Na contemporaneidade, o abuso contra crianças é constatado diariamente nos noticiários e estudos científicos, devido a seu alto índice, estando diretamente relacionada às questões estruturais e interpessoais, em diferentes aspectos: social, econômico, cultural e psicológico. Segundo Lauro Monteiro médico pediatra e editor do observatório da infância, a enorme divulgação da decisão do arcebispo de Recife e Olinda de aplicar a lei da Igreja Católica e excomungar aqueles que participaram do aborto, legal pelas leis brasileiras, em uma menina de 9 anos vítima de estupro pelo padrasto, só trouxe um grande benefício: Mostrar ao Brasil uma realidade, que é o abuso sexual na família. Longe de se constituir em exceção, a violência sexual contra a menina pernambucana de 9 anos e sua irmã de 14 anos pelo padrasto, é um exemplo trágico de uma prática freqüente, que não aparece nas estatísticas e que segue silenciosa, destruindo a infância de muitas crianças e o pior é que suas conseqüências, não se restringem a uma gravidez de alto risco, mas a uma gama enorme de repercussões na vida da vítima. A violência sexual causa seqüelas imensuráveis, principalmente quando a agressão se dá pelo próprio responsável. Diante dessa realidade como docentes de Enfermagem o nosso principal compromisso é de promover a saúde e quem melhor para proteger, e resguardar nossas crianças do que suas próprias mães? Por sua vez, como estas mães se atentarão a indícios dessa violência? Sem sobras de duvidas com a informação.
2. Justificativa
O título em questão foi escolhido por ser um assunto de bastante relevância no que diz respeito á percepção da mãe em atentar-se para possíveis abusos de cunho sexual. Todo o projeto foi voltado para o pleno esclarecimento dessas tutoras que por razões questionáveis ou não ficam inertes ao perigo iminente que seus filhos correm muitas vezes dentro de suas próprias residências. O real paradoxo dessa questão é que o lar doméstico onde normalmente as crianças estão inseridas deveria ser um meio de as mesmas estarem sendo protegidas e não expostas a esse risco. Então surge a dúvida, será que esses índices realmente estão aumentando ou só agora foram descobertos? Seja como for, o importante é que tanto as famílias como a sociedade unam-se para diminuir as estatísticas existentes. O trabalho foi realizado no centro Comunitário do bairro Santa Clara, onde residem famílias de classe média baixa, com baixa escolaridade. Mães que precisam trabalhar fora para o sustento da família, e a desinformação são fatores que por si só contribuem para a ocorrência de casos de abuso contra essas crianças sendo esta a realidade das moradoras do bairro de Santa Clara. O intuito é de dar esclarecimento e alertar as mães destas famílias com crianças entre 4 á 9 anos de idade por ser uma fase de formação física e emocional, onde esse tipo de agressão pode trazer conseqüências irreversíveis na vida adulta dessas crianças.
2.1 Objetivos
O presente trabalho teve por finalidade analisar a violência sexual que ocorre no âmbito privado da família ou, mais especificamente, aquela perpetrada pelos pais e/ou padrastos contra a criança. O objetivo geralda intervenção visa reduzir os índices de violência sexual contra as crianças dessa comunidade de Santa Clara.
Já os objetivos específicos visam sanar ou diminuir as conseqüências físicas, psicológicas, estruturais, educacionais e culturais existentes. São eles:
1. Reduzir ou evitar traumas psicológicos futuros.
2. Diminuir a evasão e o baixo aproveitamento escolar.
3. Permitir que a criança tenha uma infância sadia.
4. Fortalecer os valores éticos, morais e familiares.
5. Orientar os pais quanto aos sinais e sintomas do abuso.
6. Conscientizar a população quanto à existência de órgãos específicos de apoio a criança violentada.
2.2 Quem são os Sujeitos Envolvidos
Os sujeitos dessa intervenção, portanto são, além da própria criança e sua família, em especial as mães, a sociedade, profissionais de saúde, o líder comunitário e os agentes de saúde. O centro comunitário do bairro tem cadastrado todas as famílias moradoras do bairro, onde selecionamos as famílias dentro da faixa etária escolhida, e constatamos que haviam 300 famílias no bairro e destas 300, haviam 148 famílias com crianças na faixa etária de 4 á 9 anos de idade. Como o espaço físico do centro tem um salão com capacidade para 100 lugares, dividimos então a ação em duas fases, onde seriam convidadas 72 famílias em cada intervenção.
2.4 Conteúdos a serem abordados
1. A evolução da mulher na sociedade ,
2. A estrutura familiar atual ,
3. Vínculo afetivo mãe e filho,
4. Abordagem do convívio dessas crianças extra-familiar ,
5. Inversão de valores (promiscuidade) ,
6. O incentivo e o despertar ao amadurecimento precoce destas crianças com estímulo da libido delas e de terceiros,
7. Identificação de sinais e sintomas do abuso sexual,
8. Prevenção
9. Conseqüências para as crianças.
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