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Transtorno De Personalidade Bordeline

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Por:   •  3/4/2014  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  667 Visualizações

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Transtorno de Personalidade Bordeline

Resumo: O Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL) ou Transtorno de Personalidade Bordeline (TPB) é determinado como um transtorno de personalidade caracterizado pela desregulação emocional, raciocínio extremo ou cisão e relações caóticas. O perfil geral do transtorno também inclui uma inconstância pervasiva do humor, das relações interpessoais, do comportamento e da identidade, que pode levar a períodos de dissociação.

Palavras-chave: Psicologia; Bordeline; saúde mental.

Borderline é um transtorno de personalidade com graves conseqüências para o indivíduo e, conseqüentemente, familiares e amigos próximos. O termo fronteiriço não se refere ao limite entre um estado normal e um psicótico e, sim, a uma instabilidade constante de humor, com padrão característico de instabilidade na regulação do afeto, no controle de impulsos, nos realcionamentos pessoais e como o afetado se vê. Segundo as estatísticas (www.psicosite.com.br) o transtorno afeta de 1 a 2% da população geral, 10% de pacientes psiquiátricos, 20% dos internados em hospitais e 70% delas corresponde a mulheres.

A identificação do Transtorno de Personalidade Bordeline é facilitada devido a proximidade com pessoas de seu convívio, principalmente familiares. O sintomas englobam manifestações características de outros transtornos psiquiátrico (esquizofrenia, depressão, transtorno Bipolar) sendo classificada dentro do grupo dos transtornos de personalidade emocionalmente instáveis, por ser um misto de sintomas menos acentuados, de acordo com critérios no DSM Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais - o guia americano amplamente usado por médicos à procura de um diagnóstico de doenças mentais, tem sua definição como: “um padrão pervasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos”. Um diagnóstico de TPL requer cinco dos nove critérios listados no DSM e que os mesmos estejam presentes por um significante período de tempo.

Em relação ao distúrbio afetivo, os pacientes apresentam diversas sensações, por vezes conflitantes, muitas vezes manifestando tensão aversiva, incluindo raiva, tristeza, vergonha, pânico, terror e sentimentos crônicos de vazio e solidão. Outro aspecto é a exagerada reatividade no humor: os pacientes com freqüência mudam com grande rapidez de um estado a outro, passando por períodos disfóricos e eutímicos ao longo de um dia. Além disso, a cognição também se apresenta alterada. A sintomatologia varia, há idéias superestimadas de estar mal, experiências de dissociação – despersonalização e perda da percepção da realidade – outros sintomas são semelhantes aos psicóticos, com episódios transitórios e circunscritos de ilusões e alucinações baseadas na realidade. Acredita-se que o distúrbio de identidade pertença ao domínio cognitivo porque se baseia em uma série de falsas crenças, por exemplo a de que uma pessoa é boa num minuto e má no instante seguinte.

Outra característica marcante pintada para este quadro é a de impulsividade, manifestada de duas formas: há pacientes deliberadamente auto-destrutivos, que apresentam comportamento suicida, podendo apresentar auto-mutilação, ameaças e tentativas de suicídio; outros pacientes manifestam formas mais gerais de impulsividade, caracterizadas, pelo abuso de drogas, desordens alimentares, participação em orgias, explosões verbais e direção imprudente.

Por último, os pacientes apresentam relacionamentos intensos e instáveis, cujos problemas mais comuns são o profundo medo de abandono, que tende a se manifestar em esforços desesperados para evitar ser deixado sozinho, e alternância entre extremos de idealização e desvalorização, sendo os relacionamentos marcados por freqüentes discussões, rompimentos, baseados em uma série de estratégias mal adaptadas que irritam e assustam outras pessoas.

Várias causas são apontadas para a origem do transtorno. Acredita-se que, além do forte componente genético, experiências traumáticas na infância, como abuso sexual e negligência, causariam a desregulação emocional e a impulsividade, levando aos comportamentos não-funcionais, déficits e conflitos psicossociais. Estes, por sua vez, agravariam a desregulação. Estudos de neuroimagem revelaram uma rede mal funcionante em várias regiões cerebrais relacionadas a importantes aspectos da sintomatologia. Em estudos de PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), o córtex cingulado anterior, região mediadora do controle afetivo, bem como outras áreas do córtex pré-frontal, apresentaram um metabolismo basal alterado.

O impacto social desse transtorno é muito grande, a taxa de mortalidade devida ao suicídio é alta, atinge 10% dos pacientes. Trata-se, desta forma, de uma das desordens psiquiátrica comumente associada ao suicídio. Os tratamentos usuais são pouco efetivos, já que mesmo recebendo medicamentos e tratamento psicossocial, os pacientes continuam com graves desajustes no trabalho, nas relações sociais, na satisfação global e no funcionamento geral. Assim, para controlar esses pacientes,

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