ÁREAS DEGRADADAS POR DEPOSIÇÃO DE LIXO
Por: Larissa Nascimento • 5/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.115 Palavras (5 Páginas) • 166 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Com a expansão urbana acelerada nas cidades, houve maior construção de espaços para depósito do lixo urbano, chamados de lixões e aterros sanitários. Os lixões foram implantados primeiramente, com o intuito apenas de depositar o lixo em determinado terreno sem muitos cuidados ambientais, pois a preocupação primária era de concentrar em um espaço específico todo o lixo urbano, sem sequer ter a preocupação da separação do mesmo para reutilização. Os aterros vieram depois, com técnicas melhor aplicadas, cujo objetivo foi de acabar com os lixões, recuperar o terreno para uso urbano adequado e diminuir bastante os impactos ambientais gerados por eles.
Com as implantações inadequadas houve grande aumento de áreas degradadas. Consideram-se áreas degradadas espaços utilizados para mineração, processos erosivos decorrente da criação de animais e da agricultura, ausência ou diminuição da cobertura vegetal, deposição de lixo, superfície espelhada, entre outros.
Para correção deste problema, durante os anos começou-se a serem estudadas várias técnicas de recuperação ambiental, para assim reestabelecer o ecossistema local. A seguir serão abordados exemplos de tais técnicas.
2 TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO
A época em que começou a haver a preocupação com a reparação dos ecossistemas no Brasil, foi no século XIX, entretanto o termo “restauração ecológica” só passou a ser mais claramente definido e utilizado em 1980. O histórico dessa fase se iniciou em 1862, sendo um dos primeiros trabalhos de restauração florestal na atual Floresta Nacional da Tijuca, no município do Rio de Janeiro, visando à preservação das nascentes e regularização do abastecimento público de água.
Uma área degradada por deposição inadequada de lixo envolve remoção total dos resíduos depositados, fazendo em seguida um aterro sanitário, ou transportando os mesmos para algum lugar especificado como aterro, seguida da deposição de solo natural. Entretanto os custos são altos forçando a doção de soluções economicamente mais simples.
O aterro sanitário/controlado em si, permite após fechamento do terreno de depósito, fazer trabalhos urbanísticos para utilização da população, como áreas de passeio ou parques com vegetação presente. A vegetação nativa é importante para a recuperação gradual do lugar, assim diminuindo de forma eficiente os impactos socioambientais e aumentando a vida útil do ambiente.
Se for possível fazer seleção de parte do lixo para reutilização, é uma oportunidade sustentável de ajudar a diminuir a quantidade de lixo e aterrar somente resíduos que não possuem esse potencial.
Para que todo esse processo ocorra, primeiramente é necessário que se avalie as condições de comprometimento ambiental do local, utilizando de análises hídricas e de sondagens para conhecimento do estado de decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do solo.
A segunda parte consiste na seleção de atividades remediadoras. Estas tem o objetivo de reduzir a mobilidade, toxidade e volume dos contaminantes e estabilização do solo. Há a aplicação de controles físicos que não alteram as características químicas e biológicas dos resíduos, como também dos contaminantes. As etapas do primeiro processo se resumem a: preparação da infraestrutura de acessos e circulação do aterro, drenagem de águas pluviais, formação de células, cobertura do lixo compactado, drenagem e retenção de chorume e drenagem e captação de gases.
Quanto à aplicação de processos bio-físico-químicos, a escolha dependerá das características da área e da disponibilidade de recursos/tempo para a sua remediação. Há três processos: biológico, anaeróbico e semi-acróbico.
No processo biológico o processo de decomposição da matéria orgânica é acelerado com a aplicação de cultura de bactérias e microrganismos específicos desenvolvidos em reatores, cujo objetivo é a transformação da fração orgânica sólida em líquidos e gases. Apesar de ter um custo mais elevado, o tempo de remediação é menor se comparado ao processo anaeróbio.
No processo anaeróbio as células são providas de sistemas operacionais de drenagens de gases e chorume, com ou sem o sistema de tratamento do maciço baseado na circulação do chorume. É o método mais comum e mais barato, porém há necessidade de maior tempo de espera para a decomposição da matéria orgânica e maior tempo de monitoramento, para então se considerar o lugar estabilizado.
No processo semi-acróbico, além da necessidade obrigatória de sistema de drenagem de gases e chorume, também envolve a condução de ar para a célula de lixo, devido a digestão por condição aeróbica. Esse processo é semi por não ser completo, ou seja, o ar não é insuflado por bombeamento.
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