ÉTICA E MORAL. Paul Ricoeur

Referência:

RICOEUR, Paul. ÉTICA E MORAL. Tradução de Antônio Campelo Amaral. Covilhã, 1990 Disponível em: <http://www.lusosofia.net/textos/ricoeur_paul_etica_e_moral_rpf1990.pdf. >. Acesso em: 29 ago. 2014.

Resumo 2

Paul Ricoeur inicia demonstrando a sinonímia original dos termos, a partir de suas respectivas raízes etimológicas. Segundo ele, ética são as boas ações e moral são as normas, as obrigações. As normas da sociedade têm muito a ver com os valores morais. O autor utiliza as ideias de vida boa e amizade da teleológica de Aristóteles, e o conjunto de princípios e regras de conduta deontológico kantiano. Ricoeur acredita que há uma relação recíproca entre o conceito de bom remeter-se à “estima de si” e o de obrigatório ao “respeito de si”. O entrelaçamento da virtude e do dever caracterizados em sua regra de ouro: “Viver bem, com e para os outros, em instituições justas”. Assim sendo, para Ricoeur o conceito de justiça não se limita apenas às relações interpessoais, mas está ligado ao conceito de igualdade no plano das instituições. O investimento de Ricoeur ainda se dará no comprometimento de uma vivência ética e moral que impõem ao sujeito capaz de agir, se reconhecendo como autor por suas ações, e sabendo das consequências de seu agir em meio à sociedade. Aparece a “vida-boa” como obrigação, a solicitude como norma e respeito e a justiça como “princípios de justiça”, Contudo, a vida boa, por si só, não é garantia de realização pessoal, só pode realizar-se para e pelo sujeito, um sujeito autônomo, que estima e respeita a si mesmo e ao outro. Desta forma, pode-se dizer que o pensamento ricoeuriano é então parte constitutiva de conhecimento e vivência ética, e que em função de uma vida boa para cada um, em harmonia, pautada pela justiça e na liberdade, pode ser a solução do mundo atual para a superação da crise em todos os segmentos da vida humana.

Palavras-chave: Ética. Moral. Valores. Regras. Conduta. Virtudes. Respeito. Vida

Qual a relação prática entre Moral e Ética?

Como é possível “viver bem” nos dias atuais?

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