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Ética E Serviço Social

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Por:   •  15/9/2014  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  506 Visualizações

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D e acordo com Marx, a liberação das capacidades humanas é permitida por meio do desenvolvimento das conquistas materiais e espirituais do gênero humano, determinado fundamentalmente pelas forças produtivas e pelo domínio dos homens sobre a natureza, concebidas como a riqueza humana, conquistas produzidas pela humanidade.

Dependendo das condições históricas nas quais se desenvolvem o trabalho e a práxis, maior ou menor é o campo de possibilidades para que o indivíduo se aproprie da riqueza humana.

1.2 Práxis, alienação e fetiche

O modo de produção capitalista representa um grande avanço histórico para o desenvolvimento do ser social. O produto objetivo do desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, pressupondo o domínio humano da natureza, permite que o ser social adquira consciência de si mesmo com sujeito histórico.

As mesmas relações socais que ampliam as capacidades e possibilidades humanas produzem mecanismos de sua negação, impedindo sua realização concreta, o que se expressa, entre outros aspectos, na contradição entre o maior desenvolvimento do ser social e o maior grau de alienação, dando lugar até mesmo a outras formas de alienação : o fetiche ou a coisificação das relações sociais.

Nos manuscritos econômico- filosóficas Marx trata da alienação do trabalho, partindo de uma constatação muito concreta: no capitalismo, diz ele, o trabalhador ficamais pobre em função da riqueza que produz, cria mercadorias e se torna, ele mesmo, uma mercadoria como outra qualquer.

Esse fenômeno apresenta-se ao trabalhador sob a forma d um estranhamento em relação ao produto do trabalho e ao próprio trabalhador; além disso, o trabalho e seu produto aparecem ao operário como algo que existe independente dele e como poderes que o dominam.

Sendo assim, o trabalho realiza sua própria negação, pois ao invés de se objetivar como atividade de manifestação de vida, se realiza como alienação da vida , existindo duas formas de atividade humana: a práxis e sua negação.

No trabalho alienado, ao invés de se reconhecer como sujeito, o homem se desconhece, ao invés de se realizar , ele se perde. Além disso , a alienação não ocorre apenas em relação ao produto, mas em todo processo do trabalho. Porém a alienação não se realiza apenas na relação entre o homem e o trabalho. Na medida em que é pelo trabalho em que o homem põe em movimento todas a suas capacidades essenciais, pelo processo de alienação elas são igualmente negadas.

Todas as atividades individuais como as coletivas exigem o trabalho social, que, para se objetivar, supõe o intercâmbio entre os indivíduos. No trabalho alienado, os homens continuam a trabalhar juntos,no entanto, não se reconhecem como seres de uma mesma espécie, se estranham; ao invés de desenvolver formas de compartilhamento, criam formas de sociabilidade fragmentadas. E para objetivar sua práxis, ohomem precisa responder a necessidade de forma consciente e livre.

O trabalho como forma de práxis, desenvolve todos os sentidos humanos: o tato, a visão, o gosto, a percepção , o amor, a vontade, enfim, todas as formas de manifestação do homem como ser sensível.

O homem é um ser humano rico em necessidades e formas de satisfação e a resposta a suas carências só pode ser dada através de sua apropriação desta riqueza . No entanto, no contexto da sociedade alienada, essas condições são negadas, os sentidos tornam-se alienados.

Na sociedade alienada, o indivíduo busca no dinheiro as formas de satisfação de suas necessidades egoístas, torna-se cada vez mais pobre como homem e isso faz do trabalhador um ser pobre em necessidades e formas de satisfação, uma vez que seus sentidos e capacidades se desumanizou.

A alienação não é um fenômeno puramente subjetivo, no sentido de uma “criação abstrata” da mente dos indivíduos que não teria base de existência objetiva. A alienação nos termos apresentados por Marx em 1844, apresenta-se como a expressão de um fenômeno geral que se objetiva através do não reconhecimento dos homens em suas ações, de um estranhamento do indivíduo, em face de si mesmo e dos outros homens , e de outras manifestações indicativas da não apropriação de sua condição de sujeito

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