Índices de Endividamento
Tese: Índices de Endividamento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafartave • 6/10/2014 • Tese • 3.218 Palavras (13 Páginas) • 494 Visualizações
Capitulo 5
Índices de Endividamento
5.1 Quantidade da dívida ( alta, razoável, baixa )
Por meio desses indicadores que constatamos o nível de endividamento de uma empresa.
Sabemos que o Ativo é financiado por Capitais de Terceiros ( Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo ) e por Capitais Próprios ( Patrimônio Liquido ). Portanto, Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes de recursos.
Também são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos de proprietários. Saberemos se os recusos de terceiros ou de recurso dos proprietários. Saberemos se os recursos de terceiros tem seu vencimento em maior parte a Curto Prazo ou a Longo Prazo.
É do conhecimento de todos que, nos últimos anos, tem sido crescente o endividamento das empresas. Esse fenômeno é mais mundial que brasileiro.
Não há duvida de que, principalmente em época inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio. Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de Terceiros é composta de exigíveis não generosos, são exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa.
Por outro lado, uma participação do Capital de Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie. Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esse situação desfavorável. Em média, as empresas que vão a falência apresentam endividamento elevado em relação ao Patrimônio Liquido.
Acredito que endividamento de alguns países desenvolvidos é alto, chegando a 60%. Isso se deve a necessidade imperiosa de renovação do Ativo para torna-lo mais competitivo. Só recursos próprios não são suficientes para atender a velocidade de renovação do Ativo, precisando-se recorrer a Capitais de Terceiros.
. empresas que recorrem a dividas como um complemento dos Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas em seu Ativo. Esse endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido.
. empresas que recorrem a duvidas para pagar outras dividas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo esse circulo vicioso, a empresa será séria candidata a falir.
5.2 – Qualidade da dívida ( boa, razoável, ruim )
A analise da composição do endividamento também é bastante significativa:
. endividamento a Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante;
. endividamento a Longo Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente.
A proporção favorável seria de maior participação de dívidasa Longo Prazo, propiciando a empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e não pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expansão e modernização virão a longo prazo.
Se a composição do endividamento apresentar significativa concentração no Passivo Circulante, a empresa poderá ter reais dificuldades nem momento de reversão de mercado. Na crise, ela terá poucas alternativas: vender seus estoques na base de uma liquidação, assumir novas dividas a Curto Prazo que, certamente, terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras.
Se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de revés, teria mais tempo para replanejar sua situação, sem necessidade de desfazer-se dos Estoques a qualquer preço.
Empréstimos a Curto Prazo são mais onerosos que os de Longo Prazo. Quando uma empresa tem divida concentrada no Custo Prazo, principalmente formada por empréstimos, certamente a qualidade não é boa. Entretanto, quando há equilíbrio entre Curto e Longo Prazo, a qualidade é melhor. Outro ângulo de analise da qualidade da divida é o custo do dinheiro. Excesso de Desconto de Duplicatas e Empréstimos de Curto Prazo propiciam custo elevado da divida, propiciando qualidade ruim. Normalmente, os financiamentos de Longo Prazo são menos onerosos.
Índices de Estrutura
Os índices que compõem esse grupo (Estrutura dos Capitais) procuram mostrar a política de decisões financeiras da empresa, em termos de obtenção e aplicação dos recursos.
São eles:
a) Endividamento Geral (Grau de Endividamento)
b) Composição do Endividamento
c) Imobilização do Capital próprio
d) Imobilização de Recursos Permanentes (Não-Correntes)
2.1 - Endividamento Geral
2.1.1 - Garantia de Capitais de Terceiros
Procura mostrar a relação entre o Capital de Terceiros (Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo) com o Capital Próprio (Patrimônio Líquido).
O objetivo é levantar a proporção entre o capital Próprio e o Capital de Terceiros, que visa demonstrar a política de obtenção e Aplicação de recursos adotada pela empresa.
Obtém-se a Garantia de Capital de terceiros, através da seguinte fórmula:
GARANTIA DE CAPITAL DE TERCEIROS = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PASSIVO EXIGÍVEL
PASSIVO EXIGÍVEL = PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Compreende todas as dívidas para com terceiros a Curto Prazo e a Longo Prazo (Capital de Terceitos)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = CAPITAL SOCIAL + RESERVAS + LUCROS/PREJUÍZOS Compreende os recursos pertencentes aos proprietários da empresa (Capital Próprio)
Exemplo:
A empresa Exemplo, apresenta em seus Balanços os seguintes dados:
20X1 20X2
Passivo
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